Seu Coração Ainda é Meu

Capítulo 17 - Aquela conversar que todos precisavam.

   Arthur viu quando Oliver ficou ao lado de Julia e segurou sua mão, não parecia assustado, apenas mantinha uma expressão curiosa em seu olhar, Julia, por sua vez, o observava surpresa por ver Arthur com Oliver, podia se notar a semelhança entre os dois, seus cabelos eram ruivos como a mãe, mas seus olhos continham o mesmo castanho claro dos de Arthur, o mesmo olhar penetrante, como se o acusasse de alguma coisa.
- Oi, Julia – Arthur a cumprimentou.
- O que faz aqui? – Perguntou mantendo o tom de voz calmo.
- Estava dando uma volta e vi o garoto, pensei que estava perdido – Ela o observou por alguns segundos e depois se abaixou para ficar na mesma altura do garoto.
- Trouxe a água para você, está doendo?
- Não – Oliver estendendo as mãos e Julia começou a lava-las – Quem é ele?
- Um amigo – Ela enxugou as mãos do garoto e depois voltou a ficar de pé.
   Arthur se aproximou de Oliver, o menino por sua vez, ainda segurava a mão de Julia, Arthur se abaixou perto do menino, Julia não tentou impedi, apenas continuava apreensiva.
- Uma vez há muito tempo, também cai de bicicleta, e foi bem pior, passei alguns dias dolorido, mas acredite, aquele foi meu dia de sorte.
- Imagino que você queira conversar – Arthur ainda abaixado, levantou a cabeça e olhou para Julia.
- Sim, eu gostaria – Disse ficando de pé, seu olhar transparecia calma.
As nuvens começaram a se mover e os raios solares começaram a iluminar os cabelos de Julia que pareciam brilhar.
- Oliver, hoje a vovó ia fazer brigadeiros, que tal você ir ajuda-la? – O rosto do garoto se iluminou com um sorriso, feliz com a ideia de fazer brigadeiro.
- Sim – Ele respondeu empolgado.
- Ótimo – Ela disse e voltou a encarar Arthur – Poderia me encontrar na minha casa em 20 minutos?
- Claro, estarei lá – Ele baixou seu olhar para Oliver e sorriu – Foi bom te conhecer, espero que nós tornemos amigos. 

  Quase 20 minutos depois, Arthur estava preste a apertar a campainha quando ela abriu a porta e o convidou para entrar, ele a acompanhou até a sala, ambos se sentaram, foi Julia que quebrou o silencio que se seguiu durante alguns segundos.
- Eu li sua carta – Ela olhou para Arthur esperando que ele falasse alguma coisa, mas ele continuou em silencio – Fiquei surpresa ao encontra-la, eu nunca imaginei que encontraria uma resposta sua um dia.
- Quando ia me contar? – Julia já esperava essa pergunta, mas se viu surpresa por ele ir direto ao ponto.
  Ela esperou alguns segundos para digerir a pergunta.
- Eu tentei – Sua voz saiu quase como um sussurro.
- Você teve a oportunidade.
- Que oportunidade? – Ela perguntou com a voz elevada – Droga! Arthur, eu tentei te ligar várias vezes, te mandei cartas, você nunca retornou minhas ligações ou respondeu minhas cartas, o que você queria que eu fizesse? Eu cansei.
- Poderia te pedido para minha mãe, eu teria voltado.
  Ela ficou de pé e foi até a cozinha e pegou um copo de agua, respirou fundo para se acalmar.
- está se sentindo bem? – Arthur perguntou preocupado ao lembrar do problema dela de asma.
- Sim, estou – respirou mais uma vez e continuou - Para você pode parecer simples, mas uma notícia desses não se pode chegar e apenas dizer "Oi, sra. Kenedy, poderia avisar ao Arthur que eu estou gravida e ele vai ser pai" Não é assim que as coisas são.
- Ok, eu sei que eu errei em partes, mas eu não sou o único.
- Você é um idiota orgulhoso.
   Ele se aproximou dela e com um movimento rápido a pressionou contra a parede, suas bocas estavam tão próximas que se podia perceber a respiração ofegante de cada um, ele encarou o olhar dela, seus olhos verdes o olhavam fixamente.
- Um idiota orgulhoso que ainda te ama – Ele sentiu as mãos dela em seu peito o empurrando para longe dela.
- Muita coisa mudou.
- Não me ama mais? - Ela pegou novamente o copo com água e bebeu mais um pouco.
- Essa não é a questão.
- Essa é exatamente a questão – Disse se aproximando dela.
- Por favor, não quero falar disso agora – Julia percebeu que a cozinha estava ficando pequena para os dois e voltou para a sala.
- Tudo bem, não vou te pressionar, apenas me diga o que mudou – Arthur disse indo atrás dela.
- Tudo – Ela o encarava e o silencio se seguiu, Arthur procurou algum traço em seu rosto que mostrasse que estava mentindo, mas não viu nada.
- Tudo bem, entendo – Arthur concordou – Mas, antes quero deixar uma coisa clara. Eu quero fazer parte da vida do meu filho, quero poder acompanhar cada etapa da vida dele, afinal, por sua causa não pude segura-lo em meus braços.
- A culpa também foi sua, idiota.
- Ok, como queira – Ele sentou no sofá mais uma vez – Alguma vez já contou sobre mim a ele?
- Disse a ele que você foi para a guerra e ainda não voltou – Ela se aproximou dele e segurou suas mãos – Você tem que ir com calma com ele, tem que ganhar a confiança dele, não vou impedir que você o visite, só quero que vá devagar com as coisas, ele ainda não sabe de nada.
- Você acha que ele acreditou no que você inventou?
- Acredito que sim, Oliver sempre fala de você, mesmo sem nunca ter te conhecido, você é como se fosse o herói dele.
- Isso é tudo muito novo para mim, não sei como reagir – Julia sorriu para ele, o que o fez se acalmar um pouco.
- Tenho certeza que será um bom pai para o Oliver.

   No momento que Arthur ouviu Julia dizer aquilo, ele sentiu que era verdade, ele faria de tudo para ser um bom pai para Oliver, queria recuperar todo o tempo perdido, não tinha a mínima ideia de como faria isso, mas tinha certeza que conseguiria, mas antes precisava saber tudo sobre ele, seus gostos, o que não gostava, esporte preferido e até um dia talvez pudesse ajuda-lo na lição de casa.
- Quero que me conte tudo sobre ele – Ela sorriu e sentou de frente para ele, animada para contar tudo sobre o filho, aquela tensão que pairava sobre os dois havia passado completamente até pareciam velhos amigos.
A campainha tocou, atrapalhando a conversa que começaria em seguida.
- Está esperando alguém?
- Não, mas deve ser o Oliver – Ela caminhou até a porta e abriu.
Um homem de cabelos negros que aparentava ter pouco mais de 30 anos, sorriu ao ver Julia e beijou sou boca e Julia, por sua vez retribuiu o beijo, com uma expressão um pouco surpresa pela chegada dele. Ele trazia uma mala de viagem, entrou e a deixou na porta, na outra mão segurava um pequeno buquê de rosas vermelhas.
- Desculpe aparecer assim de surpresa, amor – Disse para Julia, ainda sem perceber que Arthur estava ali – Acontece que meu chefe me liberou mais cedo, então, pude voltar da Grécia mais cedo, quis te fazer uma surpresa.
  Ele entregou as flores a ela, Julia olhou para trás e viu Arthur a observar aquela cena com um olhar um pouco magoado, o homem segui o olhar dela e viu Arthur, o homem foi até ele a    Arthur manteve uma expressão séria diante dele.
- Acho que não nos conhecemos – O homem disse se aproximando de Arthur e estendendo a mão para cumprimentá-lo – Sou Carter Foster e você?
  O homem era da mesma altura que Arthur, tinha ombros largos e a barba por fazer, seus cabelos eram pretos e um pouco longo, seu rosto parecia familiar.
- Carter, esse e Arthur Kennedy, o pai do Oliver – Julia respondeu antes que Arthur fizesse, o sorriso do homem se desfez n mesma hora – Arthur, esse é Carter, meu noivo. 

Espero que tenha gostado do capitulo, ajudem sua amiguinha escritora deixando seu voto e comentario, no link externo deixei minha página no face para quem quiser curtir. 
E tem novidade por ai, em breve, ainda esse mês vou postar o prólogo do meu novo livro, que se chama Aquele Beijo, aqui está a sinopse: 

Elisa sempre soube que Miguel não a amava, porém, aceitou ser sua amante, era a única forma de poder tê-lo, mas as vezes o destino guarda pequenas surpresas, que podem mudar completamente o rumo da história, o que Elisa menos esperava era que um estranho que a beijou de surpresa apenas para salva-la de uma confusão, mexesse com sua cabeça e principalmente com seu coração.

Entrem no meu perfil, o livro ja está disponivel para deixar em sua biblioteca, em breve sai o prólogo. 

O que acham da capa?