Capítulo 3

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   Pov – Alina

Que vergonha, não acredito que ele me viu escrevendo o nome dele na areia. Tenho vontade de me enterrar na areia. Nunca que pensei que ele voltaria mesmo. Achei que ele nem lembraria mais de mim.

Daniel Stefanos, um nome lindo, num menino lindo. O mais bonito que eu já vi e falando comigo, vindo aqui só para isso. O que será que ele quer? Sinto medo, não tinha pensado nisso, mas ele pode querer alguma coisa ruim. Ele tira um celular do bolso e me sorri, tem um sorriso tão bonito que esqueço de ter medo. Não devia. Isso que eu estou fazendo deve ser muito errado, mas eu não consegui nem dormir, só pensando nele.

Como que vou embora? Não sei como que eu vou fazer para não ficar pensando nele quando ele for embora e nunca mais voltar.

―O sinal aqui é ótimo. Graças a Luka Stefanos. O cara da tecnologia. – Tem umas coisas que ele fala que me deixa pensando se ele está mesmo falando grego, parece até outra língua. ―Não tenho bateria para um filme, deixamos isso para amanhã, mas posso te mostrar o Canadá.

Balanço a cabeça concordando, só pensando que ele disse amanhã. Será que ele vem amanhã? Duvido.

―Dá para ver o Canadá ai? – Tenho tantas perguntas, não consigo parar, ele é inteligente e acho de deve saber muitas coisas que não entendo.

―Vai ter que chegar mais perto. – Ele diz e me junto a ele. Daniel é perfumado. Meu braço encosta no dele e fico ansiosa, arrepiada, não sei direito, mas me afasto um pouquinho. – Escrevemos aqui Canadá. Vê? – Ele me mostra a tela do aparelho e aparecem muitas coisas. – Agora imagens.

Aparecem muitas imagens. A bandeira, e fotos de todos os lugares, cidades, lagos, florestas e muita neve, tudo branquinho.

―Neve! – Fico encantada, acho que meu irmão não volta mais de um lugar tão bonito. Cheio de pessoas e belezas.

―É bem frio por lá. Chega a ter menos trinta em alguns lugares.

―É muito isso?

―É pouco. – Ele me sorri. – Congela tudo.

―Gosta do frio? Onde você mora faz frio?

―Sim. Neva também, eu gosto. Nada que se compare ao Canadá, mesmo assim é bom e ruim ao mesmo tempo.

―Como o calor. – Eu analiso e ele afirma. – É muito grande lá. Isso é o mapa?

―Sim. – Ele toca na tela e vai surgindo novas imagens, tudo rápido, é muito legal. Achava que celular só ligava para outros telefones, Makaros sempre disse que tinha muitas coisas no mundo para eu aprender. – Por que o Canadá?

―Meu irmão foi morar lá.

―Ah! E vai visita-lo? – Que sonho impossível esse, balanço a cabeça negando.

―Nem em sonho, mas ele deve estar feliz. Não sei ainda, não fui saber dele por que... – Decido não ficar me lamentando, eu tinha que ter tido coragem de ir na tia da Thera e não fui. Ele deve estar preocupado já. – Você acha que avião é uma boa coisa? Acha que é desafiar Deus?

―Acho que Deus deve gostar de ser desafiado, acho avião uma ótima coisa. Aproxima pessoas e coisas. Como minha família que vive separada e pode se ver mais vezes por que é só pegar um avião.

―Isso é mesmo verdade. Por que acha que Deus gosta de ser desafiado?

―Somos quatro irmãos lá em casa. Meus pais ficam sempre muito orgulhosos quando um de nós faz algo grande, quando cria algo novo, quando aprende, como pais eles ficam felizes, então acho que com Deus deve ser igual.

Paixões Gregas - Um Amor como Esperança (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora