Capítulo 13 - Véspera

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As ruas de Bridgeport estavam vazias, visto que os assassinatos haviam dado uma pausa, Nancy achou que tudo iria voltar ao normal mais uma vez. Mas pela maneira que a cidade se encontrava, não. Provavelmente essa nova onda de homicídios tenha reascendido o medo de 30 anos atrás, O passado macabro da cidade, o massacre cometido por Michael Truman no Halloween.

- Eu me sinto culpada de estar fazendo compras enquanto a Taylor está nas mãos daquele psicopata. – Explicava Nancy, enquanto tentava não tropeçar nos buracos da calçada.

- De certa forma, também sinto. - Concordou Amy. – Mas como estamos sendo forçados a ir ao baile, temos que pelo menos alugar um vestido. Não estamos fazendo isso por egoísmo.

- Passamos por 5 vestidos maravilhosos e você não parou para ver nenhum, está bem claro que isso tá mexendo muito com você, senhora Ex-consumista.

- Temos que descobrir esse anagrama, o mais rápido possível Nancy.

- Eu sei... Amy, aquele carro tá vindo muito rápido em nossa direção, não acha? – Disse apontando para um corsa vermelho, que não hesitava em acelerar.

O corsa vermelho parecia estar fora de controle, quanto mais perto ele chegava, mas para fora da pista ia, até que por um fino não atropelou as duas meninas que pularam no gramado ao lado da calçada, enquanto o veículo batia com força num poste de luz.

- Meu Deus! –Gritou Nancy.

- Nancy... Esse não é o carro do Luke?

- Droga... Amy, é o Luke!

Luke estava desacordado no banco do motorista, o sangue escorria da sua cabeça e se misturava com seu cabelo ruivo, Amy checou a respiração do garoto, ele ainda estava vivo. Rapidamente, Nancy chamou a emergência, e depois que Luke acordou, insistiu em ir para a delegacia, ele precisava fazer um boletim de ocorrência.

- O que aconteceu, Luke? – Perguntou o detetive Riley.

- Eu estava em casa, não tenho saído muito desde o desaparecimento da Taylor, pra falar a verdade eu não tenho comido, nem dormido direito. - Dava para perceber pela aparência de cansaço e pela magreza do garoto. - Foi então que recebi uma ligação. Era o assassino, o mesmo da ligação do Zac. A que foi liberada pela imprensa, ele começou a fazer jogos estranhos, perguntas sobre filmes. E botava a vida da Taylor em jogo.

- A Taylor está com ele?

- Sim, ele a sequestrou. Ele me deu um endereço, dizendo que eu precisava ir no mesmo em pelo menos 5 minutos ou ele mataria a Taylor, e o local ficava 10 minutos longe da minha casa. Então eu tive que ir o mais rápido que eu pude, mas quando percebi, alguém havia cortado meus freios. E a direção não respondia, então eu apaguei e acordei no hospital.

- Chefe, a história confere. –Disse um policial negro e alto entrando na sala do interrogatório. - Conseguimos a gravação da ligação, o senhor Jefferson realmente foi ameaçado, e verificamos o carro, houve sabotagem, cortaram os freios e danificaram a direção. O endereço dito na ligação é um galpão abandonado. Verificamos e não há nada lá, e tem uma coisa que o senhor precisa ver.

- Volto já, Luke. – Disse o detetive, levantando-se da cadeira.

- Detetive, esse psicopata tem feito da vida dessas meninas um inferno, jogos macabros, mortes, você precisa descobrir quem ele é, você precisa achar a Taylor.

- Eu irei... Você pode ir até a sala de espera Luke. 


- Por que estão demorando tanto? - Perguntou Nancy, agoniada.

Chase - Nunca brinque com estranhos (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora