Capítulo 13 - O Funeral

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GENTE. OLÁ! Mano... Esse capítulo eu chorei... Chorei MUITO.

Eu não vou falar mais nada, só leiam.

(O título foi para fins de choque mesmo)

Boa leitura :)



É triste como a vida tenta brincar com a gente a cada brecha que ela acha, chega até ser engraçado. Já tinha sofrido demais nos últimos meses... Perdi meu emprego, me meti em confusão por causa de um caso com um garoto com câncer, quase perdi James Potter e agora isso...

Eu achava que costumava saber o que significa dor, mas agora percebo que nada que eu considerasse dor chegaria ao que estava sentindo agora. Já tinha chorado tanto em menos de vinte e quatro horas que nem havia mais forças para fazê-lo, mesmo que no fundo do meu coração eu não conseguisse mais aguentar em pé.

Músculos da testa doloridos ao serem contraídos, ponta do nariz avermelhada e ardente e boca salivante; esses eram para ser sintomas de uma adolescente sensível ao ler pela primeira vez o livro A Culpa é das Estrelas, e por muito tempo foram os meus, mas nunca tão repetidamente. Era como se eu estivesse metida em um pesadelo, na qual eu nunca seria hábil o suficiente a escapar.

Encarava o meu reflexo desgostoso no pequeno lago de peixes dourados, quando senti a mão de James Potter pousar delicadamente sobre o meu braço.

– Lily? Vamos... Já está na hora – ele murmurou, como se falar alto fosse uma ameaça aos meus tímpanos, o que realmente era, pelo menos depois da noite passada.

Respirei fundo fechando meus olhos por um momento e senti um sentimento avassalador me atingir pela centésima vez no dia. Engoli um bocado de saliva e controlei minha respiração antes de limpar os olhos e me virar para o rapaz afirmando com a cabeça. Empurrei a cadeira de rodas de meu namorado pelo gramado verde, bem aparado e ainda úmido – decorrente do temporal da madrugada – do cemitério e posicionei-o ao lado dos marotos, que estavam ali, visivelmente atordoados com a capacidade que tiveram de confiar seus segredos a um dos garotos que há tempos costumava ser um dos seus e agora já não era mais. Sirius estava com as expressões explícitas de culpa, afinal, essa história toda tem tudo a ver com ele.

O padre iniciara o funeral com algumas palavras monótonas que eram, provavelmente ditas em qualquer outro. O caixão coberto pela bandeira do Reino Unido, soldados por todo o recinto. O ambiente era intensivamente angustiante. Avulso às palavras do padre, tudo o que se ouvia naquele pedacinho eram os soluços e fungados proveniente das seis fileiras de pessoas trajadas em negro que assistiam à cerimônia fúnebre.

Alguns conhecidos prestaram homenagens ao falecido, mas não pude ouvir nada, as lágrimas silenciosas que escorriam pelo rosto de minha mãe eram dolorosas demais para que eu pudesse me concentrar em qualquer outra coisa ali.

– E agora, Lily Evans gostaria de falar algumas palavrinhas – o padre comentou e minha mãe acariciou meu braço carinhosamente depois de assoar o nariz pela quinta vez no mesmo minuto.

[30 HORAS ATRÁS]

Tinha acordado fazia um tempo e ainda não tinha caído a minha ficha que tinha dormido com James Potter. A minha mente latejava toda vez que eu revivia a cena da noite passada, não por estar arrependida, mas por simplesmente não conseguir acreditar que a minha hora tinha finalmente chegado. James tinha sido extremamente cuidadoso comigo, me ajudava sempre que tinha a oportunidade e nunca tinha pensado que ele era tão compreensível quanto ele tinha sido no nosso momento. Por muito tempo eu nunca pensei que estaria viva para sentir nada disso, mas felizmente, não só eu, mas James Potter estava vivo para me proporcionar aquilo, e por isso eu era muito grata.

Green Eyes - JilyOnde histórias criam vida. Descubra agora