Todo vilão, Tem sua Donzela !

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—Narração por Fabi.
Eu não consegui pregar mais o olho de preocupação e muito menos comer depois que eu acordei na minha casa e recebi a notícia de que a Babi havia ido embora com o Piu-piu para nos salvar. O PH não saiu do meu lado desde então, era um mimo que só.
PH: Morena, trouxe umas paradas pra você comer ta? –Ele entrou no meu quarto enquanto eu trocava de roupa.
Fabi: Não quero comer.
PH: Não é possível que você não esteja com fome.
Fabi: Eu só quero minha amiga, PH, só isso. Se você puder trazê-la eu como tudo o que eu trouxe.
PH: Estamos nos esforçando morena, convenci o Aruan de entrar nessa de resgatar a Babi.
Fabi: Aruan é um nojento, não sei como consegue ser amigo dele.
PH: Crescemos juntos não é? -Ele sorriu de lado e sentou na minha cama.
Fabi: Tanto faz. –Dei de ombros, coloquei meu short jeans e ele me puxou para sentar no colo dele.
PH: Olha eu entendo sua preocupação, mas você não pode deixar de comer ou até mesmo ficar sem dormir. A Babi é esperta, Fabi. Ela sabe o que faz e imagino que ela tenha algo em mente para se livrar do Piu-piu ou até mesmo entrar em contato com a gente.
Fabi: PH a Babi não foi criada em cidade grande, ela morava em um sítio cheio de bicho. Pra onde quer que o Piu-piu tenha a levado, você acredita realmente que ela saiba se virar lá sozinha? Eu sei que ela ficou mais esperta, mas e daí? Eu a quero segura, sem um arranhão sequer. Eu deveria ter ficado na casa do Pezão, eu errei feio em ter ido dormir na sua casa e ficado sozinha. Não era muito menos para eu ter saído da sua casa e discutido com aquela garota.
PH: Morena, você não tem culpa de nada. Essa Melanie apareceu do nada, o Aruan sabia dela, mas como a garota tem parente lá dentro então os manos a deixaram subir de boa. Ninguém imaginou que ela estava envolvida com o Piu-piu.
Fabi: Essa garota sempre foi cobra, naja. Não sei como o JR foi capaz de um dia sequer ter encostado a boca nessa piranha da Mell. Eu quero a Babi viva, mas viva da Silva e que ela arranque a cabeça da Mell fora.

a.
Eu não aguentava ver a angústia do meu irmão, era de cortar o coração o ver daquele jeito. Eu sabia que ele se dedicaria ao máximo para achar a Babi e reerguer o morro e eu não vou medir esforços para ajudá-lo.
Eu arrumei a casa inteira que estava uma bagunça só, deixei o almoço pronto, fui tomar um banho e quando entrei no meu quarto o Vigarista estava sentado a minha cama.
Ninja: Oi amor. –Fui até ele e beijei sua testa.
Vigarista: Oi princesa.
Ninja: E ai? Nada dela?
Vigarista: Nem dela, nem do Piu-piu e não achamos nenhum homem que servia a ela. A pessoa mais próxima era a Rata e ela está morta.
Ninja: Não se preocupa, vamos achá-la. Quer almoçar?
Vigarista: Já almocei na casa da Bianca.
Ninja: Ah sim.
Vigarista: Mais tarde vou buscar minha filha, se importa se eu ficar aqui com ela?
Ninja: Claro que não amor, oxi.
Vigarista: Tudo bem. –Ele beijo minha bochecha e fez carinho na minha cintura.
Ninja: Está com uma cara de cansado.
Vigarista: Quero muito dormir.
Ninja: Quer dormir comigo? Eu faço um carinho em você, uma massagem... –Passei os dedos pelo cabelo dele fazendo carinho.
Vigarista: Que bicho que te mordeu que você está toda carinhosa? –Ele deu uma risadinha.
Ninja: Fica reclamando não, aproveita porque daqui a pouco o feito da mordida passa.
Vigarista: Boba.
Ninja: Anda, deita ai. –Sai do colo dele, ele tirou a camisa e deitou na cama de bruços. Eu fechei a porta do quarto, liguei o ventilador, fechei a janela e as cortinas deixando o quarto escuro porque a cortina é blackout.
Sentei em cima da bunda dele e comecei a massagear as costas dele. Ele estava relaxando e acabou dormindo.
Deitei ao lado dele o abraçando e dormimos juntos.

—Narração por Babi.
O Piu-piu não era bobo, mas também não era lá dos mais espertos. O ego dele atrapalhava muito o pensar. Estava fingindo ser um amorzinho, bem princesa e fazia tudo o que ele mandava. Não dava para vacilar e para me ver livre dele faria qualquer coisa. Eu não podia sair de dentro do meu quarto se não fosse acompanhada e do lado de fora da janela ficavam dois homens para poder me vigiar dia e noite.
Eu teria que dar o meu jeito para fugir daqui, mas fugir não exterminaria o problema que era o Piu-piu. Não tenho pena nenhuma dele, sinto tanto nojo que sou capaz de vomitar em sua cara. Imagino que nesse momento eles estejam atrás de mim, porém estamos em uma casa isolada das outras casas e ficava difícil ser visualizada por conta da quantidade de árvores que a cercava.
Já escurecia, terminei meu banho e acompanhada fui sentar na sala para ver TV. O Piu-piu apareceu apenas de bermuda, boné para trás e com uma arma na cintura. Se fosse outra época, ele seria o tipo de homem que eu não me importaria de ficar admirando, mas no momento eu não aguentava nem o respirar próximo de mim.
Piu-piu: Com fome minha deusa? –Ele perguntou sentando ao meu lado e alisando minha coxa.
Babi: Estou sim. –Olhei para ele e dei um breve sorriso.
Piu-piu: Você é tão melhor sem todo aquele pessoal ao seu redor. –Ele pegou no meu rosto e trouxe para perto do dele.
Babi: Não faz assim, Piu-piu. –Pedi de um jeito que não fosse grosseiro, mas sem ser manhosa-. Eu quero comer.
Piu-piu: Hoje você dorme comigo?
Babi: Quando é que vamos sair do RJ? –Mudei de assunto, até parece que eu vou dormir com esse nojento só se for pra sufocá-lo com o travesseiro.