(Ps: Antiga história com o nome: Rua Lillgston)
Lia Sllen sempre foi uma cabeça nas nuvens. Desastrada então? Nem se fala.
Tudo até estava indo bem, e então chega o dia da discussão mais ridícula da sua vida. Ouviu tudo o que não desejava ouvir e...
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Procurei Marina em todos os lugares, possíveis e impossíveis. Ela havia sido engolida pelo chão, só pode.
Minha cabeça estava começando a latejar, as pernas levemente bambas e ainda havia o gosto ácido e amargo de álcool na boca. Parecia ter se passado horas enquanto eu simplismente andava em círculos no meio daquele monte de gente bêbada, música alta e vômito.
Depois de dar o que deveria ser a décima nona volta pelo lugar, explodi. De raiva.
Ela havia evaporado, era isso!
Girei nos meus calcanhares, saindo de lá o mais rápido que consegui. Talvez Marina ficasse com raiva de mim amanhã, quando estivesse sóbria. Mas não me importava mais. A culpa não é minha se ela é abduzida por E.Ts e não fala nada!
Enquanto meus pés tentavam me guiar para fora do lugar, em algum momento esbarrei em algo quente e alto. Nossos ombros se bateram forte, fazendo com que eu desse passos desajeitados para trás. Alguma coisa me dizia que não era só por causa do impulso, e também por conta de certa substância alcoólica. Ouvi uma voz conhecida, que me fez estremecer:
- Desculpe!
Olhei para cima, vendo ele. O garoto Rock Star estava do jeito de sempre. Calça jeans escura, touca vermelha e camiseta azul com alguma das imagens, vamos dizer assim, infantis - Não - tão - infantis que eu já estava acostumada a ver: um gato zumbi comendo uma pizza de cérebro. Me encarou com os olhos escuros, preocupado, como se esse leve empurrão pudesse me fazer quebrar o pescoço: -Você está bem?
Assenti com a cabeça, olhando ao redor para ver se achava minha " Arco-íris ambulante".
- Estou sim, não se preocupe. - sorri, sem mostrar os dentes.
Ele me avaliou por um instante, antes de dizer:
-Batatinhas! - o semblante preocupado se transformou em um divertido, acompanhado do quase invisível sorrisinho no canto dos lábios. Fez um barulho com a boca, soltando um: " ts, ts,ts" e balançou a cabeça, como se estivesse negando. Depois disse, brincando: - Não sabia que frequentava esse tipo de festas! Que coisa feia.....
Pensei por alguns segundos antes de responder. De acordo com o meu lado observador e gênio, mais ou menos uns oito segundos. Antes que ele achasse que eu era retardada ou algo do tipo, respondi, no mesmo tom que ele:
- Rock Star! - Ergui as sombrancelhas, cruzado os braços na frente do corpo com o sorrisinho mais provocativo que consegui. Fiz o mesmo jesto e barulho com a boca que ele fez, depois disse: - Não sabia que frequentava esse tipo de festa! Que coisa feia......
Seu sorriso se alargou no canto dos lábios. Os olhos negros me olharam de um jeito curioso enquanto uma leve e quase imperceptível covinha aparecia no canto da sua boca, perto da bochecha esquerda que, por acaso, ele havia pressionado internamente com a língua, de um jeito atraente.