O resto da semana passou rápido entre as paredes vazias da manção dos Siqueiras. Diana parecia isolada do mundo. Passou grande parte do tempo trancada em seu quarto e jogada em sua cama. Ela leu o livro de Sam e ele era relativamente bom.
Sam não havia chamado-a para sair nos ultimos três dias, mas tinha ligado várias vezes. Sua voz parecia diferente no telefone. Mais preoucupada talvez. Diana estava com saudade.
A tia também não dera as caras na vida de Diana novamente, exceto por uma curta ligação onde ela teve o prazer de contar para a sobrinha que todos os seus movimentos nos últimos dias haviam sido seguidos de perto por um detetive. Ela não temia. Ela não precisava, pois achava que tinha o jogo ganho. Diana estava convencida que perderia tudo para as mãos da megera, mas na sexta feira, a garota visitou novamente seu advogado e botou-lhe a par da situação. Contou tudo aquilo que ainda não tinha contado para ninguém. O advogado tranquilizou-a.
- Betânia não poderá usar nenhuma prova relevante no julgamento - Disse o homem, por trás de sua mesa - Não se essas provas foram obtidas por um detetive particular e de maneira particular. Escutas, fotografias não autorizadas... Sabe, invasão de privacidade.
Diana assentiu, aliviada.
- E minha tia sabe disso? - Perguntou.
O advogado deu uma risadinha.
- Com certeza. Qualquer adivogadinho que ela tenha contratado lhe falará a mesma coisa. Com essas provas, sua tia estará engessada. E um testemunho da boca dela relatando esses fatos não tera grande impacto na decisão judicial.
Naquele momento, Diana tranquilizou-se, convencendo a si mesma de que tinha uma boa chance. Porém, agora, no sábado a tarde, Diana estava preocupada.
Obviamente a tia sabia que suas provas não surtiriam tanto efeito no tribunal a ponto de lhe garantir vitória certa. Porque então ela estaria tão segura?
Diana conhecia a parente bem o suficiente para saber que ela tinha uma carta na manga. Algo ainda não revelado, mas que lhe daria aquele ar triunfante que ela exibia. Exatamente o ar de quem conhece um segredo muito grande e não quer conta-lo para ninguem.
O telefone tocou. Samuel. Diana atendeu-o de prontidão.
- Cinema hoje a noite e depois jantar, o que acha? - Perguntou ele, assim que a linha foi estabelecida.
- Não sei não... Abel ainda não tem idade para ficar sozinho em casa. - Ela disse, rindo.
Ele contra argumentou.
- Tenho certeza que ele vai ficar bem.
Diana estava feliz que veria Samuel a noite. Estar com Samuel era como esquecer de todos os problemas durante um período. Como uma outra vida, onde ele fosse completamente alheio para com a realidade que se desenrolava em sua casa.
Banhou-se, escolheu sua melhor roupa e - pela primeira vez em muito, muito tempo - passou um pouco de maquiagem. Pelo programa proposto, Diana imaginava (sem querer ser positivista demais ou criar grandes expectativas) que talvez tivesse chegado o dia em que Sam a pediria oficialmente em namoro.
Sim, Diana arrumou-se e se sentoupara esperar seu cavalheiro, certa de que aquela seria uma noite de grandessurpresas.
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Do jeito que eu sou
Romance"Não é somente uma questão de aparência. Eu quero descobrir o que tem de errado comigo. O que me faz uma pessoa não-namorável. Pense assim: A minha vida toda eu procurei amar alguém e ser amada. E eu nunca consegui. Vejo todas as pessoas em minha vo...