Oitavo Capítulo

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Assim que estávamos todos deitados de luz fechada, Tomás abriu a luz outra vez, ele estava levantado à beira da cama a reclamar com calor.
- Então tira a camisa. - disse Tiago ao Tomás. Então assim Tomás fez, tirou a camisa dele e voltou-se a deitar junto a Karen, e apagaram as luzes.
Abriram outra vez a luz mas desta vez foi Martin e Ana que estavam a gritar um com o outro, se bem que Martin só fala inglês e Ana só fala português, foi bastante divertido. Depois Ana disse que queria ir para ao pé de mim, eu disse-lhe a verdade, ou seja, já não havia espaço, por isso ela continuou no chão. Tomás entretanto já depois de "discutir" com Karen mudou-se para o chão também. Eu até agradeci, porque assim já tinha mais espaço na cama, e não tinha de estar colada a Tiago.
Mais tarde chegam os adultos, eu vi as horas, e já eram seis e tal, o tempo passou a correr.
Ainda estávamos todos deitados, e chamaram-nos para irmos jantar.
Depois do jantar voltamos para o quarto todos outra vez. Continuamos nos mesmos lugares, eu estava deitada com as mãos em cima da cama quieta, e derrepente Tiago começou a fazer-me festinhas na mão, e não sei como, quando dei por ela, eu e ele estamos de mãos dadas, com os nossos dedos entrelaçados. Claro que mais ninguém via pois tínhamos o lençol a tapar, só nós os dois é que sabíamos o que estava a acontecer ali, espero eu.

Passado algum tempo, toca a campainha, e reconheço as vozes mas não sei de quem são.
- Rute vem cá - diz a minha tia. Assim fiz levantei-me da cama e fui lá, quando vejo, Inês, uma criança que conheço desde que nasceu, ela já cresceu tanto. A minha prima disse que eu a podia levar para o quarto para estar conosco, e assim foi.
Toda a gente queria brincar com ela, pois ela é adorável, mas ela veio comigo para cima da cama. Fecharam as luzes e Inês estava deitada entre mim e Tiago, mas derrepente ela senta-se na cama, e ligam a luz novamente. Ao fim de algum tempo Karen estava de frente para Inês, e Karen diz:
-A Mãe - a apontar para mim - o pai - a apontar para Tiago - e a filha- a apontar para Inês que estava entre nos nós os dois. Eu olhei para ele e senti-me quente e envergonhada, mas ri-me na mesma.
Inês ao final de um tempo foi para o chão para ao pé de Martin e Ana para brincarem, mas com as luzes apagadas.
Eu não sei como mas eu estava novamente colada a Tiago, e estávamos todos mais quietos e calados incluindo Inês. As luxes estavam apagadas, só se ouvia os adultos a falar como fundo na sala ao lado, e dentro do quarto tinha apenas uns raios de luz que entravam pelas persianas fechadas e ouvia-se as nossas respirações, estávamos sete pessoas dentro de um quarto fechado e escuro.
De repente sinto Tiago, a mover-se atrás de mim, e quando sinto um beijo dele no meu braço, arrepio-me toda, ele começa a deixar um rasto de beijos pelo meu braço, eu muito quieta com calor mas arrepiada, deixei-o continuar, ele assim continua, já a distribuir beijos pela minha clavícula em direção ao meu pescoço, depois na minha bochecha, eu estava apenas a disfrutar do momento, quando dou por mim estou-me a virar ligeiramente de frente para ele. E ele continua a dar-me beijos, mas agora beijou-me o canto da boca, fiquei ainda mais arrepiada, senti as minhas virilhas a contrairem-se, pois sabia o que vinha a seguir. Ele então encostou seus lábios contra os meus, foi o meu primeiro beijo, com ele naquele lugar com tanta gente, mas só nós dois sabíamos, para mim só existia aquele momento, como se fossemos só nós os dois sozinhos, sem mais ninguém.
Assim que "percebo" como se faz, comecei a retribuir os beijos, senti os seus lábios macios nos meus, os pelos da sua barba a picarem-me, mas não me importei.
Ele deita-se então no seu lugar e começo a pensar no que acabou de acontecer, mas sinceramente nem percebi, foi tudo tão rápido...

Amor de verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora