Capítulo 6

186 31 12
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Quanto mais chegava perto do oceano, mais sentia-me fortalecida. O cheiro de maresia me fazia viajar para meu mundo.

O táxi parou na pequena pousada que parecia estar abandonada.

— Deu 50, dona – o taxista avisou, olhando-me pelo retrovisor.

— Não vou pagar nada a você – falei calmamente.

O taxista fechou a cara e as portas também.

— Se não pagar, não sai do carro – ameaçou, apertando mais as mãos ao volante.

Eu não sentia nada pelos seres humanos. Era uma indiferença que no máximo chegava ao tédio, mas havia alguns que despertavam em mim repulsa carregada de ódio.

— Se acha muito poderoso porque me trancou? Porque é da espécie masculina?

Ele bufou, retirando o cinto.

— Além de caloteira é doida! Me pague agora antes que eu fique nervoso.

Eu ri alto, fazendo o som se amplificar. O taxista tampou os ouvidos, mas já era tarde.

— Quero que me liberte e que saia desse carro. Caminhe até seus pés desaparecerem – ordenei, sentindo uma leve tontura.

Ele abriu as portas e saiu, começou a caminhar sem olhar pra trás. Observei a cena satisfeita.

— Sabe que fica mais fraca usando seus poderes com pessoas inúteis, não é? – Perguntou χάος que na forma humana se chamava Mark.

— Não posso nem me divertir? – Sorri, enquanto o cumprimentava.

— Temos assuntos mais importantes para tratar – falou enquanto entrava na pousada.

Revirei os olhos o seguindo. A verdade era que não suportava ele e nem suas ordens. Quando tudo isso acabasse eu iria me certificar de ficar bem longe dele.

— E então, onde está nossa garota? – Perguntei, olhando o hall de entrada destruído.

— Ela fugiu com aquela escória do Alex – Mark me olhou, parecia estar irritado.

— Deixaram ela fugir com um mero plebeu? – Sorri, desdenhosa. – Vocês já foram melhores.

Mark deu um passo ameaçador para frente.

— Acho que precisam da minha ajuda – suspirei teatralmente.

Mark me ignorou, subindo as escadas. Segui-o, havia um corpo de uma mulher estirado no chão. Seus olhos ainda estavam abertos. Havia um corte profundo em sua garganta. Era uma de nós.

Mark seguiu até o final do corredor e adentrou em um quarto. Assim que entrei no recinto senti o cheiro dela. Ainda era perceptível o rastro que Olívia deixara.

Underwater | Segredos ReveladosOnde histórias criam vida. Descubra agora