Capítulo 04

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E setembro chegou, eu já havia ganhado meu presente antecipadamente, fazemos aniversário no mesmo mês ele no início e eu no final do mês nos dias 04 e 30, eu estava super empolgado, e já tinha que providenciar o presente dele, mas não sabia o que dar, resolvi tirar um dia só pra comprar o presente dele e é claro que eu fui só.

Passei horas batendo perna no shopping. E sabe quando queremos agradar a quem amamos, nunca estamos satisfeitos com apenas um presente, e acabei comprando 2 e um cartãozinho, comprei uma camiseta linda vermelha e comprei uma sunga da mesma cor, mas como eu sou muito calculista não é toa que faço engenharia, já havia bolado uma desculpa, iria dizer que comprei a sunga, pra acabarem de uma vez por todas, o bloco Los Sunga's, era muita onda. Todas as vezes que íamos pra praia, saíamos iguais, desfilando no calçadão e todos olhando, imaginando que somos um casal, mas isso não o incomodava e muito menos a mim, mas achei linda a sunga quando a vi na loja e lembrei dele.

Paguei, que por sinal, foi boa parte da minha grana, mandei embrulhar pra presente e coloquei na minha mochila, não podia correr o risco dele me ver com aquele pacote.

Ao chegar no AP, ele não estava na frente do prédio, pois já era noite, e como ele não estudava no período noturno, imaginei que estivesse em sua casa, faltava apenas um dia pra o seu aniversário.

Liguei pra ele.

Guilherme - Iae Lucas, Tudo bem ?

Eu - Tudo sim e você? Vamos sair? Não estou afim de estudar.

Guilherme - Estou bem, sim, quer ir pra onde?

Eu - Vamos pra um barzinho na orla?

Guilherme - Vamos, mas não vou beber muito, pois amanhã é meu aniversário, e como você sabe Lucas, quero beber todas.

Eu - Tá, desce já estou pronto.

Rapidão minha campainha toca.

Guilherme - Não acredito que você vai de calça pra orla, Põe uma bermuda.

Eu - Já vou por, é que eu estava na rua, cheguei agora.

- Fui ao meu quarto e peguei uma bermuda, nisso ele já estava indo atrás de mim.

Eu bem naturalmente tirei minha calça e fiquei só de cueca boxer, e ao olhar pra ele, sentir que estava todo agoniado, ele ficava olhando pra umas fotos que eu tenho no quarto, inclusive dele.

Mas fui bem calmo, tirei meu tênis bem devagar, meias, calça.. Fui pegar uma bermuda e fiquei de costa pra ele, achei a bermuda e quando eu perguntei se aquela bermuda estava legal. Ele só disse: - sim.

Sentei na cama, peguei uma havaiana branca. E perguntei:

Eu - Vamos Gui

Guilherme - Vai você na frente.

Eu - Ué, porque? Anda, levanta daí!

Guilherme - VAI!, já disse, eu não vou dizer de novo, não seja mal educado, você é dono do AP e tem que me conduzir até a porta.

Eu - Mas você já é de casa.

Saímos, ele atrás, mas não olhei pra trás, e não dissemos mais nada.

Fomos pra orla, no caminho, eu falei pra ele que, como sou bonzinho, amanhã farei questão de não beber, pra ele aproveitar a sua festa. Íamos pra uma boate que ele adora, e que eu voltaria dirigindo o carro dele.

Já tinha minha carteira de habilitação, e a meses que perturbava meu pai, por um carro.

Bebemos 6 cervejas, e conversávamos assuntos aleatórios.

O Terceiro AndarOnde histórias criam vida. Descubra agora