A criação

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Para parir um poema
É preciso antes, fecundá-lo na mente fértil.
É preciso definir um tema para não torná-lo estéril.

A primeira letra chega e penetra na mente, fecunda então, o caderno vazio.

E assim, elas se multiplicam como células, crescendo e desenvolvendo à cada semana!
No ultra-som identificamos as rimas e ao ouvi-las sentimos amor por elas.

E um dia quando está pronto, do mais íntimo das entranhas ele se faz ouvir com um som quase inexprimível.

Depois é preciso registrá-lo em um livro para que todos o reconheçam.

Darei à ele um título e um nome
E mesmo se ele não for famoso

Eu o amarei eternamente
Como quem, assim ama a sua própria criação!

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