O Traficante Dos Meus Sonhos.

Capítulo 4

Felipe

   Já se passaram um mês desde a festa de aniversário do Bola na minha casa e tudo aqui estava na maior paz, era raro os Tróia invadi aqui mas as vezes eles tentavam e recebiam bala na cara. Você deve pensar "Esse cara não é humano será que ele não pensa que polícia também tem família?" e aí eu te pergunto eles pensaram que meu pai tinha família quando mataram o meu pai, certeza que não, eles não pensaram se meu pai tinha mulher e filhos eles simplismente meteram uma bala na cabeça dele e olha que meu pai só estava no lugar errado e na hora errada.

- Felipe Lima de Souza! - minha irmã gritou descendo as escadas só de toalha e toda molhada.

- O que foi dessa vez Leticia? - eu perguntei já cansado porque ela sempre reclama de tudo.

- Que história é essa que você proibiu o Calebe de chegar perto de mim? - ela perguntou de braços cruzados.

     Esse assunto já é velho e cansativo, ela e um amigo meu estão de rolo só que o cara é bandido da pesada e eu não quero minha irmã com esse tipo de gente já basta o irmão e o primo que ela tem.

- Eu já falei com você sobre isso e não vou falar de novo. - eu falei sentado no sofá e senti algo ser arremessado em minha cabeça. - Tu tá maluca Lele que leva uns tapa é? - eu perguntei furioso por ela ter tacado o porta retrato na minha cabeça.

- Eu sei que você não vai me bater. - ela falou birrenta como sempre - eu só quero que você me diga o porque de você não deixar eu ser a fiel do Calebe.

- Porque ele é bandido e eu não quero você com esse tipo de gente. - eu falei e ela gargalhou.

- Sério mesmo? - ela perguntou e eu assenti - Que dizer que você não vai deixar eu ficar com o Calebe só porque você não quer que eu fique com bandidos? - ela perguntou e eu assenti novamente.

- Isso aí, tu entendi as coisas rápido - eu falei com sarcasmo.

- Então eu vou embora de casa - ela falou subindo as escadas.

- O que? - eu perguntei pulando do sofá e indo atrás dela - Que história é essa de ir embora de casa? - eu perguntei batendo na porta.

- Você disse que não me quer com bandido! - ela falou e eu concordei - Então eu vou morar com uma amiga no Leblon porque essa casa é de bandido, é a casa do dono do morro um dois bandidos mas procurados do Rio de Janeiro. - ela falou e depois saiu do quarto com uma mala enorme.

- Você não vai embora de casa - eu falei pegando a mala da mão dela e jogando em cima da cama - Não enquanto você for menor de idade.

- Se você não deixar eu ir agora eu vou mas tarde quando você sair pra ir na boca,  e você sabe muito bem que eu sou capaz de fazer isso se eu quizer. - ela falou em tom de ameaça.

    Eu sei muito bem do que esse demônio de maquiagem é capaz e eu não sou do tipo ver pra crer,  então eu resolvi seder e ela está certa do que adianta eu a proibi de ficar com um bandido do qual eu sou chefe se ela mora debaixo do mesmo teto do bandido mas procurado do Rio de Janeiro.

- Okay Lele, você pode ficar com o Calebe mas lembre-se qualquer deslize dele e eu meto uma bala na testa daquele idiota - eu falei entre dentes e ela me olhou vitoriosa.

- Valeu maninho, você é o melhor - ela falou agarrada ao meu pescoço.

    Eu sei que as vezes eu sedo demais pra ela e pro Carlinhos mas cara veja o meu lado, ele a cresceram sem pai e mãe criados pelo irmão bandido e ainda por cima foragido, cara tamo sempre em perigo então depois de fazer tanta besteira com eles porque não deixa eles terem um pouco de liberdade. Eu só estou nessa vida pra dar tudo do bom e do melhor pros meus irmãos se não fosse por eles eu não estaria nem vivo nesse momento, até porque toda vez que eu vou pra um confronto eu pensa comigo mesmo "Eu tenho que ficar vivo porque a Lele e o Carlinhos precisam de mim", e é só por eles que eu volto pra casa.