CAPÍTULO XIV

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Cinco meses se passaram e eu e o Gustavo nos damos super bem, mas não passamos mais o tempo juntos como antes, só nos vemos de noite e namoramos nesse horário também, porque eu e ele nunca mais paramos em casa.

Hoje acordei um pouco preocupada com tudo, não o vi na cama e meu coração quase parou.

_Amor? - grito e não o vejo em canto nenhum.

_Onde ele foi? - penso alto e me lembro que ele gosta de caminhar toda manhã.

Volto para o quarto e começo a me arrumar, termino e vou para a cozinha preparar o café da manhã, preparo também a mesa e espero Gustavo para tomarmos café juntos, mas dá 8 horas, 9 horas e nada dele chegar, e meu coração não para de palpitar nenhum momento.

_Acho melhor ir atrás dele... - fico preocupada.

Me arrumo e saio de casa atrás dele, procuro pela Praça e até mesmo pelos restaurantes (vai que ele resolveu tomar café em um lugar diferente) e eu não o acho, volto pra casa e continuo esperando ele lá.

_Ágatha? Você em casa hoje? - ele diz surpreso ao me ver no sofá assistindo filme.

_Onde você estava Gustavo? Te procurei por todo canto... - digo abaixando a cabeça querendo chorar.

Ele corre pra sentar do meu lado, levanta meu rosto e enxuga as lágrimas caindo.

_Não chore.... - ele diz olhando com um olhar de choro também.

_Precisamos conversar sobre nós... Não está dando certo, não somos mais um casal, parecemos mais dois ficantes que se pegam de vez enquando... - ele se levanta e anda de um lado para o outro.

_Você acha melhor nos separarmos? - pergunto o olhando andando de um lado para o outro.

_Eu acho... Andei pensando e nosso amor não está mais o mesmo Ágatha... Eu até acho que estou me apaixonando por uma colega minha de trabalho... Não fique brava porque nunca rolou nada, estou sendo sincero com você e quero que isso acabe logo... - ele para e me olha.

_Eu concordo com você... Não somos casados, não temos filhos e se está indo mal a situação, o melhor é acabar enquanto não deu nenhum fruto.. - digo e o olho também.

_Fica bem baixinha... - ele me abraça bem forte.

_Você também... - digo o apertando também.

Eu não esperava isso tudo, mas eu nunca fui de prender ninguém, ele quer ser feliz assim como eu e não está tendo esse gostinho comigo, então é melhor cortar antes que dê merda tudo isso, ele vai embora e eu vou continuar minha vida...

_Eu estou indo... - ele diz e eu paro de abraçá-lo.

_Vai... rs - ele sobe às escadas pra pegar as coisas dele e me deixa lá sozinha.

_Espero que você seja muito feliz Gustavo... - sussurro.

Ele desce as escadas com duas malas (ele sempre gostou de ter poucas coisas) e antes de sair ele só dá um sorriso, vai embora sem ao menos olhar pra trás, dar tchau ou suspirar... Ele só vai...

ÁgathaOnde histórias criam vida. Descubra agora