Capítulo VI

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Era final de tarde quando chegaram. Victoria foi para o quarto preparar o banho, quando seu telefone tocou.

- Alô! – Disse ela, não reconhecendo o número do telefone.

- Victoria, querida, onde está você? – Perguntou Márcia.

- Estou em Caiapônia, na casa dos meus pais.  Aproveitei os dias que teria, e resolvi viajar um pouco.

- Fez bem.! Quando volta? – Quis saber a secretária.

- Depois de amanhã. – Informou Victoria. – Por quê? Aconteceu alguma coisa e precisam de minha presença antes? – Perguntou ela.

- Na verdade, eu queria apenas lembrar você sobre o evento que acontecerá nos próximos dias em uma das unidades do grupo que estará fazendo aniversário e sua presença será necessária, e não deve fazer programações pelos próximos dias.

- Tudo bem, estarei por aí até horário do almoço depois de amanhã.

- Seu tempo será curto, Ricardo deve pegar você após o almoço. Esteja pronta.

- Estarei Márcia. - Victoria acreditava que não fosse necessária sua presença no evento, mas como fora positiva sua participação na premiação era de se esperar que mudassem de idéia. Após o jantar, conversaram até tarde. Victoria soube mais noticias de toda a cidade antes de encerrarem a conversa para dormirem. Quando ela estava em seu quarto, sua mãe entrou, após bater na porta.

- Está tudo bem com você filha? – perguntou a senhora.

 - Sim mãe, eu estou bem. – Agradeceu, ela.

- No trabalho, vai tudo bem? – Sua mãe não queria afirmar nada. Apenas perguntava para que ela se decidisse, em dizer ou não.

- É um trabalho agradável. Fiz amizades e me sinto bem entre eles. Não se preocupe. – Disse para acalmar sua mãe.

- Não estou preocupada. Você sabe o que é melhor para você, mas te ver com esse sorriso triste, está me incomodando, tente não criar muitas expectativas, isso pode te endurecer um pouco. – Como discutir com alguém que a conhecia tanto. Victoria agradeceu ao apoio da mãe, dando-lhe um leve beijo, se despediram.

Como os dias anteriores que estava na casa dos pais, Victoria foi acordada por dois cachorros barulhentos, incomodando-a em sua cama.

- Não se pode dormir até mais tarde nessa casa. Vocês dois não sabem ficar quietos enquanto as pessoas descansam. – Disse ela para seus cães. Os dois pareceram perceber o tom de voz bravo dela e ergueram suas orelhas, mas bastou alguns segundos para voltarem à bagunça que faziam.

- Vou levantar. Pelo jeito não se importaram com a bronca mesmo. – Victoria foi para o banheiro após fazer carinho nos seus pequenos arteiros.

- Foram te incomodar, filha – Falou sua mãe sorrindo, quando ela entrou na cozinha.

- Eles ficam à vontade aqui, e isso ajuda a fazerem o que querem. Pestinhas! – Disse olhando para eles.

- Eles adoram você, por isso os deixei ir morar na sua casa. Caso contrário, eles não iriam. – Afirmou sua mãe.

- Eu seu mãe. Eu também os adoro. São meus companheiros. – Victoria sabia que se não os tivesse contigo, seus dias seriam mais solitários.

-Seu pai foi à casa de um amigo ajudar em uma festinha que farão hoje à noite, e saiba que teremos de ir. – Victoria olhou para a mãe com semblante descontente. – Não poderemos fazer essa desfeita, filha, você sabe como são as pessoas aqui, gostam de agradar os amigos e quando são contrariados, a amizade está arriscada. – Ela sabia disso. Fora criada ali.

AMOR, INDECISO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora