Hoje era segunda, bom é hora de voltar a realidade, levantei da cama e me arrumei para ir a escola. Peguei minha mochila e fui tomar café.
- Oi tia Emília.- Falei lhe dando um beijo.
- Oi minha filha, vai para a escola?
- Vou sim, tenho que tocar a minha vida pra frente.
- Ainda bem que temos uma menina responsável e estudiosa dentro desta casa.- Ela fala sorrindo.
- Ahh, a Emilly é uma boa menina.
- Eu sei.- Tia Emília fala sorrindo.
- Bom, já vou indo.- Falo levantando e dando um beijo na tia Emília.
- Vá com Deus meu bem.
- Amém.
Desço o morro e chego na entrada vendo o Alemão conversando com alguns vapores, passo sem olhar para ele e saio do morro. Idiota! Vou para o ponto de ônibus, pego meu celular e fico jogando quando vejo um carro parar bem na minha frente.
- Entra ai.- Alemão fala abaixando o vidro do carro, entrei sem falar nada e o mesmo deu partida.- Não vai falar nada?
- Não tenho nada pra falar.- Respondo seca olhando para frente, sinto a mão do Lo... Alemão! Na minha coxa, suspiro fundo.
- Eu sei que ontem fui meio seco com tu...
- Meio seco?- Pergunto arqueando a sobrancelha.
- Sim, não foi pra tanto morena. Ontem eu estava com a cabeça quente.
- E quando é que você não está, não é mesmo.- Falo irônica.
- Morena, Morena.- Alemão fala abrindo o porta luvas, e tira sua arma de lá, naquele momento fiquei sem ar e arregalei os olhos.- Calma, eu não vou fazer nada com você.- Ele guarda a arma e me puxa me dando um selinho.
- Presta atenção Alemão!- Falo referindo a estrada.
- Lorenzo.- Ele me corrige, chegamos em frente a escola e eu tento abrir a porta mais a mesma está travada.- Aonde pensa que vai.
- Vou pra escola.
- Não antes de me pagar a corrida.
- Não mandei você me trazer Lorenzo.- Falo revirando os olhos.
- Deixa de bancar a difícil.- Ele me puxa e me dar um beijo de tirar o fôlego.
- Calma Lorenzo.
- Quero você hoje na minha casa.- Ele fala mordiscando meus lábios.
- E se eu não quiser ir?- Pergunto provocando.
- Você não vai ter o papai aqui.
- Tenho escolha?
- Não, você não tem.- Ele ataca minha boca novamente, pego em seu membro e sinto ele ganhar vida.
- Agora eu tenho que ir.- Falo tentando empurrar Lorenzo.
- Espera.- Sinto o mesmo chupar o meu pescoço.
- Filho de uma mãe!- Falo e ele começa a rir, que lindo meu Deus.
Ele destrava o carro e eu abro a porta saindo do carro, antes que fechasse a porta ele lança uma nota de 100 e me dar.
- Para o lanche e táxi.- Ele fala e fecha a porta do carro e sai dali em uma arrancada, fico pasma e guardo o dinheiro na bolsa, encaro a escola e solto um sorriso.
Entro na escola e os corredores estavam lotados, estava indo pra minha sala quando bato de frente com a diretora.
- Ana Júlia? - Ela fica surpresa com minha presença.
- Sim Senhora.
- O que faz aqui?- Como assim?
- Eu estudo aqui.
- Não mais.- Como assim? Meu Deus o que está acontecendo?
- Como assim?
- Me acompanhe.
Fomos até sua sala e eu sentei em uma poltrona que tinha de frente á sua mesa.
- O que aconteceu?- Pergunto olhando para ela a procura de uma resposta.
- Pensei que você soubesse, sua tia veio aqui e cancelou sua bolsa de estudos.- Ao escutar aquilo meu mundo desabou, chorei como nunca tinha chorado antes, essa escola era a minha única chance de realizar o meu sonho.- Desculpa Júlia, ela falou que você ia se mudar, eu não tive culpa.
- Eu sei, não se preocupa, eu acredito na senhora, se me der licença.
Saio de sua sala limpando minhas lágrimas e acabo encontrando a Bih, abraço ela e choro em seus braços.
- O que aconteceu?- Ela pergunta preocupada.
- Acabou Bih, acabou!- Falo desesperada.
- Vem, me explica isso direito.- Ela me puxa para um banco que tinha ali perto.
- Minha tia cancelou minha bolsa.
- Como assim?- Ele fica sem entender, ai eu lembro que não falei nada a ela do que me aconteceu.
- Ela me expulsou de casa por eu ter ficado com o Alemão.- Falo e Bih fica pasma.
- Meu Deus, logo o Alemão?
- Eu não queria, ele me pegou a força, agora eu sou amante dele, eu não queria amiga. Mais agora eu quero ele como nunca quis ninguém, eu acho que estou gostando dele!- Falo chorando.
- Amiga, não fica assim, eu posso te ajudar, olha eu falo com meus pais e ele pode pagar a escola pra você.
- Não, não precisa Bih, obrigada.
- Tem certeza?
- Sim.
- Aonde você está ficando?
- Estou na casa de uma amiga minha lá no morro.
- Está precisando de dinheiro?
- Não, está tudo bem, agora eu tenho que ir.- Falo levantando.
- Tabom amiga, fica bem tá?
- Eu vou ficar bem.
- Me liga.
- Tá.
Saio da escola e pego um táxi, ainda estou sem acreditar no que minha tia fez. Primeiro me expulsa de casa e agora faz isso comigo, está tudo acabado, não ia conseguir cursar minha faculdade de medicina, foi tudo que eu sempre sonhei, começo a chorar descontroladamente.
- Está tudo bem moça?- O taxista pergunta me olhando pelo retrovisor.
- Está sim.- Minto e enxugo minhas lágrimas, fico olhando as pessoas pela janela, e choro só de pensar que meus planos de ter uma vida melhor foi por água abaixo.
- Moça Chegamos.- Ele para no pé do morro.
- Obrigada senhor.- Falo entregando a nota de cem, pego o troco e saio do carro. Encaro aquele morro e suspiro fundo, passo pela entrada e o Menor me surpreende.
- Estava chorando Morena?- Ele pergunta, me joguei nos braços dele e chorei mais ainda.- Calma Morena, o que aconteceu?- Eu não conseguia falar nada, apenas chorar.- Bora, vou te levar pra casa.- Ele me puxa e eu subo em sua moto, Menor me leva até a casa da Emilly e me abraça.- Calma, seja lá o que for, tudo isso vai passar.- Ele fala e eu balanço a cabeça positivamente.
Ele sai com sua moto e eu entro em casa, não tinha ninguém em casa, entro no quarto e me jogo na cama e choro descontroladamente, o sono me venceu e eu dormi.
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Alemão
Teen FictionOi gente, bom neste livro vou falar sobre uma garota que mora no morro do Alemão... Ela tem apenas 17 anos e é humilde, estudiosa e atenciosa com sua tia que a criou (Dona Ceci). Para saber mais, adicione esse livro na sua biblioteca e venha conferi...