Capítulo Doze - 6 dias

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Fiquei conversando mais um tempo com o Lucas, mas ele precisou se despedir. Eu comecei a focar no que tinha encontrado e tentando encontrar alguma relação entre as duas coisas.
Li as duas páginas riscadas, mas ambas não tinham nada que pudesse me ajudar. Foi então que resolvi digitar as duas coisas no Google.
Os primeiros sites que apareceram foram variados e com o distanciamento da primeira página de pesquisa, os resultados estavam ficando cada vez mais longe das duas palavras que eu pesquisei.
Talvez só estivessem aparecendo por mencionar um dos três números ou a própria palavra vermelho.
Olhei a hora percebi que já se passava da meia noite. Eu tinha apenas 6 dias para salvar a Alice e não conseguiria sem ajuda.
Principalmente agora que todo o meu dia estava sendo ocupado pelo trabalho.

— Pensa, Victória. –falei para mim mesma. — Tem que ter alguma coisa. Você em esperta. Você consegue.

Deixei o computador de lado e deitei no sofá. Já havia pesquisado demais, não tinha encontrado nada e tudo o que ganhei foi uma dor horrível nas contas. Resolvi que seria melhor dormir, já que precisava acordar cedo no dia seguinte.

Mas um vez o despertador fez o seu trabalho de me acordar muito bem. Levantei, fui fazer minha higiene e mal conseguia ficar com os olhos abertos por causa do sono. Resolvi passar naquele mesmo café há poucas ruas de onde morava para comprar um café bem forte que me fizesse acordar.
Mas foi só por o pé pra fora do prédio que tive aquela velha impressão de ser observada. Olhei ao meu redor, mas nada parecia diferente.
Continuei andando até o café mesmo que a sensação continuasse. Assim que cheguei e fiz o meu pedido, peguei meu celular e mandei um e-mail para os mascarados.

E-mail on

Parem de me seguir.

Arriscado? Talvez. Só que eu não queria continuar com essa sensação toda vez que caminhasse pelas ruas.
Esperei por alguma resposta ou que algum celular tocasse logo depois que o e-mail foi enviado, mas não obtive nada. A sensação continuou, o meu pedido ficou pronto e eles não, responderam nada.

Podem pelo menos me dizer o que quer dizer vermelho 143?

E-mail off

Peguei o meu pedido, chamei um táxi e fui para o meu trabalho esperando por alguma resposta deles. Passei toda amanhã esperando.

— Ainda está com raiva? –Júlio perguntou sentando na minha mesa.

— Não estou com raiva de você. Nunca estive.

— Estava sim. Você nem olhou pra minha cara quando te chamei ontem.

— Não era raiva. Era só uma leve irritação.

— Se você diz... Encontrou alguma coisa? –o encarei. — O que foi? Estou curioso e o Lucas pediu para que eu ficasse de olho em você.

— Sim, eu encontrei uma coisa. Mas nada significativo. Quando ele te pediu isso?

— Ontem a noite. O que encontrou?

— Tinha duas coisas circuladas naquele livro. Vermelho e 143.

— Vermelho 143? Esses caras são loucos.

— Victória. –meu chefe me chamou da porta de sua sala. — Por favor venha até aqui.

— Claro.

— Você também, Júlio.

— Claro chefe.

Roberto não fez questão de responder, e ignorou. Não adiantaria pedir que o Júlio parasse de chama de chefe, ele iria continuar de qualquer jeito.

. . .

Desaparecidos - Decifre Ou MorraOnde histórias criam vida. Descubra agora