QUARENTA E DOIS

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Gabriela
Depois de muito implorar para ela esconder isso. Mas se negou terminantemente. O que eu fiz? Aceitei. Não. Estávamos no carro dela, eu olhando pela janela, olhei para o lado

-Eu preciso que guarde isso. Por favor, é necessário

-Carlos tem o direito de ver essa criança crescer -Fala ela

-Mas é meu filho

-Não, ele é filho dos dois, não seja egoísta -Paro em frente meu apartamento

-Se não contar hoje. Eu conto -Sai do carro sem responder, a cinta em minhas mãos, quando abri a porta vi ele. Quem o deixou entrar? Porra... Porra... O que fazer? O que fazer? Fugir? Não! Porque eu estava com os pés grudados no chão.

-O que faz aqui? -Fiquei assustada, porque estava sem cinta, e ele ainda encara minha barriga?

-Estava te esperando! -Encarou minha barriga outra vez -Está grávida?

-Sim, e o filho é seu -Falo sem ânimo e me jogo no sofá -Não quero nada que venha de você. Tampouco que cuide dele, finja que ele não existe

-Como assim? É meu filho, claro que quero cuidar dele -Se aproximou e com cuidado tocou na barriga -Por que não disse antes?

-Nunca iria dizer, seria segredo. Iria fingir que não era seu. E sim do Fernando

-Você ia simplesmente dar outro pai a ele? -Tira a mão de minha barriga e me encara

-Sim -Falo como se fosse óbvio

-O nojo que sinto de você é grande

-Okay, agora por favor, vá embora

-Se me negar meus direitos, eu juro que tomo a guarda dessa criança

-Antes disso tem que me matar -Sai furioso, e vejo pela janela ele arrancar com o carro, eu o irritei, mas ele nem pense em tirar meu filho. Passo a mão na barriga e sorrio imaginando esse bebê em meus braços

***
Mais um mês se passou, hoje seria o casamento de Carlos, nesse tempo ele veio ver se tudo estava bem, eu e Cândida não nos falamos mais, estou afastada das câmeras até ter meu filho , ouvi a porta abrir e Fernando entrar, eu estava  desarrumada e triste, ele sabia os motivos, mas tentava ignorar que eu ainda sentisse algo por Carlos.

-Se arruma, vamos sair -Sentou ao meu lado e pegou a revista e a pipoca que eu estava

-Onde? -Pergunto entediada

-Só se arruma -Saí dali e fui me arrumar, pensando no casamento dele... Como tudo chegou aqui? Hoje sou odiada por ele, é difícil pra mim. Vesti uma calça preta e uma blusa soltinha, minha barriga era enorme. Eu me sentia bonita apesar de "gorda" era meu filho, uma benção.

-Pronta? -Perguntou ao me ver na sala, afirmei com a cabeça e assim saímos. Por meia hora eu perguntava onde íamos e ele sempre dizia que era surpresa, até parar em frente a empresa que trabalhei, mais precisamente onde conheci Carlos

-Por que estamos aqui? -Ele ficou sério e apontou para um carro, era Carlos. Mas... Como assim? Não era o casamento dele?

-Eu te amo, mas você ama ele, até de sua filha ele fala com adoração, apenas vá. E não se esqueça. Eu te amo. E vou sempre estar aqui quando precisar. -Afirmei com a cabeça e o abracei, eu já havia entendido e não haveria orgulho agora, não o respondi, o abraço foi suficiente, saí do carro e fui até o homem que mais amei, entrei no carro e já o beijei, como antes... Ele retribuiu

-Senti saudades disso -Comentou fazendo carinho em meu rosto, deu partida e fixei o olhar na frente

-O que vai acontecer agora?

-Seremos felizes

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O fim se aproxima...
Em 17 dias teria o último capítulo. Decidi que outra pessoa não fará o livro das crianças. Iria sair do meu modo de escrever. Eu mesma farei, apesar de que as postagens vão demorar Mas prometo que vai valer apena, então eu decidi adiar o fim. E amanhã terá três capítulos + epílogo. O epílogo será o mesmo prólogo do livro ainda sem nome e ele será de uma personagem que eu vou escolher ainda. Acontece que ainda vai aparecer outra criança (adotada de Lívia) mas veremos.
Eu amei trabalhar com Gabriela, ela foi incrível, doce e rebelde ao mesmo tempo, eu sinceramente amei ❤

Recomeçando Uma VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora