Ciclos

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Eu recrio um poema qualquer

Desses que (re)nascem de

sentimentos antigos e perversos 

E os reapresento como novo!

Ah! Antiga agonia

Frígida entrega de minha alma

À relutar em si mesmo!

Nesse sábado de janeiro

Eu (re)crio uma sinuosa estrada

Em íngreme queda

Nem reta, nem torta

Pavimentada de insignificâncias na qual venho

Dirigindo solitário

E como quem fica à espreita na

Porta  serrada para a vida

Permaneço à espera de que seja lido...

E nada!

Me é incompreensível

Que, afinal, é sábado!

saiamos todos, infelizes viventes, para beber!

Outros jogam conversa fora ou

Apenas divertem seu ego em flertes.

E eu na passividade existencial

De minha vida condenada a solidão

Apenas escrevo estes

Poemas absurdamente ridículos

Em sua inexpressividade de sentidos!

à procura das palavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora