CAPÍTULO III

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- Às 7h da manhã, o telefone de Victoria tocou, acordando-a. Como iriam ao salão apenas às 10h, era sua intenção ficar na cama um pouco mais.

- Alô! – Disse ela, após ver um número desconhecido.

- Victoria, bom dia é Ruth. Houve um imprevisto e não poderei acompanhar você agora pela manhã ao salão, então irá sozinha.  Procure por Greg que ele saberá o que fazer. – Disse ela rapidamente. – Te encontro lá à tarde, para fazermos algumas compras.

- Tudo bem, Ruth, farei como disse. – Sem ter mais vontade de permanecer na cama, ela se levantou e foi tomar banho.

Quando chegou à bela clínica e se anunciou, logo veio um elegante rapaz recebê-la.

- Olá querida, sou Greg. – Falou ele com voz afeminada.

- Muito prazer, sou Victoria. – Respondeu ao cumprimento.

- Está pronta para mim? – Perguntou ele com simpatia.

- Acredito que sim. – Respondeu indecisa.

- Ótimo então, vamos mulher, porque hoje você sairá daqui ainda mais linda. – Victoria o seguiu a uma sala ampla com poucas decorações, porém, sofisticada.

- Vamos começar com a limpeza de pele, manicure e pedicure. – Disse ele, indicando uma cadeira para ela sentar-se. - O rapaz era ágil, sendo difícil para ela acompanhar seus movimentos. – Me diga uma coisa, Vic, como é trabalhar com aquele belo espécime? – Victoria fingiu não entender o comentário. – Não me diga que ainda não conheceu Ricardo! – Falou ele.

- Sim. Eu o conheci. – Ela achou graça da surpresa dele. – É um homem tranquilo. Não tenho muita coisa a dizer sobre ele, pois só o vi duas vezes, e quase não nos falamos.

- Ele é de fato meio fechado, mas minha amiga Márcia me garantiu que por baixo daquela casca dura, há um belo tesouro, não digo no sentido financeiro, isso nós duas já sabemos. – O rapaz era realmente simpático e divertido. Márcia tinha razão em sentir saudades daquela criatura tagarela. Pensou ela, lembrando do comentário da secretária.

- Márcia vem sempre aqui? – Perguntou, tentar fugir do assunto.

- Sim, ela vem sempre que pode. Um dia desses, me disse que fariam uma campanha, mas o homem só aceitaria se contratassem uma pessoa sem experiência, me parece que ele não queria excesso de estrelismo em sua campanha. Pelo visto, fizeram isso. – Ele não pareceu a criticá-la, fora apenas um comentário.

- É verdade, não tenho qualquer experiência na frente dos holofotes, prefiro atuar atrás deles, mas como a função principal não é desfilar, acredito que não perderão em escolher uma cara nova. – Ele concordou com o comentário dela.

- Não perderão mesmo. Você é muito bela e simpática. – Finalizou ele.

- Obrigada, saiba que faço minhas, suas palavras com relação a você. – brincou ela.

- No quesito simpático, agradeço, agora bela, estou tentando ser. – Victoria sairia dali bem melhor do que entrara, constatou. Aquela experiência estava colocando ótimas pessoas em sua vida.

- Agora amor, contrariando minha vontade, você terá de ficar caladinha para fazermos o tratamento em sua pele. – Aconselhou ele, chamando uma ajudante.

Victoria não pôde ir almoçar em casa. Teria frutas e alguns petiscos à sua disposição. Aquele era o lugar ideal para qualquer mulher. Pensou ela.

Após alguns tratamentos e seu almoço improvisado, Greg a levou para o corte de cabelos.

- Querida, este corte esta lhe dando um ar de menina, que não faz bem ao seu belo rosto. Vou dar umas tesouradas nas pontas para dar mais movimento e vida a eles, e tentarei não mexer muito no tamanho que está lindo, tudo bem? – Perguntou ele mexendo nos cabelos dela.

AMOR, INDECISO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora