Prólogo

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Bebidas, cigarros e música alta. Foi pra isso que Alice me arrastou?
Pessoas completamente estranhas pra mim, se movimento no ritmo da música no que eram pra ser uma pista de dança, outros se pegam nas partes com pouca iluminação e os que restaram brincavam de alguma coisa relacionado a desafios.
Eu preferia estar em casa vendo TV.

- Se anima! -ela falou em meu ouvido por causa da música.

- Não dá. Aqui está chato!

- Você precisa de outra bebida. -ela sorriu e foi até a cozinha da casa pegar uma bebida pra mim. Era a terceira vez que Alice tentava me fazer beber, mas eu simplesmente jogava forar.

Não sabia o que poderia ter dentro da bebida. Eu nem sequer sabia como havia chegado até essa casa no meio do nada.
Odeio essa paixão da Alice por perigo.

- Pronto. Agora você vai se divertir. -ela me entregar o copo e eu dei um sorriso de leve. - Não vai beber?

- Já bebi demais hoje.

- Para de ser chata e bebe. O que de ruim pode acontecer?

Franzi a testa. Ela realmente estava me perguntando aquilo? Por que poderia ficar uma hora inteira dizendo o que de ruim poderia acontecer.

- Vou tomar um ar. -digo.

- Não vá muito longe. Não sabemos o que esperar nesse lugar.

- E mesmo assim me arrasta pra esse tipo de coisa. -digo.

- Precisamos de aventuras. -deu de ombros.

- E aceitar o convite para uma festa no meio do nada é um ótima aventura, não é?

- É só uma festa. -revirei os olhos.

- Não é só uma festa. -falei irritada. - Nós nem conhecemos ninguém aqui. Tenho certeza que se algo der errado, vai ser cada um por si.

- Nada vai dar errado. Vai lá tomar o seu ar e relaxa.

Atravessei o mar de gente com dificuldade, abri a porta e respirei o ar gelado daquela noite. Pelo menos o céu de lá era bonito, não que eu seja ligada a natureza ou astros, mas vez ou outra gostava de saber que o podia ser bonito.

. . .

Algumas horas depois, resolvi que seria melhor sair de lá. As coisas estavam ficando estranhos demais. Pessoas com o mesmo tipo de máscara circulavam pela casa observando cada um que estava ali, só de sentir o olhar de um deles em mim, sentia calafrios.

- Alice, vamos embora. -falei a puxando para a saída.

- Não. -respondeu bêbada. - Vamos ficar mais um pouco.

- Não, vamos embora.

- Eu não vou. -falou embolado. - Quero ficar aqui.

- Então eu vou. -falei com raiva. Alice sabia que eu destestava pessoas que ficavam bêbadas e mesmo assim bebe demais.

- Você nem sabe voltar pra casa. -suloçou e riu logo em seguida.

- Me viro. Só espero que você chegue viva em sua casa.

. . .

iquei andando por um caminho escuro, iluminado apenas pela lanterna do meu celular, durante horas. Quando finalmente encontrei uma estrada iluminada não sabia onde eu estava.
Peguei meu celular para ligar pra minha irmã, ela sempre me ajudava quando me metia em algo que pudesse me colocar em encrenca. Antes que eu conseguisse digitar o número dela, Alice me mandou uma mensagem.

Mensagem on

- Me ajuda.

- Não posso. Nem sei onde eu estou.

- Eles estão vindo. Me ajuda.

- Eles quem? Vou te ligar.

Mensagem off

Eu liguei para Alice. Mesmo sabendo do tipo de humor da minha amiga, eu não consegui evitar de ficar preocupada. Mas ninguém atendeu.

. . .

Desaparecidos - Decifre Ou MorraOnde histórias criam vida. Descubra agora