Capítulo 03

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Logo cedo, de novo, a minha campainha toca, dormir só de cueca.

Acordei tão assustado que abri a porta e pra minha surpresa era o Guilherme.

Eu - Entra Guilherme, bom dia !

Notei ele me olhando, depois de um tempinho ele respondeu:

Guilherme - Bom dia, ainda assim, anda, esqueceu que vamos pra praia?

Eu - Ah, não! vamos sim.

Guilherme - Lucas, só vou te dar 10 minutos.

Fui tomar banho, sai do banheiro coloquei uma sunga, um short e me joguei no sofá, eu ainda estava com sono, ele quando me viu assim, todo jogado no sofá.

Guilherme - Eu não acredito Lucas, que você está deitado, vamos cara, o pessoal já está esperando.

Fingir que estava dormindo, até que ele veio e começou a puxar no meu braço, eu acabei caindo no chão.

Nem eu esperava, quando cai, só lembrei de dizer:

Eu - CARALHO.

Abri os olhos, noto ele todo preocupado, ajoelhado, perguntando se fiquei machucado, e daí pintou o nosso primeiro clima, naquele momento, percebi que ele tem os olhos mais lindo do mundo, castanhos bem claros, ficamos em silêncio ali com o rosto bem próximos, e ao mesmo tempo ele me olhando com uma cara diferente, até que o celular dele toca, era a Paula, perguntando onde ele estava.

Guilherme - Oi Paula, estou indo já, estou aqui na casa do Lucas. - E desligou.
Guilherme - Vamos Lucas, ou da próxima vez te quebro.
Ele é muito palhaço, e rimos.

No caminho até praia, conversamos muito, tínhamos uma certa ligação um com outro, temos muitas coisas em comum, começando pelo fato de que, fazemos aniversário no mesmo mês, ambos em setembro, mesmos gostos musicais, tudo bem parecido.

Na praia foi normal, não havia aquela turma, só a Paula e dois amigos dela.

Quase morro infartado, quando o Gui (íntimissimos já kkk),  levanta e vai tirando a roupa, quando eu olho, ele de sunga branca, - morri fui enterrado e tive minhas cinzas jogadas aos ventos, pude notar aquele belo volume do pau dele, as tatuagens que ele tem na coxa inteira, vi também, que no braço esquerdo ele tem escrito Jesus Cristo, e duas estrelas representando seus pais (perguntei a ele nesse mesmo dia). E nisso fui tirar o meu short, e quando tirei, fui zoado, a minha sunga também era branca, perguntaram se vamos sair no blocos LOS SUNGA’S. - rimos bastante.

Bebemos, conversamos, nada de inconveniente aconteceu, afinal o Fabiano não estava.

Almoçamos lá mesmo, quando estávamos voltando, ele perguntou se poderia tomar banho lá em casa. Tirar a água do mar e deu a idéia de colocar um filme.

Achei estranho, mas deixei.

Chegamos em casa, ele foi logo para o banheiro e eu fui pegar uma toalha pra ele, chego na porta e digo:

Eu - A toalha está aqui na porta.

Guilherme - Trás aqui, pode entrar, está aberto.

Só em ouvir a água do chuveiro caindo, eu já imaginei eu lá dando banho nele, entro e como meu boxe é transparente, fiquei nervoso, lá estava ele tirando o shampoo do cabelo. Puts!, eu estava em choque, sabe quando o homem fica bronzeado, que fica a marca de sunga, pois bem ele estava assim, aquela bundinha bem branquinha, e quando eu olhei para o pau dele, lindo, grande, bem grosso, eu fiquei desorientado, e ele tinha uma pimentinha tatuada perto da virilha.
Fiquei super excitado e fui logo tomar água.

Ao sair do banheiro, ele pede um short, já que o dele estava todo sujo de areia, fui pegar um pra ele, e fui tomar banho, me deu uma louca vontade de bater uma punheta, mas me contive, tomei o banho rápido e coloquei um short.

Na minha casa só tem um sofá e nem tapete tinha, sabe como é, nem um mês fazia que eu estava no AP novo. Daí quando fui pra sala ele já estava no sofá, e como não tinha lugar.

Guilherme - Senta aqui.

Sentei e começou o filme.

Eu já sabia tudo do filme, nem prestei atenção, só queria sentir o corpo dele perto do meu, e passamos a tarde toda assim, um juntinho do outro.

O tempo só fez intensificar ainda mais nossa amizade, ao passar do tempo eu não poderia pensar em fazer alguma coisa sem ele do meu lado, saímos pra todos os lugares, festas, entre outras coisas, meus pais já haviam conhecido ele aqui pessoalmente, e eu já frequentava a casa dele, os amigos dele, tornaram meus amigos também, comecei a trabalhar num escritório de contabilidade, estudava de manhã, o Gui sempre me dava carona, as vezes ele tomava café da manhã comigo e sempre íamos pra faculdade juntos, com o passar dos tempos tive que mudar meu turno da faculdade, para o noturno, trabalhar um turno não era bom e eu não ganhava tão bem assim, e por isso eu só via o Gui a noite quando eu voltava da faculdade, foi aí que ele me chamou pra malhar com ele, eu falei que chegava cansado, mas como ele sempre conseguia tudo, resolvi ir.
Todas as vezes que eu chegava em casa já ligava pra ele, e pela minha alegria de estar com ele, eu não me cansava nunca. Sempre repetindo a mesma cena, todas as vezes de subir as escadas do prédio, ele ia com a mão no meu ombro até meu andar e seguia pra o dele. Ficavamos horas no celular, e cada dia eu já me via dependente dele, começou a rolar ciúmes dele, quando fomos com a Jessica numa festa, achei tão fofo ele com ciúmes, e quando eu a beijei, ele foi lá me tirar, dizendo que já estávamos na hora de ir pra casa, pois eu tinha ido com ele, e era pra voltar com ele.

A todo momento eu me pegava sonhando com ele, e querendo viver uma coisa que eu sempre sonhei.
UM VERDADEIRO ROMANCE.

O Terceiro AndarOnde histórias criam vida. Descubra agora