7 - S A M U A R T

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               TRAUMAS
                   SAMUART
                          TRAUMAS

Partimos assim que o dia amanheceu, Thomas tinha encontrado um documento, na minha antiga casa, onde dizia que meus pais tinham uma outra casa em cidade.
Estava colocando praticamente todas as minhas fichas nesse lugar, eu queria encontrar o meu tio, não apenas para saber mais sobre a minha família, mas também porque ele era o meu único parente vivo.

Thomas segurava a minha mão, no trem, fortemente, ele percebia a minha ansiedade e nervosismo. Chegamos em uma cidadezinha chamada FirtHill, dela tivemos que andar um bom pedaço para chegar em uma outra cidade chamada Duntwest, que por incrível que pareça não constava no mapa, mas conseguimos informações de como chegar lá, eu apenas seguia o Thomas

- Estamos perto! - ele disse depois de seguirmos por uma rua estreita e virar a esquerda

Algo naquele lugar me causava arrepios, parecia a cidade abandonada de algum filme, apesar das casas manterem um estado conservado e limpo.

- É aqui... - disse Thomas parando em frente a uma... Mansão

Parecia um prédio colonial de um tempo antigo. Sua fachada era toda em um mármore, tinha 5 andares, era uma construção imponente e muito linda também, o jardim estava muito bem cuidado, havia um chafariz, e uma estradinha de madeira que levava a entrada.
No mesmo instante que Thomas tocou no portão ele foi jogado para trás, como se um feitiço o bloqueasse.

- Que merda foi essa? - perguntou ainda jogado no chão, sua jaqueta preta ficou toda suja de poeira

- Feitiço de proteção... - falei pensativo

Eu já estava esperando algo do tipo, suspirei antes de fazer o Thomas se levantar e segurar minha mão, com a outra eu empurrei o portão de ferro, que rangendo, se abriu.

- Fique atrás de mim! - falei em um sussurro

- Era eu quem deveria te proteger!  - disse frustrado

- Parece que o jogo virou, não é mesmo?

- HA HA HA! Muito engraçado!

Quando toquei na porta, no mesmo instante ouvi um estalido e ela se abriu. A mansão por dentro era muito mais grandiosa que por fora, era sem dúvidas a coisa mais linda que tinha visto na vida, duas escadarias que ficavam uma de cada lado da porta dava acesso ao piso superior. Thomas passou a minha frente e começou a averiguar cômodo:

- Achei que tinha dito pra ficar atrás de mim... - disse o observando mexer em tudo

- Oque mais pode acontecer? - e assim que ele fechou a boca, um homem do topo da escada atirou uma flecha que por pouco não atingiu a cabeça dele.

- Quem são vocês? E como entraram na minha casa? Posso sentir seu cheiro lobo... - disse o homem descendo as escadas

Ele deveria ter aproximadamente  45 anos, era alto, negro como eu, cabelos castanhos escuros em um corte militar, seu rosto aparentava cansaço, haviam hematomas pelo seu rosto e braços.

- Essa casa me pertence! - falei firmemente - Quem é você?

Ele ficou me encarando por um longo tempo, até que correu até mim, fazendo os músculos de Thomas se enrijecerem, e logo estava tocando o meu rosto

- Lou... - sua expressão era de puro assombro - Louis... É você mesmo?

- Tio Alec? - ele empurrou Thomas ao ouvir minha pergunta e me abraçou fortemente

Amores Impossíveis (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora