Capítulo 10

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À noite fria eu sabia que era a minha única companhia naquela estância, eu olhava para os lados, pedindo socorro.

O dia amanhace tomo um banho, e começo a me arrumar pra trabalhar, tomo um leite (estava sem fome) e pego a chave do carro da Duda, decidi ir pra o trabalho com o carro dela, para depois do trabalho seguir direto pra faculdade, assim que pego minha mochila e minha pasta da faculdade, pego aquele caminho, que parecia que estava marcado com a nossa presença o famoso caminho das escadas, chego na garagem, abro o carro, entro, coloco tudo que é meu no banco do carona, e quando vou ligar o carro.
Ele, subitamente meu coração quase para de tanto acelerar uma típica arritmia cardíaca  e pela minha surpresa ele não esbolsa uma mudança, não fala comigo, olho rapidamente no retrovisor, e noto ele entrando no carro, e começo a manobrar o carro onde estou, e ele atrás de mim, paro para seguir a avenida ele para em frente, começo a esperar o sinal abrir, mais parece que era uma eternidade. Fiquei quase chorando no carro, e saiu disparado queimando pneu. E começo a chorar, meu Deus até quando eu irei viver nisso, eu queria voltar pra mim, eu queria chama-lo pra conversar, mas ao mesmo tempo eu me sentia traído, enganado isso me corroía por dentro, e como ele não fez nenhuma manifestação, conclui que ele estava querendo me esquecer.
Caminho do trabalho, as musicas nas rádios, tudo, absolutamente tudo fazia lembrar dele, chego no trabalho até um misero café com leite lembrei dele, ele adora café com leite.
Termino a minha jornada e quando vou pra o carro, o meu celular toca PRIVADO.

Eu odeio numero privado, e eu fazia questão de dizer a todos que eu não atendia, quem ligar pra mim tem que se identificar, eu nunca atendi, até aquele momento o celular tocando, eu dentro do carro olhando praquela chamada sem identificação resolvo atender.

Alô, alô ? Ótimo estou com todo tempo do mundo aqui, fica gastando seus créditos.
Se você não tem coragem de falar comigo se manca e nota o papelzinho infantil que você esta fazendo agora. Passar bem.

Eu sabia que era ele, quem nesse mundo ia ligar pra o meu celular, ficar calado de numero privado? Se nunca aconteceu isso?
Claro tinha que ser ele.
Vou pra faculdade, devolvo o carro a Duda e nisso ela contando da festa.

Duda - Lucas só faltou você foi tudo muito animal.

Ela adora usar essas palavras sem nexo, e começou a contar, as fofocas.

Duda - Lucas?  Ei garoto estou falando com você o que você tem?

Eu - Eu nada.

Duda - Nada? Pois é você não esta fazendo nada a não ser ficar com essa cara de mamão ai que saco garoto.

–  E chegamos na sala.

Meu dia terminou normal pelo menos o normal para mim era chegar vivo em casa e ter que encarar a realidade.

Na terça, assim que saiu do trabalho decido não ir pra faculdade, estava realmente sem motivação resolvi locar um filme, ficar em casa, e por ironia do destino, o filme que eu queria ver e antes nunca estava disponível, naquele momento estava, LUA NOVA.

Chorei horrores, eu me senti a bela, passando por aquilo e aquela musica da bela quando ela estava sozinha sem o bonitão dela, que ela fica na cadeira sentada e fica passando os meses com uma musica no fundo, pronto aquela musica, não saiu da minha cabeça por um bom tempo.
O tempo passa , mesmo quando isso parece impossível, mesmo quando
cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um
hematoma. Passa de modo inconstante, tudo passa até para mim.
Trecho de lua nova, até hoje nunca esqueci.

Na quarta tive que ir pra faculdade, tinha um trabalho pra apresentar, sobre petróleo e suas evoluções, chego na faculdade, e na hora do trabalho com aquela apresentação de slide eu fiquei totalmente perdido sem saber o que falar, sem saber nem como prosseguir com o meu trabalho e nisso o professor olha pra mim, cruzas as pernas e faz sinal que ruim com a cabeça, ali eu morro, termino pior do que o começo, e volto tomar agua nem quis saber o que ele ia dizer sobre o meu trabalho.

O Terceiro AndarOnde histórias criam vida. Descubra agora