Capítulo Dezesseis - Tentativa, Soco e Sangue

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Acompanhei o homem até o que provavelmente era o depósito do tal bar. A luz do local estava fraca e mal consegui ver cinco centímetros a minha frente.

- Onde está a minha máscara? -perguntei assim que entramos.

- Calma princesa.

- Não me chama assim.

- E como prefere ser chamada? De vagabunda? -perguntou em tom debochado.

- Prefiro que me entregue a máscara. -respondi.

- Olha, você só vai ter a máscara depois que me der o que eu quero. -disse se aproximando de mim. - E acho que você já sabe o que é.

- Eu paguei pela máscara e não por um beijo seu.

- Falei qual é a minha condição para lhe entregar a máscara.

- Mas eu paguei por ela.

- E vai reclamar com quem? A polícia? -riu. - Agora tira a sua roupa.

- O que?

- Você ouviu bem o que eu disse. Não me faça repetir.

- Não vou transa com você. Onde está o que eu comprei?

- Já disse que não vou dizer até você fazer o que eu quero.

Ele segurou o meu braço com força, me prendeu contra a parede e tentou me beijar. Por sorte minha penas ainda estavam livres e eu chutei entre as pernas.

- Sua filha da mãe. -gemeu de dor e eu me afastei. - Vou matar você.

Eu deveria ter saído de lá, deveria ter deixado aquela máscara idiota, deveria esquecer aquela história maluca de salvar a Alice e voltar pra minha vida normal. Mas não saí de lá.
Andei pelo cómodo procurando pela máscara e assim que achei, que ocorreu poucos segundos depois de me afastar do homem, senti alguém segurando pelos cabelos. Fui violentamente jogada para trás de forma contra a parede.

- Cansei de ser bonzinho com você. -falou tirando o sinto e abrindo sua calça.

- Fica longe de mim.

- Ou o que? Vai gritar pelos seu namoradinho? Ele não pode te ajudar. Nem ele ou o seu outro amigo.

Fiquei de pé, com dificuldade por causa de uma dor nas costas, mantive meu olhar em cada passo dele e me afastava todo vez que ele se aproximava.

- Por que não fica quieta e acabamos logo com isso? Prometo não te machucar muito.

Quando ele tentou me segurar, fui mais rápido e dei um tapa em seu rosto. Talvez tenha sido o maior erro cometido naquela noite, pois tudo o que consegui foi deixá-lo mais irritado.
Eu tentei fugir assim que percebi o meu equivoco, mas fui impedida de ultrapassar a porta. Podia sentir a raiva que ele sentia apenas por estar ao seu lado. Meu coração batia mais forte impedindo que eu escutasse os meus pensamentos e foi então que resolvi ligar para o Lucas, isso aconteceu poucos segundos antes de sentir algo indo fortemente contra o meu rosto, provavelmente o punho fechado do homem. Senti um gosto de sangue em minha boca, coloquei a mão no local e quando conferi estava sangrando.

Desaparecidos - Decifre Ou MorraOnde histórias criam vida. Descubra agora