III - L i g h t n i n g a n d t h u n d e r

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Depois de vários raios e trovões, as pessoas ficam com medo e decidem ir para suas casas, Eduardo fecha todas as portas do estabelecimento se queixando que deixaram todo o trabalho para ele. Mas dessa vez passaria... Dessa vez.

Eduardo foi embora na chuva mesmo, não tinha medo de nada e não seria de raios e trovões que teria, sua casa estava vazia e só se ouvia um miado de gato. Não entendeu, pois não tinha gatos e que ele saiba os vizinhos também não. Deixou de lado e foi para a cozinha pois não tinha comido nada, apenas fumado alguns cigarros e bebido algumas cervejas.

Caminhou e encontrou uma maçã vermelha, uma maçã tão bonita que seria digna de capa de revista. Não pensou em outra, mordeu a maçã sem nem mesmo lavas mas... Um gosto ruim invadiu sua boca, um gosto amargo horrível. Imediatamente cuspiu a maçã e viu que a mesma encontrava-se estragada. — Mas ela era tão bonita, não entendeu mas decidiu comer outra coisa mesmo.

Mais tarde, Eduardo estava dormindo e dessa vez não sonhava nada. Mas algo o acordou... Era um trovão, era tão forte mas tão forte e auto que assustou o mesmo, além disso, começou a fazer um calor repentino. Eduardo se levantou e olhou pela janela, lá fora chovia como nunca e pensou mas pessoas da favela que faziam suas casas com papelão.

Em nenhum momento antes de dormir Lua veio na sua mente, mas depois de acordar não parava de pensar na menor. O que estaria acontecendo com ele? Seria um novo sentimento sem ser ódio e raiva? Quem sabe...

Sem se importar com a chuva, Eduardo pegou seu carro preto de vidros escuros e foi dar uma volta, pensar em tudo o que estava acontecendo nesses últimos dois dias. Lua, frio intenso, tempestade, calor repentino. O que estaria acontecendo?

Eduardo resolve parar em um barzinho de frente à praia. Ao sentar no balcão próximo da janela que se encontrava fechada, mas que Eduardo dúvida muito que abra mesmo pois havia uma grossa camada de sujeira. Ao seu lado havia uma cadeira vazia e outra com uma loira bem bonita.

—O que gostaria senhor? — Um garçom exageradamente magro e alto o atente.

—Um pouco de Jack Daniels por favor. — Disse simplesmente sem o encarar.

Eduardo em quanto espera o jovem preparar sua bebida olha para baixo esperando que algo aconteça e realmente acontece. A loira ao seu lado puxa assunto, algo que o surpreende. Geralmente as pessoas tinham medo dele, não gostavam de puxar assunto.

—Dia difícil? — Sua voz é roca e seu hálito cheira licor de menta.

—Não diria difícil e sim estranho. — Disse simplesmente.

—Gostaria de compartilhar? — Pergunta a do lado.

—Não. — Disse um pouco rude de mais. Mais do que gostaria de ser, mas não se importou.

Seu Whisky chegou e o ruivo bebericou um pouco da sua bebida favorita, descia rasgando em sua garganta o que lhe agradava, causava também um calor no seu corpo que ele gostava. Era estranho porquê nenhuma bebida causava isso nele, nem mesmo o vinho.

A loira não insistiu mais na prosa breve que os dois tivera.

Eduardo ainda estava com fome, mas não queria comer ali. Comeu em um restaurante qualquer e depois subiu para a favela de novo, mas não foi para sua casa pois um alvoroço o impediu, tinha fumaça e muitas pessoas, mas parecia que nada adiantava.

—O que esta acontecendo aqui? — Pergunta entrando no meio da folia.

Vê a casa onde entregou Lua, mas não viu mais casa e sim pedaços queimados de madeira. Como isso acontecera? Cadê a pequena? — Eduardo pouco se importava com a velha, mas queria saber onde Lua estava. Sentiu algo no seu estômago, parecia ser aflição.

Era uma vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora