III

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      Saiu para um almoço rápido, a briga com Vanessa tinha feito com que perdesse a fome, mas precisava comer, ainda tinha metade do dia para trabalhar antes de poder ir para casa. Por sorte a sua próxima sessão de fotos era de um gatinho de estimação de uma madame, animais davam bem menos trabalhos que humanos, adorava fotos assim.

      As fotos seriam na casa da dona, tinha o endereço, mas precisou usar o GPS do celular para se localizar, era um bairro novo, onde ela nunca tinha estado.

     Enquanto dirigia sua moto pelas ruas agitadas de Saint Pauli, pensou em como havia sido uma ideia idiota se envolver com Vanessa, ela era linda, ex modelo, alta, loira, com aquele corpo magnifico e era uma pessoa legal, sim, apesar dela ter tentando quebrar uma xícara na sua cabeça, Vivian, ainda achava ela legal, pensou que fosse só um passatempo para as duas,mas Vanessa tinha levado tudo muito a sério.

      Agora não adiantava chorar pelo leite derramado, o jeito era esperar que Vanessa se acalmasse um pouco e pedir desculpas, não queria mesmo ter a outra como inimiga, até por que eram sócias do estúdio.

     Acabou encontrando a casa bem antes do que imaginava, era enorme, com três andares e toda pintada de branco, portas, janelas tudo branco a única cor diferente era o gramado verde que dava a todo local uma espécie de sensação surreal. como aqueles filmes em que aparece o paraíso no céu com anjinhos e tudo mais.

      Tocou a campainha, um mordomo todo engravatado veio abrir, achou aquilo tão britânico e ultrapassado, nem a avó que era super conservadora usava mordomo.

      Foi conduzida até uma sala onde uma senhora de uns setenta anos cabelos grisalhos arrumados em coque, e com muita maquiagem a esperava tomando chá ( mais da boa e velha tradição britânica).

___Ola querida, aceita uma xícara de chá. Meu nome é Justina.

___Estou tendo um dia terrível, aceitaria um café se fosse possível.

___Claro meu bem. Albert, traga um café para a mocinha, sim?!

       Albert ( que provavelmente devia chamar Alberto) foi buscar o café. A senhora era bem gentil e antes de dizer como queria as fotos conversou sobre varias coisas com Vivian, isso fez seu dia melhorar e o café também estava ótimo, tinha que lembrar de pedir a marca para a senhora Justina.

       A casa era linda, pensou que Ruth ia adorar ver aqueles quadros perfeitos nas paredes, então se assustou com esse pensamento. Por que havia pensando em Ruth naquela hora? A verdade era que queria muito poder conversar com ela outra vez, por alguma motivo havia gostado de ter ela por perto.

      Tirou esses pensamentos da cabeça e se concentrou em fotografar o gato, que era mesmo uma graça e super dócil, pelo menos isso havia corrido bem.

      Também tirou algumas fotos dos quadros de forma bem discreta para que a dona Justina não percebesse, ela poderia pensar que Vivian fazia isso para depois assaltar. Queria muito mostrar as fotos para Ruth.

      Voltou para o estúdio, pegou o material que ia trabalhar em casa e finalmente pode ir embora, agora tudo que precisava era de um bom banho quente e relaxante na sua banheira e um filme antes de dormir para relaxar.

A Mulher do PastorOnde histórias criam vida. Descubra agora