Capítulo 4

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Pressão hidrostática

Para a maioria dos organismos terrestres, a pressão atmosférica não se constitui em um fator limitante. No ambiente aquático, no entanto, a pressão hidrostática revela-se um fator crucial, determinante na distribuição e adaptação morfológica das espécies, principalmente no fundo oceânico.

A pressão hidrostática aumenta de 1 ATM a cada 10 metros de profundidade. Assim, um organismo que vive a 4.0 metros de profundidade, como muitos peixes abissais, está submetido a uma pressão de 400 ATM; isto é, uma pressão 400 vezes maior do que a pressão atmosférica ao nível do mar. Isso exige, sem dúvida, especiais adaptações.

Os animais que vivem permanentemente submetidos a grandes pressões tem proteínas e enzimas adaptadas a isso, como os que vivem em locais mais quentes têm enzimas com uma estrutura alterada de modo que desnaturam com maior dificuldade. A pressão afeta a morfologia de muitas células. As amebas, por exemplo, deixam de emitir pseudópodes e os protozoários ciliados perdem a capacidade de usar os cílios. Outras adaptações são a falta de cavidades ocas no corpo, que seriam esmagadas pela grande pressão externa, bem como uma maior porcentagem de água no corpo.

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