Capítulo 19

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Erickzinho na imagem a cima huhuhu 😆😆😆

Narrando:Milena

-Não se preocupe, não somos as únicas... - Disse Judith me olhando como se eu fosse uma pedra preciosa.

-Como assim não somos as únicas? - Perguntei a ela interessada.

-Meu marido... Ele também é como nós! Foi ele que me ensinou a arte da magia.

A olhei com os olhos frios que cativo desde a infância e a respondi.

-Você realmente acha a magia uma arte? - A questiono com um pouco de frieza na voz.

Ela me olha como se eu tivesse alguma dó, ou piedade de mim.

-Caroline a magia é mais do que uma simples arte, ela é como a vida de um bruxo - ela segurou meu rosto gentilmente e continuo - sem ela eu teria morrido antes mesmo de sonhar em existir, sem ela eu não seria eu, sem ela eu não teria um marido tão gentil...

Quando reparei nos olhos dela, só pude me lembrar da minha mãe dizendo que eu era o único erro que ela não se arrependia de ter comedido. Quando ela estava mencionado o marido me lembrei brevemente do meu pai o homem mais cruel que já conheci, porém o primeiro que conheci, que conseguia esconder seus sentimentos tão fundo para os outros não alcançarem.

-Quando eu era pequena... - Comecei a me abrir com a Judith - Vi a magia pela primeira vez, quando meu pai bateu na minha mãe... Seus olhos que antes eram azuis como o céu se tornaram vermelho sangue, eu não consegui me mexer...

Ela me interrompeu dizendo:

-Você sentiu medo do seu pai? - Falou com olhos de misericórdia.

-Não, eu senti pena dele - Ela se surpreendeu com a resposta - depois que minha mãe desmaio ele se abaixou e... Usou sua magia para curar suas feridas, ele murmurou no ouvido de dela algumas vezes: "me desculpe por fazer do pior jeito"...

Ela me olhou ainda mais confusa e soltou meu rosto, e segurou minhas mãos gentilmente dizendo:

-Viu a magia tem dois lados... Dependendo de quem usa ela é boa - Ela beijou meus dedos com gentileza - Tenho certeza que seu pai amava sua mãe, do mesmo jeito que ele te amava...

Comecei a rir, e ela me perguntou confusa:

-Por que está rindo Caroline?

-Você é muito inocente hahaha - Ri mais um pouco até me acalmar e recomeçar a falar.

-Minha mãe foi sequestrada quando tinha 16 anos por ele, meu pai a violentava todos os dias até eu nascer, e quando ele a curou estava pensando na primeira esposa dele... A única coisa que ele já amou na vida, ele me via como uma experiência falha...

Judith me abraçou fortemente e disse bem baixo em meus ouvidos:

-Caroline todos os pais amam os filhos! Alguns demonstram isso se tornando malvados, mas isso só acontece por que eles querem nos preparar para o mundo... - Ela acariciou meus cabelos - É impossível odiar algo que criou...

Me separei delicadamente do seu abraço e lê disse:

-Minha mãe me disse uma vez que meu pai tornava o impossível, possível...

Somos interrompidas por um barulho de uma porta rangendo, Judith vai até a porta correndo e termina de abri-la, e para minha surpresa lá estava a pessoa que fez dos meus sonhos pesadelos...

-Querido ainda bem que chegou! - Disse Judith alegre.

-Sim, eu cheguei bem e... - Ele reparou em mim e demonstrou uma cara de pavor, e surpresa ao mesmo tempo.

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