Décimo Quinto Capítulo

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  Acordo a ouvir barulho, abri os olhos lentamente para me poder acostumar à luz, e olho para Karen, que se encontrava ao meu lado, ela também já estava acordada, acordamos as duas ao mesmo tempo com o barulho.

  Descemos até à cozinha, já estavam todos acordados, tomamos o pequeno almoço e fomos para o quarto novamente, tivemos a nos divertir um pouco, pois hoje é o último dia... e nós as duas temos de aproveitar. Na hora de almoço chegam os meus pais eles iam comer na casa ao lado com os meus outros tios, e nós também, mas os adultos comiam peixe e nós mais novos comíamos carne!
  Depois do almoço fomos para a sala, tivemos a jogar e ver vídeos, o Tiago sentou-se ao meu lado mas eu na primeira oportunidade saí de ao pé dele, eu não aguentava simplesmente aquele vazio, que estava a dar cabo de mim, mais tarde tivemos de começar a parte mais difícil, a despedida, odeio despedidas, é tão difícil. Quando acabamos de nos despedir de todos eu ja estava com as lágrimas nos olhos, quem ficou como eu foi apenas a Karen, nos raparigas somos mais sensíveis nesse aspeto enquanto os rapazes não têm coração... mas Francisca para me fazer sentir melhor veio ate mim e deu-me um abraço e disse:
- Não te esqueças que tens agora o ipod e podemos fazer vídeos chamadas, quando quisermos, e além disso nos ainda vamos a Leiria antes de nos irmos embora, para nos despedir mesmo.

  Passado um tempo só estava eu, os meus pais e os meus tios, os meus primos já tinham ido para a praia, mas foi melhor assim, estava a ser difícil para mim conter as lágrimas, mas estava-me a aguentar na medida do possível até que a minha mãe disse que era para nos irmos embora, eu nunca desejei tanto na minha vida me ir embora daquele local.

  Fui o caminho todo a ouvir música do meu telemóvel, como sempre faço, mas hoje iam as lágrimas a cair a acompanhar a música, se foi difícil a viagem? claro que foi, uma das piores viagens de carro, até casa, que já fiz até hoje. Quando chegamos a casa fui para o meu quarto pois estava a precisar do meu espaço.

  Passaram-se dias até que chegou o dia dos meus primos virem a minha casa se despedir, arrumei o meu quarto de manhã, os armários, é de referir que odeio arrumar o meu armário, mas arrumei por sim ou por não, eles só vêm à tarde por isso fomos almoçar, no final do dia lá para as 20:00, eles ainda não tinham vindo se despedir, até que o meu iPod toca e eu atendo, era Francisca a telefonar por facetime, a dizer que não tinha conseguido vir a Leiria pois teve que ficar a tratar duns assuntos, Tiago de vez enquando olhava para o ecrã, mas eu não ligava, quando a Francisca começa a se despedir, começa a chorar, e eu também como é óbvio sempre que vejo alguém a chorar também começo, nem que seja em filmes, eu choro sempre, sou uma pessoa muito sentimental.

  Passaram-se semanas, meses...

  Entretanto o tempo foi pasando, fazia vídeo chamada com Karen e com a sua mãe, Francisca, mas já era difícil porque as aulas já tinham começado, e eu tinha que estudar, Tiago não saia da minha cabeça, e desde que voltei para a escola tudo mudou, a minha atitude com os rapazes, com as pessoas em geral... enfim, a minha vida mudou, pois já dei o meu primeiro beijo, e fiz coisas que provavelmente muita gente da minha idade ainda não fez.

  O ano letivo acabou finalmente, mas tive negas no final do período como é óbvio, não sou lá muito boa aluna mas desde que me lembro nunca o fui, mas este ano tenho exames nacionais, estou no nono ano, tenho exame a português e a matemática.

  Fiz os exames, e fiquei muito nervosa, este ano letivo foi dos mais stressantes que alguma fez já tive, ainda por cima ainda tinha o espetáculo da dança para fazer, o que já estava quase, desde aí estava sempre nervosa com os resultados dos exames, principalmente, que como é óbvio não quero repetir o ano.

  Hoje é o dia de ensaios gerais para o espetáculo, o que significa que amanhã é o primeiro dia do espetáculo, que por acaso não estou nervosa. Fui almoçar com umas amigas minhas ao Mcdonalds, mas estava com pouca fome e além disso não posso comer muito porque depois vou dançar, depois de comer o hambúrguer, que nem cheguei a comer todo pois estou super mal disposta pois parece que o comer não vai para baixo. Depois de comermos fomos para o local onde iria ter o ensaio geral, as minhas amigas foram-se embora e eu entrei fui para junto das minhas colegas de turma da dança. Dançamos uma vez no palco, como treino, a mim até me correu bem, quem me dera que corra amanhã também assim ou melhor, pensei para mim mesma.
Passado um tempo o enjoo estava cada vez pior mas agora estava sempre na casa de banho porque tinha vontade de vomitar, mas não saia nada, ainda cheguei a ir para a casa de banho umas cinco vezes, o que não estou a exagerar, que má disposição, todas as minhas amigas diziam que eu estava pálida e que era melhor eu ir embora pois ali também não fazia nada. Passado mais umas três vezes tinha mesmo de me ir embora já estava cansada de ir a correr para a casa de banho e sentir tonturas, liguei para a minha mãe me vir buscar ao teatro, que é onde eu estou.
  Para meu azar tive de ir outra vez para a casa de banho tentar vomitar e só saí de lá quando acalmou mais, fui diretamente para a rua, e já lá estava a minha mãe, eu estava a começar a ver tudo à roda, sentei-me no banco ao lado do condutor e disse à minha mãe:
- Não me estou a sentir nada bem, mãe.
- Mas o que é que estás a sentir? - pergunta a minha mãe.
- Estou super enjoada e só me apetece vomitar mas não consigo - e dito isto tenho de abrir a porta do carro e tentei vomitar mas não consegui, outra vez. Fechei a porta do carro e a minha mãe andou com o carro, passado um metro se calhar nem tanto, digo a minha mãe para parar o carro, felizmente estávamos num sítio que podíamos parar, abro a porta do carro e tentei vomitar mas nada. Continuamos a andar de carro, já me estava a sentir melhor, e fomos para casa, a minha mãe deixou-me à porta de casa, e eu entrei em minha casa enquanto a minha mãe foi estacionar o carro, entrei em casa e fui diretamente para a casa de banho, ajoelhei-me em frente da sanita e tentei vomitar, o meu pai aparece atrás de mim e pergunta-me o que tenho, mas não consigo responder pois não passava a sensação de querer vomitar, e depois saí de ao pé de mim. Minha mãe entretanto chega a casa e vai ter comigo à casa de banho e pergunta-me:
- Já te sentes melhor?
  Abano a cabeça negativamente e de seguida aparece o meu pai à porta da casa de banho e diz:
- Isto é o que dá andar a beber bebidas alcoólicas.
- Eu já disse que não bebi nada - respondo ao comentário do meu pai, já estou farta de o ouvir, sempre que me sinto mal ele diz que estive a beber, mas para sua informação nunca bebi nenhuma bebida alcoólica, mas dizer-lhe isso é a mesma coisa que nada, ele pensa que tem sempre razão e a maior parte das vezes não é bem assim como ele pensa.

  Assim que estou mais calma a minha mãe diz para eu ir me deitar para descansar apesar de serem apenas 18.15 da tarde, mais ou menos, mas fui pois já estou muito cansada, estou com estes enjoos desde mais ou menos as 16.00 da tarde, já estou basicamente nisto à duas horas... consegui adormecer por mais ou menos quarenta e cinco minutos, o que já não era nada mau. O meu "jantar" tinha sido chá e pão, mas o pão quase que nem toquei, pois estava e enrolar-se na minha boca e nao tinha simplesmente fome nenhuma, o que é raríssimo, quem me conhece sabe que eu estou sempre com fome (às vezes até é simplesmente vontade de comer).

Desculpem a demora, mas têm surgido situações não muito favoráveis que me fazem ter a cabeça noutro local.
Espero que tenham gostado deste capítulo, deixem o vosso voto e comentem.

Amor de verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora