Eu acho que não preciso mais mencionar o fato de não ter revisado, e nem de me avisarem de qualquer erro, né?
Narrando:Milena
Eu fiquei sentada encolhida chora Di por bons minutos, as memórias horríveis que invadiram a minha eram muito dolorosas. Eu estava sendo uma fraca, não tinha nenhuma condição emocional de pensar ou de fazer nada.
Eu reparei, em algum momento, que Erick havia saído da sala junto com a Judith, ele nem havia feito nada para me amparar, mas eu não deveria estar pensando nada.
-Milena... - Eu ouvi a voz de Sebastian, ele me abraçou e tentou me acalmar. - Me conte o que aconteceu, por favor. - Ele pediu de forma educada, em uma situação diferente eu teria estranhado, mas eu não me importava mais.
-Você sabia o que eu fazia? - Eu perguntei tentando acalmar o choro.
-Foi a sua outra versão que me levou até você, e eu senti empatia depois de muitos anos. - Sebastian falou fazendo carinho em minha cabeça. - Eu queria te levar daquele lugar horrível, mas tinha uma condição. Eu teria que completar parte do ritual, quebrar sua confiança em quem você um dia sentiu algo. - Ele me explicou.
-Desculpe ter colocado fogo em sua casa. - Eu falei enquanto me deixava levar pelas emoções do momento.
-Já faz tanto tempo que eu não ligo mais. - Ele riu depois de falar isso, e eu o acompanhei, acho que Sebastian é a única pessoa que eu posso me considerar amiga.
Eu sempre tentei ajudar alguém. Maria é um dos casos, talvez eu tenha visto minha mãe nela, a forma em que ela parecia assustada com algo novo que nunca sentiu, a forma que ela sofria em silêncio para, imagino eu, não me amandrontar. Sinto em que me perdi em algum momento enquanto aguentava tudo para ajudar minha mãe.
Eu nunca tive outro plano ou abjetivo em mente, se eu conseguisse conquistar isso eu me perguntaria:"E agora?".
Nunca pensei a longo prazo, tinha que completar um ritual, matar algumas pessoas, e reviver minha mãe. Mas ela já havia sido revivida, mas poderia sentir que faltava algo nela, talvez a alma.
Assim que penso nisso um pequeno sorriso se forma, eu me lembro com clareza agora os detalhes do dia que minha família foi "morta", me lembro da minha antiga versão disfarçada de Gabriela me hipnotizar para eu esquecer os maiores detalhes do dia. Mas eu usei isso ao meu favor.
-Você conseguiu? - Eu perguntei baixinho no ouvido de Sebastian.
-Claro. - Ele me deu um cordão com uma pedra azul meio roxa de forma disfarçada. - A alma está aí, como você me explicou. Quer que eu pegue o corpo? - Ele me perguntou da mesma forma.
-Ainda não. - Eu sussurrei mais para mim mesma do que para ele, eu realmente me sentia mal pelo o que eu fiz, minha mãe me odiaria. Eu sei. Mas não abandonaria um objetivo de anos por causa disso. - Quero que pensem que estou vulnerável. Agatha ainda segue minhas ordens, mande um recado a ela.
-Claro. - Ele me respondeu antes de desfazer o abraço e sair.
Eu segurei o cordão com firmeza, a delicada de ametista continha a alma da minha mãe dentro, graças a uma magia que me lembro de ter visto Erick fazer.
Aquela não era uma arma, mas era o tesouro mais precioso que eu me lembro de ter visto em toda a minha vida, por causa do valor sentimental, claro.
-Milena. - Ouvi Judith me chamar com a voz dura. - Erick a chama, saia daí é desça, já é patética demais se lamentando. - Ela me falou com nojo, aquela maldita proposta entre nós parecia ter morrido.
Não me importava nada dela agora.
-Irie descer. - Eu falei e ela fechou a porta com força de forma proposital.
Eu sequei minhas lágrimas com as mangas daquela roupa, eu estava suada e com fome. Nada que já não tenha experimentado antes. Guardei o pingente em um bolso que descobri ter por acidente.
Abri a porta daquele lugar e logo vi as escadas, meu senso de direção não iria me trair hoje. Andei até as escadas e desci, mas reparei em outros quartos, um deles estava aberto e com brinquedos infantis, ou eles invadiram a casa, ou estavam planejando ter filhos.
E eu serei filha única, farei questão de herdar todos os poderes de Erick. Minha mãe dependia disso.
Eu fingi não ter visto aquele quarto e desci, queria saber logo o que Erick planejava para mim, e espero que dessa vez não envolva rituais.
-Finalmente, Milena. - Ouvi de Erick assim que cheguei em uma sala que ficava perto da escada, os móveis antiquados e a forma em que eles estavam posicionados me lembravam minha antiga casa.
-Peço desculpas pela demora. - Eu respondi a eles, pude sentir Judith, que estava em pé ao lado de Erick, me olhar com certa raiva.
-Sente-se. - Ele falou de forma fria, eu não fiz nada além de obedecer e me sentar próximo a ele em um sofá, o mesmo estava sentado em uma potrona que parecia ser aveludada.
-O que quer de mim? - Eu perguntei, Erick não me ajudaria sem querer nada em troca. Laços de sangue não pareciam o importar nessa família, e não tínhamos nenhum laço emocional.
-Você sabe bem. - Ele disse com desdém e olhou para Judith que ficou nervosa e saiu da sala.
-Não. Não sei. - O respondi cansada, tinha me estressado com o que me lembrei, e o tempo em que fiquei longe daquele colar me doía.
-Simples, eu te salvei e agora você me deve algo. - Ele me contou com tom de deboche que acho que seria típico dele, eu não sabia muita coisa, afinal ele estava sempre bêbado ou irritado.
Eu pensei por algum tempo e logo me veio a resposta, a única coisa que compartilhavamos era a magia, tínhamos a mesma fonte de poder, nossos ancestrais que eram bruxos bem poderosos pelo que pude ver pela árvore-genealógica. Combinados isso com a maldição da família - que agora me lembrava - de que a partir dos 16 anos dos filhos os pais lhe passavam o poder aos poucos, e o fato dele amar Judith e der a entender que está interessado a ter uma verdadeira vida com ela, eu sabia o que ele queria.E a resposta era não.
-Não vou dar meus poderes para ela poder ter filho. - Eu respondi ríspida. Nunca compartilharia meus poderes, algo que aprendi sozinha a controlar e que me protegia para alguém que não considerava.
-Você deve ter percebido o que aconteceu com a sua mãe depois dela ter você. - Ele falou com um pouco de impaciência. - Ela ficou cada vez mais diferente, e você notou isso, eu sei. - Ele me apontou o dedo indicador. - Acontece que depois de humanas, ou bruxas mais fracas terem filhos com o nosso sangue - Ele falou essa parte com certo repúdio. - elas começam a se tornar cada vez mais fracas emocionalmente! - Ele levantou a voz na última parte.
Eu sabia um pouco sobre isso, e esse era o provavel motivo de Judith querer um acordo comigo, e eu não iria aceitar. Nunca dividiria meu poder com ele, ou com algum irmão que eu poderia ter.
-Se eu aceitar... - Eu fingi uma negociação, minha voz não estava das melhores por causa do choro. - você vai ter que fazer mais um favor para mim. - Erick me olhou interesse na proposta.
-Estou disposto a ouvir. - Eu sorri ao ver que ele cairia na minha proposta.
Faria de tudo pela minha mãe.
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Sabe quando alguém esquece o fato de que é sábado e tem que atualizar uma história? Então...
FELIZ PRIMEIRA ATT DE 2017! MUITOS BUGS AINDA VIRÃO!
Era isso, você sabe que esse ano vai ser igual ou pior que o ano passado, eu sei que sabe.
BEIJOS COM QUEIJOS E TCHAU! 💜💜💜💋💋💋
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A Serva Do Alfa (Hiatus)
WerewolfMilena é uma orfã que mora em um mundo onde a raça humana foi escravisada pelos lobisomens que obedeçem ao Supremo Alpha, Milena apos perder a familia com 7 anos, acaba descobrindo que é uma hibrida de humano com bruxa, alguns dias depois é vendida...