O telefone tocou.
Ele ignorou.
O telefone parou.
O telefone tocou.
Ele resmungou, abriu os olhos, e atendeu o aparelho a contra gosto.
- Alô... - Falou, a garganta ainda adormecida.
- Samuel, que merda é aquela? É algum tipo de piada?
Era Rita e ela estava furiosa. O tom de falsa-fofa havia sumido de sua voz. Ele se sentou na cama, esfregando os olhos com o dorso da mão.
-Bom dia pra você também...
- BOM DIA O CACETE! - A mulher gritava - Eu estou saindo da editora agora e eles riram na minha cara! Os capítulos são horríveis! Eu não leio algo tão horrível desde o último livro de Dan Brown!
Sam sentiu a alfinetada. A mulher sabia que Dan Brown era seu autor favorito.
- Rita, é só um rascunho... A versão final vai ficar melhor.
- Sam, querido. Eu não estou falando de melhorar... Eu estou falando de atear fogo e fingir que isso nunca existiu! Você tem um mês, Samuel! Um mês para me entregar um novo best-seller ou eu te arranco até as cuecas dessa bunda malhada! Entendeu?
A linha ficou muda antes que Sam pudesse protestar. Ele jogou o telefone de lado e esfregou os olhos, se preparando psicologicamente para abrir as cortinas e enfrentar a luz do sol.
Ele estava ferrado.
Não iria conseguir escrever nem uma cartilha infantil de boa qualidade em um mês. A editora lhe tomaria o apartamento, o contrato e a fama.
A menos que ele pagasse a multa de recisão.
Diana Siqueira.
A garota havia lhe caido como uma luva. Salvaria sua vida e seus luxos! E tudo por um texto de quatro ou cinco linhas.
Sam consultou o relógio (11:45) e saltou dacama. Ele tinha que salvar sua boa fama.ܟ?�|r
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Do jeito que eu sou
Romance"Não é somente uma questão de aparência. Eu quero descobrir o que tem de errado comigo. O que me faz uma pessoa não-namorável. Pense assim: A minha vida toda eu procurei amar alguém e ser amada. E eu nunca consegui. Vejo todas as pessoas em minha vo...