Capítulo 11

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Felipe

   O dia na praia estava perfeita até aparecer um carinha lá que conhecia a Fernanda. Tava geral rindo do piada do Isaac aí apareceu um carinha branquelo com o cabelo loiro e olhos azuis, e pelo corpo parecia até um desses "PapaAcademia", que nois conhece por aí.

-Nanda! O que você está fazendo aqui? - ele falou descendo de uma pedra que tinha ali perto.

- Carlos! Eu... Estou com uns amigo. - ela falou gaguejando.

- AMIGOS! Você não vai me apresentar eles? - ele perguntou encarando cada um de nois.

- Bom! Esse é o Isaac e a Faby esposa dele, esse é o Pedro e a Luuh esposa dele, esse é o Calebe e a Lele esposa dele e esse é o Felipe meu... esposo e Carlinhos o irmão dele! - ela falou e eu a encarei e ela balançou a cabeça e me encarou, na verdade todos me encararam surpresos.

- Você tá namorando? - ele perguntou me encarando.

- Quem é ele? - eu perguntei também o encarando.

- Esse é o Carlos, meu ex namorado! - ela falou olhando pra mim.

- Prazer, Carlos Albuquerque! - ele falou estendendo a mão pra mim.

- Sartisfação, Felipe Lima! - eu falei sem apertar a mão dele.

- Então Nanda, porque foi embora de casa? E onde está morando? - ele perguntou cursando os braços.

- Eu estou morando com o Felipe... é eu sai de casa porque eu... Estou grávida! - ela souto e ele me encarou e depois a ela.

- Mas quem é o pai? Não me diga que é desse cara aí? - ele apontou pra mim com cara de nojo.

- Aí mano olha lá como tu fala de mim, porque tu não me conhece! - eu falei e ele riu.

- E quem você é? - ele perguntou com nojo.

- Eu sou o que você não gostaria de conhecer! - eu falei me aproximando.

- Ata você é o padeiro! - ele falou sorrindo.

- Não! eu sou o seu pesadelo. - eu falei levantando a camisa e mostrando o revólver calibre 38 que tinha na minha cintura, e ele deu pra trás.

- Felipe se acalma! - Nanda falou pegando no meu braço e abaixando minha camisa.

- Eu vou embora! E Nanda eu sinto muito por você está com esse tipinho de gente! - ele falou e ela o olhou furiosa.

- Esse tipinho de gente são a minha família, e esse carinha aqui me faz mas mulher do que você jamais me fez nos dois anos que namoramos! - ela falou e ele nos encarou pegando a mochila encima da pedra e indo embora.

   Eu passei a mão no rosto e me sentei a Fernanda me encarou e se sentou ao meu lado ainda me olhando de cima a baixo enquanto eu passava a mão no rosto pra me acalmar.

- Sem querer me meter assim, mas vocês então juntos? - Faby perguntou e eu olhei pra Nanda.

- Não! - ela falou me olhando e a Faby balançou a cabeça.

- Gente vamos dar uma volta aqui tá chato! - Luuh falou e saiu puxando o Pedro pelo braço até o canteiro na parte de cima das pedras.

    Em menos de um minuto só estávamos eu e Fernanda sozinhos, eu já estava mas calmo e ela parecia assustada.

- Você tá com medo de mim? - eu perguntei olhando pra ela.

- Não! Estou com medo de mim! - ela falou e eu a olhei confuso.

- Como assim? Porque está assustada com você mesma? - eu perguntei a encarando.

- Eu estava corgitando seriamente a idéia de pegar eu mesma a arma da sua cintura e atirar nele com minhas próprias mãos! - ela falou e eu sorri pra ela.

- Mas porque você odeia tanto esse playboy? - eu perguntei a encarando e ela baixou a cabeça.

- Eu comecei a namorar o Carlos quando eu tinha doze anos, ficamos dois anos juntos mas ele queria mas do que só beijos, deve uma noite em que saímos pra ir ao shooping e ele inventou de irmos na casa dele pra pegar a carteira que ele disse ter esquecido! - ela falou e olhou pro mar a nossa frente.

- E o que aconteceu depois disso? - eu perguntei ainda mas curioso

- Nois chegamos na casa dele e ele me puxou até a parte de cima do apartamento dizendo que ia pegar a carteira e eu boba o segui, quando chegamos no quarto ele trancou a porta e se aproximou de mim me fazendo cair na cama, eu fiquei desesperada tentando tirar ele de cima de mim mas ele era mas forte então quando ele desceu pra barra da minha calça eu chutei ele é peguei o abajur e taquei na cabeça dele e sai da casa correndo. - ela falou ainda olhando pro mar e eu baixei a cabeça.

- Eu devia ter matado ele aqui mesmo! - eu falei e ela sorriu.

- Seria divertido! - ela falou entrando na brincadeira.

   Ficamos em silêncio olhando o mar agitado por um bom tempo até que ela quebrou o silêncio.

- Porque você cuida dos seus irmão sozinho? O que aconteceu com seus pais? - ela perguntou me pegando de surpresa e eu a olhei e depois voltei minha atenção pro mar.

- Meus pais morreram quando eu tinha doze anos, meu pai morreu pelas mãos de um Tróia e minha mãe no parto do Carlinhos três meses depois do enterro do meu pai, então eu tive que cuidar deles de alguma forma. - eu falei e ela me olhou com pena.

- Eu sinto muito. - ela sussurrou - O que é Tróia? - ela perguntou e eu ri fazendo ela ri também.

- Tróia é polícia! damos esse nome a ele por conta da história do cavalo de Tróia, eles são tipo o nosso presente de grego. O cavalo de Tróia. - eu falei e ela balançou a cabeça.

- E vocês? tem apelidos também? - ela perguntou e eu concordei.

- Temos sim, por exemplo o Isaac é fumaça, o Pedro é Dentinho e o Calebe o nome verdadeiro dele é Gustavo! - eu falei e ela me encarou depois riu.

- E o seu? Qual é o seu apelido? - ela perguntou me encarando.

- Grego! o meu é Grego! -  eu falei e ela olhou pro mar pensativa.

- Porque? - ela perguntou e eu pensei comigo mesmo "que menina curiosa".

- Não sei bem o porque, ganhei esse apelido com treze anos quando assumi o lugar do antigo chefe do morro. Deve ser porque eu matei um Tróia. -  eu falei e ela fechou os olhos respirando fundo.

   Depois da nossa conversa ficamos em silêncio até o pessoal chegar, já eram cinco da tarde e resolvemos voltar pra casa novamente o caminho foi tranquilo. Quando chegamos no morro geral resolveu pedir uma pizza e comer lá em casa, compramos a pizza e geral tomou banho lá em casa.

    Ficamos até uma duas da manhã conversando e brincando. Ver geral reunido ali era bom de mas, não era sempre que isso acontecia e ali eu vi que minha familia era muito boa que aquela era minha família.

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