Ponto obscuro

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Olho no espelho
Meu sorriso amarelo
E as suas cáries

A cárie que corrói
Meus ossos
Meus olhos
Minha alma

Essa cárie
Que surgiu
do anulamento
Do meu eu

E tudo foi apodrecendo
Por dentro
Por fora
De mim

Deixa- me em paz
Remorso doentio!
Por que tenho que sacrificar
Minha felicidade?

A cárie esta cada vez
Mais profunda
Já chegou ao nervo

E quando a cólera chega
Com a dor insuportável
E a fétida e corroída
Vida

Que escolhi eu mesmo
Possuído pela euforia de quem ama ou pensa que ama

Assim são alguns relacionamentos
Como cáries!

Encontram terreno fértil
No perfeito branco/amarelado/ verniz
Vem a falta de cuidado
O ponto mínimo
Mas, escuro
Cresce, corrói...

Se não agir, acaba-se todo
Corroído, nada resta!

E mesmo ainda, mesmo que se faça o melhor tratamento
As marcas serão permanentes
Com o intuito de nos relembrar da dor vivida!

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