Capítulo 14

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Fernanda

    Eu estava com medo do Felipe ele não era uma pessoa boa ele era como os outros ele era ruim e eu não queria ficar com uma pessoa com a qual eu não me sentiria segura. Enquanto lavava a louça da manhã esse tipo de coisa passava na minha cabeça e eu havia tomado a decisão de morar com a Faby por um tempo pelo menos até eu me sentir segura novamente com o Felipe. Depois de arrumar as coisas na minha mala eu sai e na porta de casa eu topei com o Felipe.

- O que você está fazendo? - ele perguntou olhando de mim pra mala.

- Eu vou embora? - eu falei tentando achar passagem entre ele e a parede.

- Não, você não vai! - ele falou colocando o fuzil na mesa.

- Felipe eu resolvi passar uns dias na casa da Faby! - eu falei colocando a mala no chão.

- E porque você decidiu isso? - ele perguntou me encarando.

- Por que eu estou com medo, medo de você se exaltar de mais e acabar fazendo comigo o que você fez com a Verônica! - eu falei já sem paciência nenhuma.

- Eu nunca faria aquilo com você... entenda por favor o que eu fiz com a Verônica é como se fosse um castigo pra ela não ficar por aí ameaçando as pessoas! - ele falou em tom de súplica.

- Eu entendo que vocês do tráfico fazem esse tipo de coisas mas eu não estou acostumada com isso e eu estou assustada, eu não posso ficar aqui não por agora! - eu falei em tom de súplica também.

- Por favor! não vai! - ele falou e eu me aproximei dele.

- Desculpa! mas eu tenho que ir! - eu falei tocando seu rosto com a mão esquerda.

- Tudo bem! - ele falou em tom de derrota.

- Desculpa mesmo! - eu falei lhe dando um beijo na bochecha.

    Eu peguei a mala e sai deixando ele na porta, quando cheguei na esquina não pude evitar de chorar e várias lembranças da praia vieram na minha mente. Eu promete pra mim mesma que ia entender o lado do Felipe é eu estava tentando ao máximo não dar meia volta e ir de novo pra casa dele e desistir de ir pra casa da Faby. Cheguei no portão do casa da Faby e toquei a campanhia e ninguém atendeu, toquei de novo e nada quando alguém falou atrás de mim.

- Esse não é um lugar fácil de achar mais me lembrei que já havia vindo aqui um vez a muito tempo, e o GPS me ajudou é claro? - quando me virei um homem alto com cabelos grisalhos estava parado na minha frente com um terno que eu tenho certeza que era importado, mas ai eu olhei seu rosto e vi ele.

- Pai? o que faz aqui? - eu perguntei assustada e muito surpresa.

- Precisamos conversar. - falou me olhando de cima a baixo.

- Não tenho mais nada pra falar com você! - eu falei me virando e tocando a campanhia de novo.

- Não tem ninguém em casa, já toquei a campanhia... eu preciso falar com você! - ele falou e eu o olhei de esgrelha.

- Ja falei que não tenho nada pra falar com você... pai! - eu falei colocando a mala no chão.

- Por favor me de uma hora é tudo que eu peço uma hora! - ele falou e eu o encarei pegando a mala novamente.

- Uma hora e nada mais! - eu falei e ele me guiou até a Land Rover branca dele.

    Entrei no carro em silêncio e ele também mais quando estávamos chegando perto da saída do morro ele resolveu quebrar o silêncio.

- Droga! - ele falou do nada.

- O que foi? - eu perguntei olhando a frente.

- Tem uns meninos aqui que me impediram de entrar e disseram que se eu entrasse eu não ia sair sem o chefe deles. - ele falou e eu sorri - O que é tão engraçado? - ele perguntou.

O Traficante Dos Meus Sonhos. Onde histórias criam vida. Descubra agora