Bolo de laranja VS. Pão de queijo

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Doce ou Salgado? / Capítulo 13 – Bolo de laranja VS. Pão de queijo

- Homens são difíceis, mas podem se tornar muito fáceis com o tipo certo de convencimento – Giselle, esposa de Marco comentou enquanto bordava uma toalha.

Ana, mulher de Bruno concordou em um aceno.

- Depende de cada um – Se sentou no sofá de forma preguiçosa – Bruno não é uma pessoa fácil de lidar, em qualquer tipo de situação. Não é mesmo Sthella?

Sthella estava sentada no chão da sala, de frente a lareira, entretida demais nas próprias unhas do que na conversa entre as mulheres. Estavam na noite de sábado pra domingo e tudo o que conseguia pensar era que provavelmente Sebastian teria de ir embora no dia seguinte pra voltar pro trabalho na segunda feira.

O tornozelo ainda estava dolorido, mas Sebastian tinha o enfaixado bem, permitindo que esquecesse um pouco.

- É sim – respondeu ainda alheia ao que se passava.

- Você está mais com a cabeça nas nuvens do que em qualquer outra dia – Giselle comentou enquanto revirava os olhos e depois abria um sorriso largo – Os meninos estão de olho em você.

Ana abriu o mesmo tipo de sorriso.

- Fui vê-la em seu quarto e a cama estava arrumada do mesmo jeito de quando chegamos aqui antes de você e seus pretendentes.

Sthella ergueu a cabeça pela primeira vez, ainda que a cor tomasse conta de suas bochechas.

- Pretendentes?

- Ah sim – Giselle concordou – Ficamos em duvida se era o Sr. Misterioso ou o moço sorriso.

Era fato que o mistério vinha de Sebastian e os sorrisos de Guilherme.

- Descartamos o mais novo porque ele adora passar o dia na rede lá na frente. – Ana concluiu.

- Ah bom – Sthella voltou a encarar as unhas mal feitas – Bastian é meio calado mesmo, e Guilherme só gosta de jogar charme.

Ana e Giselle riram cúmplices, felizes como se tivessem acertado na loteria.

- Carlos não desconfia de nada não é? – Seu olhar caiu sobre Giselle e depois do barrigão onde ela carregava gêmeos.

- Claro que não – Gesticulou como se fosse óbvio – Amo meu marido, mas ele demora pra sacar as coisas.

Carlos era seu irmão protetor, tudo bem, Bruno podia ser também, mas de uma maneira mais controlada, mais racional. Com Carlos não tinha papo caso ficasse estressado, por mais que parecesse uma pessoa pacifica ele sabia descer os braços nas pessoas.

- Mas está certa de que o conhece bem? – Ana jogou seu olhar de aviso – Porque depois da ultima-

- Eu o conheço – Sthella impediu que terminasse de falar, massageando a cicatriz escondida entre as coxas – Sebastian jamais tocaria em mim se eu não quisesse.

- Sthella já é mulher Ana – Giselle a repreendeu – Ela sabe se cuidar.

Houve um consenso mutuo de que o assunto não deveria mais ser tocado e Sthella estava pronta pra iniciar sua própria conversa com as cunhadas quando um barulho estranho do lado de fora a interrompeu.

- Acho que alguém caiu. – Ana franziu o cenho em direção a porta da varanda ainda que onde estivesse não conseguisse ver nada.

Outro som e vozes abafadas obrigaram Sthella a se colocar de pé.

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