Capítulo 6

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Tenho que assumir que hoje o dia estava excepcionalmente cansativo. Além de ter uma prova na faculdade, o café estava movimentado, o que fazia uma leve dor de cabeça surgir aos poucos em minha cabeça.

— Preciso de um tempo. — Luiza comentou deixando a bandeja vazia sobre o balcão.

— Sonhe... — Murmurei colocando as duas xícaras de cappuccino sobre ela.

— Chata. — Resmungou me fazendo rolar os olhos — Só está assim por causa dele.

— Não comece. — Pedi olhando-a com seriedade.

Luiza apenas negou com a cabeça e suspirou alto antes de pegar a bandeja novamente, já seguindo até alguma mesa.

As vezes queria esganar o seu lindo pescoço. Principalmente quando começava a implicar comigo. O que estava acontecendo a exatos cinco dias. Porque? Simples. A cinco dias Fábio não aparecia no café.

No primeiro dia achei que apenas estava atrasado, mas então chegou a hora de ir para casa e ele ainda não tinha vindo. No dia seguinte a mesma coisa e nos outros também. Confesso que isso me preocupou, ou ainda preocupava, afinal podia ter acontecido algo com ele.

Que boba Anaju! Fábio não é nada seu e não devia se preocupar assim, então esqueça isso e volte a trabalhar. Me repreendi mentalmente.

O bom de dias assim movimentados era que o tempo parecida passar bem mais rápido e foi o que aconteceu. Luiza teve que lembrar que estava na minha hora, isso porque já tinha se passado mais de vinte minutos e Julian com certeza brigaria se soubesse. Ele não gostava que fizéssemos hora extra a não ser que realmente precisasse.

— Até amanhã. — Me despedi de Lu e Marcus enquanto pegava a bolsa em baixo do balcão.

Acenei a eles e segui para fora do café. Já estava meio escuro, afinal já passava uma pouco das sete horas da noite e o sol tinha se ido. Estávamos em julho então os dias ainda eram frios e ficavam ainda mais conforme a noite ia caindo.

Fechei mais o casaco assim que uma pequena rajada de vento forte me atingiu. Abracei mais meu corpo enquanto seguia pela calçada, ou quase isso, já que não cheguei a dar nem dois passos quando o vi.

Parei no meio da calçada enquanto olhava para Fábio parado quase na frente do café, encostado em um carro preto. Ele me encarava com um sorriso discreto no rosto e senti meu coração dar uma acelerada quando Fábio se desencostou, andando em minha direção. Ele parou a alguns passos de distância e colocou as mãos no bolso do casaco, ainda me olhando.

— Oi. — Sussurrou.

— Oi. — Dei um pequeno sorriso.

— Eu estava pensando se você não quer companhia.... Até em casa. — Comentou parecendo esperançoso.

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