Isabella
- Não encoste em mim. - minha voz saiu abafada e receosa. Enquanto eu me afastava, encostando na parede de madeira, os olhos castanhos, de uma pele clara e alva me encaravam numa tremenda confusão. Ela me observava acanhada e então relaxou as mãos.
Seu suspiro poderia ser ouvido ao longe de tão alto que foi... Ela se sentou em uma cadeira ao canto da sala e suspirou novamente, como se estivesse muito cansada.
- July. - Ah não!
- Meu nome não é July, quantas vezes vou ter que repetir?! - Minha fala saiu um tanto rude, mas eu não me importei.
Seus olhos me analisaram, e eu pude jurar que o vi marejar.
- Tudo bem... Então qual é o seu nome então? - ela perguntou tentando manter a paciência.
Eu ergui as sobrancelhas.
- Não é da sua conta! Eu não confio em você... - disse me sentando na cama e evitando contato visual. Ela bufou.
- Não precisa ser agressiva July. - assim que ouvi novamente aquele nome. Eu a encarei furiosa!
- QUE DROGA! a porcaria do meu nome, não é july! - ela se assustou com o meu grito, e então me encarou na mesma intensidade.
- Enquanto você não me dizer qual é o seu " Nome " será July. Porquê pelo que eu sei, minha irmã a 1 dia atrás. Pra mim, ainda era July. - seus gestos estavam demostrando uma raiva absurda.
- Ótimo!!! Sua irmã, não eu! - disse antes de me calar e um silêncio desconcertante recair sobre nós. Eu não queria em nenhum momento ter sido grossa, mas nem todas as dúvidas que tinha, foram sanadas por Victor e por pior, nem mesmo sabia ao certo aonde estava, o que me levou até ali? Seria um surto? Eu enlouqueci? Seria como a possível estória verdadeira de Alice no país das maravilhas? Por Deus... O pior foi quando fui informada, que fui uma bruxa, ou melhor sou! Algo de clãs, e um tal de Noah... Eu me sinto em um mar de dúvidas e nenhum barco pra sanar todas as minhas perguntas ou me retirar daqui.
Meus pensamentos foram interrompidoa, quando senti uma presença leve, e com um cheiro peculiar, quase como jasmins ou canela. Como estava de costas pra porta, não podia saber ao certo de quem se tratava, mas aquele cheiro... Eu o conhecia. Mas do que o meu próprio. Era único.
Narrador
Era perfumado e aprumado, aquele belo vilarejo, em época de inverno. Era algo delicioso de se acompanhar, de fato. O vento gelado e enigmático, os segredos que ele trazia a Tereza, era tudo gratidão. Ela se sentou num banco daquela imensa Praça, quase como se algo roubasse sua atenção, e a pedisse para ficar exatamente ali e calada ela acatou, sua intuição nunca foi falhar, nunca a deixou na mão.
- Mãe!! - Ela ouviu, num meio, a voz de seu menino a gritando. Quase num sussurro de seus pensamentos.
Tereza o respondeu, logo vendo a imagem do seu filho, um tanto sem ar e com uma aparência pálida.
- Respira e mantenha a calma. - Tereza pediu, se levantando e afagando o mesmo, ele acatou. Passar mal naquele instante não era uma opção.
- Agora sim.
Ela deu espaço para ele se abrir e então ele pode falar.
- Aconteceu algo com July. - sua voz saiu temerosa.
- Como é? O que aconteceu a minha menina? - Tereza o encarou, tentando resgatar algo da memória do mesmo. Ele não deu acesso.
- Não posso te falar agora, você tem que ver, ela enlouqueceu mãe, e tenho a plena certeza de que foi Noah aquele... - Ele se encheu de raiva, mas logo se acalmou com o afago de sua mãe e juntos seguiram a tenda.
No silêncio, tentando ouvir o que os bons espíritos tinham a dizer, Tereza não conseguia compreender, não conseguia, não quando as vozes se misturavam. Num caminho, perdido, algo muito errado havia acontecido e eles estavam furiosos, isso ela tinha certeza.
Próximo ao local, Tereza sentia um desespero tremendo, uma falta de paz e um descontrole sobre seus poderes. Ela ouviu vozes um tanto alteradas e chorosas, Kaio entrou primeiro, e logo após ela.
July a olhou com uma centelha de esperança.
- Tia Tereza. - e como uma criança desesperada correu aos braços dela. July chorou, chorou com todo desespero, Tereza acatou o silêncio e a envolveu.
- Minha menina, o que te aconteceste? - preocupada a mulher a observava e procurava respostas nas outras pessoas presentes. Nada.
- Me tire daqui, me tire. - A voz de Isabella foi clara. Tereza no mesmo momento a levou até outro lugar. Sua casa pra ser mais exata. Ninguém interferiu.
E no silêncio, Tereza colocou isabella sentada em um canto, enquanto preparava um chá de camomila. Serviria.
Isabella se encontrava perdida em pensamentos, olhar vago e pensando no que Anne iria fazer, quando notasse sua falta. E Matheus? O que faria? Não. Não tem porquê ela pensar nele, não é? Ele nem deveria se importar, com o que acontece ou não na vida dela. Ela balançou a cabeça, afastando os pensamentos.
Tereza já vinha com a xícara e com uma erva a mais no chá.
- Tome, vai ajudar a colocar seus pensamentos em ordem. - ela ofereceu o recipiente pra Isabella pegar. Isabella não exitou, confiava na mesma.
A mulher esbelta, se sentou ao lado da mesma. E deu um tempo pra isabella apreciar o chá. E quando chegou a metade, sem que nem tivesse que perguntar, isabella começou.
Do começo ao fim. Sem poupar nada.
- Eu estava descontrolada, pensei não haver mais jeito, mas... então vi ele, Kaio ou Victor, naquele momento era Victor, meu melhor amigo, se aproximando e a escuridão me tomou, eu me sinto impotente... essa não é a minha casa, não sou july... Tereza? - Isabella parou a sua fala, quando percebeu, que ela a encarava em choque.
A xícara caiu das mãos de Tereza, seu corpo se tremeu com o estrondo e o choque que fez a mesma quebrar em pedaços, que bagunça aquilo fez.
- Não!!! Impossível... ele não... ?! - A voz falhou. - Me Desculpe July.... Isabella, eu...
Ela se levantou, e pegou a xícara de isabella.
- Por favor, não saia daqui! Por favor! - ela pediu, entrando desesperada em outro cômodo daquela casa.
Isabella ficou confusa, mas acatou o pedido. Ok! O que estava acontecendo com aquelas pessoas? Ninguém a compreendia?
O silêncio a envolveu como um velho amigo, até que Tereza não volta-se, seus pensamentos a atormetaria. Bom... era o que ela achava.
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Não deu tempo de revisar. Espero que tenham gostado. Passei um tempo distante, mas espero poder voltar com tudo.
" Então me ocorreu outra ideia.
Não estará você se tornando o que sempre odiou?"Charles Bukowski.
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Sem falhar. O Jogo Começou.
DiversosPrimeiro livro da trilogia sem falhar o jogo começou. Isabella e os seus problemas... Quando Ela achar que tudo está bem, o destino vai mostrar que não é bem assim. Ela vai mergulhar em mundo desconhecido, mendonho e que à levará a conhecer um a...