Capítulo Treze - Vermelho 143

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O Júlio e eu tivemos que ir até a cede de um dos clientes de onde trabalhamos. Parece que estavam com algum problema na parte técnica.

- Sabe de alguma relação entre vermelho e 143? -perguntei quando entramos no carro dele.

- Mais ou menos.

- Como assim?

- Vamos resolver o problema primeiro, depois eu falo pra você. Não é uma certeza, mas pelo que aconteceu acho difícil estar errado.

- Então vamos logo.

Ficamos um bom tempo resolvendo o problema na cede da empresa que era nossa cliente, mas o lodo bom foi que tivemos o resto do dia livre.

- Vamos parar em algum lugar para comermos. Estou com fome.

Ele dirigiu até uma lanchonete que gostamos de ir, fizemos nossos pedidos e nos sentamos em uma das mesas para esperar até que ficasse pronto.

- Pode me dizer o que sabe sobre a pista?

- Não é que eu saiba de algum, só suspeito?

- Me diz logo o que é, Júlio.

- Há algum tempo atrás, me disseram sobre um site chamado Red One Hundred Forty - Three, ou seja, Vermelho 143. Pelo que sei, se tratava de um site de vendas ilegais e tinham uma espécie de bar para que os clientes pudessem pegar o que compraram.

- Mas eu pesquisei e não achei nada.

- Por que o site não poderia continuar no ar se fosse na camada que costumamos usar. Entender o que eu quero dizer?

Sim, eu entendia e estava chocada demais para reagir. Os mascarados queriam que eu entrasse em um site de vendas ilegais só para achá-los. Duvidava que eu conseguisse fazer tal feito sem no mínimo saí com o meu computador danificado por vírus.

- Você não vai entrar, não é? -disse Júlio.

- Duvido que eu consiga.

- Isso não é um problema pra você, Victória. Sua inteligência é maior do que você mesma sabe. O problema vai ser você não ser hakeada.

- Sei disso também. Mas eu preciso fazer alguma coisa.

- Você não precisa fazer nada. Pare enquanto pode.

- O Lucas pediu pra você dizer isso também?

- Não, estou dizendo isso por ser seu amigo.

- Mas não vou conseguir dormir a noite sabendo que eu poderia ter salvado a minha amiga.

- Realmente acha que pode salvá-la?

- Sim.

Ele ficou me encarando em silêncio por algum segundos, soltou um longo suspiro enquanto passava as mãos no rosto.

- Vou te ajudar a entrar nesse site. Vamos procurar um jeito de seu computador não sair danificado.

- Por isso você é o melhor. -sorri e me levantei para abraça-lo.

- Mas eu prometi ao Lucas que não deixaria você entrar em uma situação mais perigosa, então se você tiver que ir até o bar onde eles se encontram, eu vou junto.

- Tudo bem.

Nossos pedidos ficaram prontos e debatíamos as melhores formas de entrar protegida no site. Eu estava apavorada por perceber que caminho aquilo tava tomando, mas não poderia desistir por isso. A vida da da Alice dependia de mim.

Desaparecidos - Decifre Ou MorraOnde histórias criam vida. Descubra agora