Capítulo 7

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Fernanda

    Eu ainda não acredito que meus pais me colocaram pra fora de casa no momento em que eu mas precisava deles ao meu lado, aqui todos acordam sedo e eu sou obrigada a acorda sedo também, são 7:00h da manhã e eu já estou de pé vasculhando a mala pra ver se tem alguma roupa pra usar em favela. Depois de tomar um longo banho com direito a lavar cabelo e tudo eu vesti um shorts jeans preto e uma blusa há solta e transparente e uma mini blusa preta por baixo que eu uso com esse tipo de blusa, calçei meu chinelo e desce encontrando a irmã do Felipe na cozinha ela me encarou e fez cara feia. Já vi tudo.

- Bom dia! - eu falei sentando de frente a ela na cozinha.

- Você é a garota que está tentando da o golpe do baú no meu irmão? - ela perguntou me encarando de cara feia.

- Eu não tenho que dar golpe do baú em ninguém. - eu falei entrelaçando os dedos em cima da mesa - Eu sou rica muito rica.

- Humm para de mentir garota, tenho certeza que deve ser filha de padeiro! - ela falou soltando um sorrizinho falso pra mim.

- Pela marca do seu celular você deu dinheiro pra empresa do meu pai quando o comprou! - eu falei calma pegando uma maçã.

-  Seu pai é dono da Apple? - ela perguntou duvidosa.

- Não meu pai é dono da MottanariSoftware! - eu falei me levantando - A Apple é só mas uma das marcas que ele comprou.

    Eu sai da cozinho e dei uma olhadinha pra traz e ela estava de boca aberta e depois fechou a cara e mordeu o pão com força, eu fui até a porta e resolvi ir na casa da Faby e da Luuh eu não sei se ainda lembro onde é a última vez que eu vim aqui eu tinha dez anos foi a primeira vez eu havia pisado em uma favela e jurei pra mim mesma que nunca mas iria entrar aqui novamente. Andei por uma rua lotada de gente desce uma escadaria e parei de frente a uma padaria e resolvi ligar pra Faby.

Chamada On :

eu: Alô? Faby?

Faby: Oi Nanda! Eu tava preocupada... Como o Lipe ficou depois de saber que vai ser pai? Aposto que ficou feliz.

eu: Ele duvidou que o filho era dele... Mas agora tá tudo certo! Eu queria ir na sua casa mas eu não sei o caminho, eu acho que tô meio perdida.

Faby: Nossa tô bege! Não sabia que tinha rolado desconfiança, e aprendi aqui na favela você não se perde... Onde você tá?

eu: Eu não sei o nome da rua mas eu tô de frente a "Padaria do Toninho".

Faby: Já já eu tô aí senta e espera!

eu: Tá Tchal!

Faby: Tchal!

Chamada Off:

   Eu desliguei o celular e sentei em uma das cadeiras da padaria pra esperar pela Faby, eu estava olhando algumas mensagens no celular quando alguém se aproximou de mim olhei pra cima e tinha uma garota peituda com cara de nojo e com com o cabelo loiro horrível, ela tava com um shorts jeans normal bem curto e tava não puxado pra cima que eu tenho certeza que o útero dela estava no garganta e a parte de cima de um biquíni rosa.

- A patricinha errou o caminho pra casa? - ela perguntou com uma voz grave e ameaçadora.

- Oi! meu nome é Fernanda e foi um prazer te conhecer mas eu preciso ir. - eu falei levantando com preço dali e ela parou na minha frente.

- Fiquei sabendo que tu tá morando com o Grego! Você é a fiel dele? - ela perguntou e eu neguei.

- Eu não sou nada do Felipe eu só tô morando na casa dele por que eu tô... - Fui interrompida pela Faby.

- Por que ela tá passando um tempo la! Isso é inveja Verônica? - ela perguntou e a garota olhou pra ela de vara feia.

- Não se mete Fabyana tu chego aqui a pouco tempo e já tá achando que manda? - ela perguntou se aproximando.

- Não amor é porque a Nanda é tipo a menina dos olhos do Lipe e se acontecer qualquer coisa com ela, não gosto nem de pensar no que pode acontecer! - Faby falou em tom de ameaça e a menina deu um passo pra trás.

- Não acha que isso vai ficar assim não viu patricinha, nos ainda vai conversar em particular! - ela gritou quando a Faby saiu me puxando pelo braço.

    Fomos o resto do caminho rindo da cara da garota e falando da gravides da Faby, mas ela também me contou que a Luciana é tipo uma peguete do Felipe e que ela acha que é fiel dele mas ela é só um passatempo dele.

- Mas ele nunca teve uma "fiel"? - eu falei fazendo sinal de aspas no nome fiel.

- Sobre isso o Isaac não me falou ele só me contou sobre a Luciana e o que aconteceu com os pais do Lipe e como ele teve que cuidar do irmão sozinho. - ela falou e alguém nos chamou.

- Faby! Eu preciso falar com você - quando olhamos era o pai da Faby e fomos até lá.

    Eu queria saber o que aconteceu com os pais do Felipe, não sei bem o porque mas fiquei curiosa em relação a como ele entrou nessa vida. Mas na hora em que eu fui perguntar o pai da Faby me chamou pra tomar café com eles e e eu acabei aceitando pois estava com muita fome.

- Quer tomar café conosco querida? - a mãe da Faby perguntou me guiando até a cozinha.

- Claro! Eu ainda não comi nada - falei e ela me encarou.

- No seu estado você não pode ficar tanto tempo sem comer querida - ela falou e eu assenti encarando a Faby.

- Fofoqueira! - eu sussurrei pra Faby e ela deu de ombros.

- Então Nanda como a situação com seus pais? - a mãe da Faby perguntou e levou um cutuvelada da filha - Aiii! eu não posso mas perguntar? - ela falou e eu ri.

- Não tá tudo bem! - eu falei e dona Paula riu pra Faby - Eles me colocaram pra fora de casa quando souberam da gravides, mas eu não me importo.

- Como assim? Você tá bem com tudo isso? - ela perguntou se sentando na minha frente.

- Sabe dona Paula! No começo eu... eu fiquei péssima eu não sabia o que fazer me culpei achei que eu tinha feito da vida deles um inferno, mas quando eles olharam no meu olho e disse que eu não era filha deles...que eles não eram meus pais, eu simplismente me toquei que eu nunca fui uma filha pra eles - eu falei me segurando pra não chorar.

- Do que você está falando? - ela perguntou ainda absorvendo o que eu estava falando.

- Quando eu era pequena eu via meus pais apenas aos domingos... Quando eu fiquei mas velha eu passei a ver eles apenas de manhã e as vezes eu acordava e eles já haviam saído pra empresa e quando eu chegava eles ainda estavam na empresa e ficavam lá até de madrugada. - eu falei deixando escapar algumas lágrimas.

- Eu sinto muito querida! - ela falou vindo me abraçar - Seus pais são uns tolos você é uma ótima menina.

- Obrigado! - eu falei lhe retribuindo o abraço.

     O resto da manhã foi tranquila ficamos conversando ate a hora em que dona Paula foi pro trabalho, depois que ela saiu eu e Faby arrumamos algo pra fazer já que eu não queria ficar na casa do Felipe e ela não queria sair. Passamos a tarde inteira conversando sobre assuntos aleatórios até que olhei no relógio e já eram 6:30h da tarde e eu resolvi voltar pra casa do Felipe.

- Amiga eu já estou indo, tá?! - eu falei levantando do sofá.

- Affs! Mas tudo bem, eu preciso mesmo tomar um banho e dormi um pouco. - ela falou me levando até a porta, me despedi dela abri a porta e tomei um susto.

- O que você está fazendo aqui? - eu perguntei pra um Felipe furioso na porta com uma arma enorme nas costas.

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