16 - E U G N A S

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            SANGUE
                       EUGNAS
      SANGUE

Eu e Thomas voltamos a forma humana e ficamos encarando aquele velho desgraçado imobilizado no chão, aquele homem que tinha destruído minha vida, e tinha tentado destruir o meu recomeço.

- Oque faremos com ele? - perguntou Thomas seguindo até ele e lhe chutando nas costelas - essa foi por ter tocado o meu filho! - e chutou novamente - E essa por ter tentado matar o amor da minha vida!

Eu segui até ele e me abaixei até está perto o suficiente do seu ouvido:

- Queime! - vi seu corpo todo estremecer - ignes!

Não senti prazer, não me senti vingado e muito menos feliz, nada do que eu fizesse a ele remediaria todo o sofrimento que ele me causou, e no fim, ele sofreu bem menos do que merecia.

Seguimos de volta a caverna, onde todos continuavam lutando, mas pararam quando me viram:

- JASON ESTÁ MORTO! - berrei assustando todos os aliados daquele maldito e fazendo os nossos aliados berrarem em comemoração

Nossa salvação foi uma matilha antiga, e amiga do Richard. Richard ficou surpreso em saber que Jason foi o assassino do próprio filho, segundo ele, achava que Jason estava morto, já que desapareceu  depois da morte dos meus pais, ele jamais suspeitaria que ele fosse o assassino, nem o mandante de tantas outras mortes.

Quando Thomas deu um passo a frente, sua aura exalava poder, todos os nossos inimigos se curvaram diante de nós, Alfa e Ômega, dois reis, os dois novos senhores, onde não haveria mais guerra, nem divisão de clãs, ou mortes, ou sangue, ou famílias sendo destruídas, eramos apenas um naquele momento.

- DANIEL! - gritei no mesmo instante em que corri na direção do meu bebê que estava na mão da mulher que havia feito o seu parto - Oh... Meu amor!

Ele abriu seu sorriso Banguela enquanto esticava as mãozinhas para eu pega-lo

- Vamos pra casa, tudo vai ficar bem agora! - disse Thomas beijando minha cabeça.

Estávamos andando quando passamos por um trecho muito conhecido por mim.

- Você pode segurar o Daniel? Obrigado - falei depois que ele assentiu e pegou o filho - Eu quero tentar uma coisa...

A casa não estava destruída, mas estava bastante suja, várias plantas surgiram pela sebe na parede, os vidros estavam quebrados, a pequena fonte no jardim desgastada. Respirando fundo, eu tirei a varinha do bolso, e em um movimento amplo e rápido, murmurei:

- Renteire Scodts - parecia que o tempo estava voltando, tudo estava voltando ao seu lugar, as janelas quebradas se consertavam, a sujeira foi sumindo, a fonte estava nova em folha e a agua que saia dela era azul e cristalina.

- Eu quero voltar a morar aqui... - disse me virando para o Thomas que observava tudo abobado

- Acho muito justo! - respondeu sorrindo.

- Parece que passa o sentimento de perda, não é mesmo?

- Sim, mas nunca iremos superar, mas temos um ao outro... - disse ele me beijando.

Em meio a momentos improváveis, a minha busca por conhecimento, ali estava eu, vivendo um amor que diziam ser impossível, com uma família estruturada. A dor, a culpa, a tristeza, elas ainda eram presentes, mas bem menos sentidas se comparado ao amor, felicidade, paixão e a segurança que agora me cercava.
Depois de muito tempo, muita luta, tristeza e sofrimento eu poderia dizer com todas as letras: Eu estava bem.

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Hello! Oque acharam? Ainda postarei o epílogo, mas vai demorar um pouco. Até a próxima. Bjs e obrigado por lerem essas loucuras da minha mente, pelo apóio, pelos votos e comentários. Muito obrigado mesmo.

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