Vou caminho á minha casa em um bondinho lerdo. O prédio da OID fica em uma montanha e é uma dificuldade ir e voltar. Por que construiram isso aqui? No entanto, o que me realmente intriga, foi a discussão que tive mais cedo.
"— E a partir desse relatório, podemos entender que nosso nível de produção aumentaria 55 por cento. – Leonardo aponta para o gráfico desenhado em seu papel.
— E esses 55 por cento seria o suficiente para dirigir um reino inteiro? – Clarisse pergunta. Eu nunca fui com a cara dela, mas pelo menos em relação a independência política dos desencantados temos a mesma opinião.
Leo ajeita seus óculos enquanto responde calmamente a ela:
— Sem dúvida, os desencantados são minoria. Somos nós, que mais trabalhamos e que menos recebemos.
— E sobre os mestiços? Eles são maioria. – Jogo na roda o assunto que mais me incomoda. – Terá comida e abrigo suficiente para todos?
— Nosso reino não é só para nós, sim para todos que sofrem por não serem encantados! – Ele diz firme. – Serão bem-vindo, mas recomendaremos que continuem em Alexan Prian até o nosso reino se estabilizar.
— Soa bonito na teoria, mas você não acha que rei e a rainha não criaram uma política de reciprocidade? – Pergunto aumentando o tom da minha voz. – Serão todos expulsos daqui! E não seremos capazes de orientar uma população tão grande!
— Eles não obterão uma política de reciprocidade, são encantados. São os "bonzinhos" – Diz fazendo aspas com mãos.
Minha nossa. Como eu odeio esse homem.
— Pelo amor... Então quer dizer que você conta com o conssentimento dos encantados para criarem um reino sem os mesmos encantados? – Ergo a sobrancelha.
— Não, quer dizer que eu conto com os fatos. Os encantados não obterão um política de reciprocidade!
— Suas " certezas"...– Faço aspas com as mãos. – Não são suficiente para nos convencer.
Ele ri. Sim, o filho da mãe realmente riu na minha cara. Por fim, diz:
— Olhe em volta. – Ele aponta para a turma de pessoas que concorda com ele. – Você que tem que nos convencer.
— E tem 12 dias. – Sussurra, mas em uma altura que eu possa ouvir.
— Creio que essa reunião está encerrada. – Afirmo sem desviar o olhar dele.
Sou apenas uma de 10 chefes, e apenas outras duas pessoas, Clarisse e seu namoradinho, concordam comigo em continuar dependente do Reino de Alexan Drian. Tenho 15 dias para convencer pelo menos mais três pessoas a mudarem de ideia."
Suspiro e saio quando o bondinho finalmente para. Desço as escadas devagar, de repente encontro um grande grupo de pessoas que me impede de seguir em frente.
O que é isso?
Empurrando pessoas, eu vou até o centro do tumulto e vejo o que as pessoas tanto observavam em um tronco de madeira.
São apenas folhas prateadas, cor que revelava ser de origem real, no centro de cada há uma imagem de alguém conhecido por todos no reino: Princesa Micaella. Qualquer um a reconheceria de longe pela sua beleza e pelo seu rosto delicado. Sua pele e cabelo praticamente brilha enquanto sorri e eu suspiro antes mesmo de ler o panfleto.
Enquanto isso, a frase "Procura-se", pintada de vermelho Scarlatti, é facilmente percebida por qualquer um presente.
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Desencantados
Fantasy"Em uma ilha distante de quaisquer outra, a terra é dividida em duas parte: encantados, os bonzinhos, e vilões, em que sua definição é feita pelo próprio nome. Uma barreira divide as duas classes, mas por um segundo de descuido: um vilão passa po...