VII

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Lydia Nevene

Depois de un relaxante banho, eu estava terminando de me arrumar. O vestido longo branco de seda com cristais na saia era lindo, o meu colar também era de cristal, o salto que eu usava era branco como a neve e meus cabelos estavam presos em um coque alto estilo os de princesa. Só que agora eu era mais que isso, e o peso nos meus ombros já estava aparecendo.

Depois de toda enfeitação que as damas fizeram, eu já estava pronta e me sentei com cuidado na grande cama olhando para Malek vestir sua camisa e seu paletó, ele estava impecável com o terno preto, a camisa e o sapato da mesma cor e sem gravata. Ele afagou seus cabelos ainda molhados e olhou para mim, meu coração começou a acelerar, engoli em seco enquanto ele veio até a porta e a fechou.

Perdi três compassos, eu tinha medo de ficar sozinha porque Kay a minha outra irmã que não está mais conosco foi dormir uma vez em seu quarto sozinha e amanheceu morta e desde então eu vivo assombrada pelo medo de que se eu ficar sozinha eles também me pegarão. Levantei depressa e tentei abrir a porta, estava trancada, respirei fundo e com todas as minhas forças eu estava tentando impedir o choro.

- Malek! - gritei - Malek por favor abre a porta! - minha voz estava embragada.

As lágrimas começaram escorrer involuntariamente e eu já não conseguia respirar direito, o pânico estava tomando conta de mim. Bati duas vezes na porta antes de cair no chão sufocada, foi quando eu estava perdendo as esperanças que ele abriu a porta e olhou desesperado para mim. Pôs seus braços em volta do meu corpo e me carregou até sua cama onde me pois deitada, eu ainda tentava respirar e os olhos dele estavam arregalados, eu podia lê-los, ele achava que era culpa sua.

Ligou o ar condicionado e pegou um pano molhado e começou a passar pelo meu rosto cuidadosamente, aos poucos eu consegui controlar minha respiração.

- Lydia eu sinto muito, não sabia que você ia ficar desse jeito! - ele disse sussurrando.

- Não é sua culpa. - disse pondo minha mão sobre a sua.

A cor vermelha de repente cruzou seu rosto pela fronteira das bochechas e ele afastou sua mão da minha, foi até a porta e a escancarou, pegou-me pela mão e me ajudou a ficar de pé.

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