Capítulo 33

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Narrando:Milena

Sentia meu corpo balançar, não sabia o que estava acontecendo mas pude sentir um vente frio se chocar contra meu corpo. Eu tremi com frio e me encolhi, senti braços masculinos me envolverem, mas não me importei, deveria ser a pessoa X.

-Logo chegaremos Supremo! - Uma voz falou da forma mais formal possível. Não estava em condições de responder, e confesso que ao ouvir Supremo meu corpo se acalmou.

-Eu sei seu imbecil. - A voz de Apholo respondeu, ele não parecia estar com muita paciência. A única coisa que me assustou foi ela estar um pouco longe de mim, será que era impressão?

[...]

Devo ter voltado a dormir. Só sei que acordei em uma cama macia, e quente. As janelas deveriam estar fechadas, pois eu não enxergava nada naquela escuridão.

-Bom dia flor do dia! - Uma voz feminina animada falou ao abrir a porta. Era Margarete.

-Bom dia... - Respondi sonolenta, sai da cama e me espreguiçei. Olhei para ela e perguntei. - Que horas são?

-Ainda é dia. Acho que... Umas três horas? - Ela falou antes de ir na direção da janela e as abrir, ela estava animada demais, parecia outra pessoa.

-Você está bem? - Perguntei preocupada.

-Pareço bem? - Ela resmungou antes de ir até um armário.

Reparei no quarto e pude notar um visual bem antigo, condizente a época, as cortinas tinham um tom vermelho, as paredes eram de flores de cores bem claras, uma ou outra tinha um vermelho forte, o armário tinha uma cor creme, ou algo parecido. Era um belo quarto, mas porque eu, uma empregada estava lá?

-Vista isso! - Ela me deu um uniforme igual ao que eu estava usando antes, me vesti rapidamente, antes de uma mulher trazer uma jarra com água e algumas toalhas.

-Isso é? - Perguntei.

-Lave o rosto. E me encontre na sala de estar, o café da manhã dos empregados está na cozinha. - Ela falou antes de sair.

-Entendido...

Lavei meu rosto e pentiei meus cabelos, prendi meus cabelos com uma transa e os enrolei em um coque.
Sai do quarto e me lembrei que não sabia onde ficava a cozinha, será que alguém vai me ensinar o caminho? Pensei sozinha.

-Milena? - Ouvi uma voz me chamar, me virei e vi Maurício, ele estava com uma roupa formal, parecia algum tipo de terno.

-O que está vestindo? - Perguntei indo na direção dele.

-Uma roupa. - Ele me respondeu antes de revirar o olhos e me perguntar. - Viu Margarete? Estou procurando ela a algum tempo e não acho.

-Ela estava comigo até poucos minutos. - Ele agradeceu e sorriu de forma maliciosa.

-Não me leve a mal Milena. - E me beijou, mantive meus olhos abertos e fiquei parada sem reação. O que ele estava fazendo?

O empurrei e passei a mão pelos meus lábios, eu não tinha gostado nem um pouco. O olhei com algumas lágrimas nos olhos e perguntei:

-O que está fazendo? - Minha voz saiu um pouco chorosa, não sabia o porque de estar chorando, mas me sentia horrível.

-Te beijando. E não gostei! - Ele saiu sorridente e me deixou sozinha no corredor.

-Foi meu primeiro beijo idiota... - Resmunguei antes de me apoiar na parede ao lado de uma porta e escorregar de forma lenta até o chão.

Eu não gostei nem um pouco do beijo, e queria saber do porque de Maurício ter me beijado, e o porque de estar me sentindo horrível.

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