Áurea - O Código Elementar

Capítulo 8 A partida

Depois da despedida de sua esposa ele foi levado para um local muito isolado, estava nervoso, não havia nada perto, só mato e estrada, nenhum movimento, - Será que eles viram alguma coisa? E se estiverem visto, e agora? – Ele já estava achando que seria seu fim, o matariam e jogaria seu corpo em algum local isolado, no local isolado eles já estavam. Mas ele se acalmou quando se viu chegando a uma casa enorme, a entrada era gigantesca, mas só acalmou-se mesmo, quando se deparou com seus companheiros de trabalho. Por um tempo, até esquecera que ele não sabia onde estava.

Saindo do carro ele foi logo se juntando aos seus colegas e perguntando o que estava acontecendo e se alguém sabia de algo. Explicaram que onde estavam, era uma espécie de pista particular, eles iriam embarcar ali mesmo, não iriam para o aeroporto para não ser registrado, eles estavam escondendo mesmo tudo que podiam a respeito dos testes da Áurea, era o que pensavam, mas Brian temia algo maior.

A casa era realmente grande, uma mansão e bem isolada de tudo, mas certamente era conhecida, por ser um país pequeno ou não, pela cultura dos moradores dali.

Eles não chegaram a entrar na casa, só foram para aonde era a pista, e o avião que estava lá para leva-los era grande, um jato, mas com uma capacidade maior de passageiros.

Brian pediu para que fosse usar o banheiro que ele estava com uma indigestão, dissera que o café não fez bem a ele, ele sabia que teria que ser algo mais pesado para poder entrar na casa, obviamente ele seria seguido, mas ele só precisava entrar e obter algumas informações. Acompanharam-no até o banheiro, para seu azar, eles tinham banheiros para empregados e visitantes, por ele ser um cientista, ele teve um tratamento mais formal indo ao banheiro dos visitantes, mas o levaram andando muito rápido, realmente não queriam que ele visse algo, parece que aquele local era mais do que uma simples mansão.

Mandaram-no ser breve, pois já estava na hora de partir. Brian fechou a porta do banheiro e já foi direto para a janela e olhou se não havia ninguém daquele lado da casa, então pegou um pequeno objeto, era um tipo de sensor, e jogou do lado de fora da casa. Brian também estudou engenharia mecânica, mas muitos anos atrás, mas ele não era daquele país, então seu diploma não serviria para nada, e ninguém sabia dessa formação dele. Brian era um cara muito desconfiado das coisas, ele desenvolvia aparelhos que ele mesmo pensou que nunca iria usar, era mais para seu alívio mental, mas aquilo estava deixando ele preocupado e com a pulga atrás da orelha, ele sabia que o que haviam descoberto era muito perigoso e estavam roubando aquela informação, e ele sempre estava pensando que se aquilo desse alguma coisa errada podia acontecer o pior. Sua cabeça estava a mil, pensava em diversas possibilidades de um possível fim para essa história.

Chegara o momento de embarcar, eles não podiam levar nada eletrônico, no mínimo palavras cruzadas e jogos que utilizassem apenas papel.

Era uma viajem longa e entediante, eles tentavam se acomodar da melhor maneira o possível. Uns dormiam, outros liam, alguns jogavam baralho, pois havia cadeiras que eram de frente uma para as outras. Mas Brian estava acordado olhando pela a janela que estava tapada, todos os vidros eram escuros, mas estava pensando em diversas coisas, ele teria um filho daqui a nove meses, uma das coisas mais importantes da vida dele, mas também pensara até aonde aquilo iria. E foi nesse momento que ele entrou em um pânico mental, foi só agora que ele se deu conta que o governo já tinha todos os dados que precisavam. Sua equipe já havia realizado os testes em humanos, e nada disso fora divulgado, ninguém sabia da que eles estavam viajando, tudo aquilo foi emitido pelo governo, e eles não precisavam deles, eles foram seguidos a todo o momento, eles tinham total conhecimento de suas vidas, e ainda havia aquela casa gigantesca, e ninguém entrou lá, nem mesmo Brian que entrou, conseguiu ver a casa direito. Naquele momento estava em total desespero, àquilo só podia significar morte.