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Antes de entrar no quarto do Piu-piu, joguei a gasolina por todos os cômodos até o seu quarto. Também não sou burra de jogar gasolina e atear fogo na casa por onde eu preciso passar. Abri a porta do quarto dele, entrei e silenciosamente joguei gasolina pelo tapete do quarto, por cima das cômodas e perto de sua cama. E então acendi as luzes porque eu queria ver o sofrimento dele em high definition. Ele dormia de barriga para cima e eu rapidamente peguei a faca da minha cintura, pulei em cima do colo dele, prendendo os braços dele com as minhas pernas do jeito que a Ninja me ensinou a imobilizar o adversário e ele acordou assustado.
Piu-piu: O que você está fazendo aqui sua vadia? –Coloquei a faca na garganta dele e segurei sua língua com a mão. Ele tentou se debater com os seus olhos assustados, ele parecia um touro bravo tentando dizer alguma coisa.
Babi: A vadia também tem seus truques. Seja bem-vindo ao inferno, eu sou a mulher do demônio. –Sussurrei no ouvido dele com uma voz sedutora e rapidamente sem pensar muito cortei a língua dele e joguei aquela nojeira no chão. Ele começou a se sufocar com o próprio sangue e eu não o soltava. –Isso é pra você aprender como é que termina a vida de um x9. Enquanto eu o via se engasgar com o próprio sangue, cravei minhas unhas em sua garganta e com a mão segurando bem firme a faca comecei a esfaquea-lo no rosto. Sentindo aquele sangue venenoso respingar em mim. Ele parou de se debater e então eu sai de cima dele.
Foi como uma cena de filme eu saindo daquela casa enquanto ela pegava fogo e algumas explosões aconteciam ali dentro. Ouvi os homens do Piu-piu gritarem e correrem pelo campo. Eu corri para saída daquele sítio, sendo imersa pela escuridão da rua. Corri até um poste no final daquela rua e dei de cara com uma rodovia. Continuei a correr até chegar em um bar, o dono do bar já me olhou estranho.
Dono do bar; Quem é você garota?
Babi: Eu fui atacada por um cachorro na rua. –Disse ofegante e tentando limpar o sangue do meu rosto-. Ele estava ferido e violento, não deixou que eu cuidasse dele, eu sou veterinária. Ele não tinha coleira e ninguém na rua. Não podia deixar o animal sofrer, mas ele correu para dentro de uma rua escura e eu fiquei com medo de segui-lo. Meu carro quebrou algumas ruas atrás e eu só achei esse bar –Queria saber quando foi que eu virei uma mentirosa tão boa.
Dona do bar: No final do corredor. –Ele voltou a secar os copos e eu fui para a porta no fim do corredor. Tranquei a porta, lavei o meu rosto e olhei para o meu reflexo no espelho.
Minhas mãos ficaram trêmulas e me subiu uma vontade de vomitar. Ajoelhei do lado do vaso e aquele cheiro podre de urino fez com que eu colocasse tudo para fora. Suando frio meu estômago se contraia e eu vomitava.

—Narração por JR.
Mais um dia e nada da Babi. Eu não conseguia dormir sem saber notícias da minha princesa. O dia amanheceu e eu estava sentado na sala vendo alguns desenhos. A Ninja desceu as escadas e sentou no meu colo.
Ninja: Vai dormir maninho. –A abracei e dei a cabeça em seu braço.
JR: Eu estou sem sono.
Ninja: Eu tenho certeza que a Babi está bem, eu ensinei a ela tudo o que eu sei. Ela não vai deixar que o Piu-piu faça algum mal a ela.
JR: Não me interessa, Ninja. Eu me preocuparia tanto quanto se fosse você. Não me interessa o quanto ela saiba, eu não consigo descansar sem saber notícias dela.
Ninja: Você está dando seu máximo... –A campanhia tocou.
JR: Quem é uma hora dessas?
Ninja: Vai lá atender, estou de pijama. –Ela saiu do meu colo e deitou no sofá. Levantei do sofá, calcei meus chinelos e fui atender o portão. Quando abri meu coração quase saltou pela boca. Ela estava encostada no muro, me olhando com um sorriso safado nos lábios.
Babi: Já deu tempo de colocar outra fiel no meu lugar, neguinho? –Ela se endireitou e eu não consegui dizer nada. Apenas a peguei no colo e a beijei, porém ela começou a se afastar, então senti um gosto ruim na minha boca.
JR: Eca, você está com gosto ruim na boca. Por que me deixou beijar você? –Fiz careta.
Babi: Foi bem por isso que eu mantive distância. Mas você não se aguenta, só fui dar um passeio e voltei oxe. –Ela riu e então a abracei apertado.
JR: Você nunca mais faz isso comigo, nunca mais. Eu te amo tanto porra, senti tanto medo de te perder. Caralho loira, você não pode fazer isso comigo ok? Não pode mesmo, dá próxima vez quando eu te mandar ficar em casa é pra você ficar.
Babi: Eu estou bem, se eu fui com o Piu-piu é porque eu sabia que ficaria bem. –Ela disse retribuindo o abraço apertado-. Eu senti tanta sua falta, não quero nunca mais sair do seu lado. –A afastei de mim segurando sua cintura, olhando para ela e dizendo para mim mesmo que aquilo é real.

Todo vilão, Tem sua Donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora