3 - S A T S I P

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PISTAS

Acordei com o Thomas batendo no meu rosto

- Oque aconteceu? - perguntei me levantando - Quanto tempo eu fiquei apagado?

- muito menos que cinco minutos - falou carrancudo

A casa estava cheia de mofo,  obviamente estava abandonada todo esse tempo. Vários momentos vieram a minha mente, a medida que eu ia andando mais difícil ficava de controlar a emoção, quando cheguei no corredor que levava ao quarto dos meus pais ainda era possivel ver marcas de sangue, não me perguntem como, parecia que alguma coisa tinha sido morta ali recentemente.  Empurrei a porta do quarto dos meus pais e tudo estava intocável,  a cama estava forrada perfeitamente, apesar da imensa quantidade de poeira, corri até a cômoda que ficava ao lado da cama, tinha um porta retrato dos dois:

Meu pai se chamava Daniel, tinha 40 anos quando tudo aconteceu, ele era moreno, alto, forte e musculoso como o Thomas, e tinha o sorriso mais lindo do mundo. Minha mãe Ângela também era negra, deveria ser só um pouco mais alta que eu, seus cabelos eram castanhos claro e iam até a sua cintura, cheios e cacheados. Na foto em questão eles estavam abraçados e sorriam para a câmera, uma lágrima escorreu do meu rosto.

- Eu sinto muito - falou o Thomas apertando o meu ombro

Eu limpei as lágrimas e coloquei o porta retrato no lugar, mas assim que o pus,  uma luz surgiu da parede em frente e dela surgiu uma fenda. Exitante eu coloquei minha mão ali, consegui sentie dois objetos, um era um pedaço de madeira firme e longo, deveria ter uns 30 centimetros, a madeira era negra e velha, o outro era um pedaço de papel. Eu coloquei os dois no bolso e me virei, Thomas me observava confuso.

- Tem um modo de sair daqui sem cruzar com aqueles lobos? - perguntei ainda andando pela casa

- Tem, mas não garanto nada - falou enquanto olhava os porta retratos da sala

Quando estavamos pra sair daquele lugar uma gargalhada tenebrosa surgiu no ar, era impossível definir de onde ela vinha, a voz era masculina, sem duvidas.

- Louis, finalmente nos encontramos - a voz falou - Esperei por esse momento...

- Quem é você e oque que quer? - perguntei sentindo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem

- Vamos sair daqui - sussurrou tomas no meu ouvido apontando para a porta

- Seus pais foram muito espertos naquele dia - a voz tornou a falar quando eu já estava andando varagarosamente até a porta - Eles pagaram por ter te escondido

Senti todo o meu sangue ferver, o choro saiu facilmente,  não tive como controlar. Ele tinha matado os meus pais

- Você os matou... - falei tão baixo que jurei que só eu pude ouvir

- matei - e a voz tornou a gargalhar

E então ele surgiu,  um lobo negro imenso, muito maior que o Thomas vinha caminhando do final do corredor, seus olhos eram vermelho sangue, minhas pernas paralisaram de medo e raiva.

Thomas na mesma hora se colocou na minha frente,  vi quando seus ossos começaram a se contorcer, pelos nascerem dos seus braços e ele se transformar num lobo branco e grande, mas nada comparado ao outro que estava no final do corredor

- Sobe! - ouvi a voz de Thomas dizer na minha mente e foi isso que eu fiz

Ele saiu em disparada pela porta enquanto eu me agarrava ao seu pescoço,  e quando olhei para trás já não tinha mais um lobo parado na porta e sim um homem com o rosto oculto por um capuz, sua capa preta ia chegava a arrastar no chão,  mas pude ver o seu sorriso.

Thomas só parou de correr quando já estavamos a uma boa distância da casa. Eu desci das suas costas e ele voltou ao normal, só que completamente nu. 

- Merda! - exclamou ele cobrindo as partes íntimas,  mas não sem antes eu ter visto seu membro enorme

Não de onde tirei forças para rir naquele momento, nas circunstâncias atuais eu devia está desesperado. Tinha retornado para casa depois de 5 anos vagando pelo mundo, tinha sido atacado por lobisomens e salvado a vida de um, tinha me encontrado com o assassino dos meus pais e descobri que ele também estava atrás de mim.

- Para de rir - falou secamente

- aqui - falei abrindo a mochila e jogando uma bermuda pra ele, junto com uma camisa, que ficaram justíssimas nele

Achamos uma caverna e acampamos, refiz todos os feitiços protetores e acendi uma fogueir.

Meu estômago doía de fome, tirei da mochila um pacote de biscoitos e dividi com Thomas.

Começamos a conversar e eu soube um pouco mais sobre ele.
Ele tinha 25 anos, e foi preso numa emboscada pelo clã daqueles lobos. Ele conseguiu fugir e foi quando eu o encontrei

- Se conseguimos sair daqui, o meu Alfa Richard, que também é meu pai, pode nos ajudar a achar o seu tio - ele disse deitando no chão e olhando para mim

- Eu preciso encontrar ele - falei me deitando também - ele foi a única família que me restou apesar de não o conhecer, eu não tenho mais ninguém nesse mundo...

- você tem a mim... - ele falou olhando nos meus olhos e eu pude sentir a verdade daquelas palavras - Você salvou a minha vida, e eu lhe serei eternamente grato, você não precisa mais ficar sozinho como antes...

- Obrigado Thomas - falei apertando a sua mão - significa muito pra mim, eu sempre fiquei perambulando por ai, precisei aprender a me defender cedo, tudo que eu tinha era esse livro, a foto e dez mil dólares que estavam na mochila que minha mãe me deu naquela noite.

Ele me abraçou e eu deitei sobre seu peito e assim adormeci.

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