Chandler Riggs POV
- BOM DIA, MEU AMOR! - Acordo com a voz de Katelyn, e logo um peso em cima de mim.
- Bom dia, Katelyn. - Falo, com um sorriso no rosto. É assim que eu acordo quase todos os dias.
- Por que você ainda está deitado? - Ela pergunta.
- Porque você está em cima de mim. - Eu falo.
- Ata. Desculpa. - Ela fala, saindo de cima de mim.
Sento na cama e logo ela pula nas minhas costas.
- Você vai querer que eu te leve até lá embaixo? - Eu pergunto, segurando as pernas dela.
- Sim. - Ela fala, apoiando o queixo no meu ombro.
Levanto da cama e ela se arruma nas minhas costas. Desço as escadas, devagar, porque eu não queria correr o risco de machucar a Katelyn. Fui para a cozinha, a colocando no balcão.
- Obrigada, meu amor. - Katelyn fala.
Ela está muito fofa ultimamente. Mais do que o normal. Me virei para ela e a mesma estava sentada em cima das mãos, olhando para baixo, mexendo as pernas para frente e para trás.
- Katelyn, você quer me contar alguma coisa? - Eu pergunto.
- O que? Não! - Ela fala nervosa.
- Katelyn...
Ela me encara mordendo o lábio e fechando os olhos. Ela respirou fundo e desceu do balcão. Agora eu comecei a ficar nervoso.
- Eupossogravarumfilme? - Ela pergunta.
- Anh? - Eu pergunto.
- Eu posso gravar um filme? - Ela pergunta, mais calma.
Eu olho surpreso para ela.
- Anh... Eu não posso te impedir de nada, mas se você fosse, seria burrisse. - Eu falo.
- Ata, você pode e eu não? - Ela pergunta, já nervosa.
- Katelyn, porque me chamaram para tantos filmes? - Eu pergunto.
- Para tentarem nos separar, mas...
- Eu fiquei quase um ano longe de você, porque queriam separar a gente, sabe sei lá o porque e agora você quer fazer um filme também? - Eu pergunto. - Esse filme vai ser aqui Na Geórgia?
- Não. - Ela fala de cabeça baixa.
- Eu prometi para você que a próxima viagem que eu faria, seria com vocês dois e agora você quer viajar sem nós. - Eu falo.
- Eu não quero viajar sem vocês! - Ela fala.
- O Theo ainda não pode viajar. E eu não deixaria ele aqui. Aposto que você também não. - Falo.
- Chandler, por favor. Eu preciso fazer alguma coisa, agora que a série vai acabar. - Ela fala.
- Katelyn... - Respiro fundo. - Faz o que quiser. Eu não posso te proibir de nada. - Coloco minhas mãos no rosto dela. - Se é isso que você quer, então vai.
Ela encosta a cabeça no meu peito, abraçando minha cintura, enquanto eu passo meus braços em volta do corpo dela.
- Eu prometo, que se eu desconfiar de alguma coisa, eu volto. - Ela fala.
- Quando você vai? - Eu pergunto.
- Depois do aniversário do Theo. - Ela fala.
Ficamos mais um tempo abraçados. Acho que nenhum tinha coragem de sair de perto do outro. Mas o Theo tomou iniciativa por nós e começou a chorar.
- Eu vou lá... - Katelyn fala, separando o abraço.
- Deixa que eu vou lá. - Falo, beijando a testa dela.
Subo as escadas, indo para o quarto do Theo. Peguei ele do berço, sorrindo.
- E aí, mini Carl. Falta pouco para você completar um ano. - Eu falo, saindo do quarto dele.
Entrei na cozinha, vendo Katelyn de costas, colocando cereal numa tigela.
- Hey coala, acho que você tem que alimentar o coala júnior. - Eu falo.
- Mini Carl e coala Júnior. O que mais você vai inventar, sr. Riggs? - Ela pergunta.
- Não sei, sra. Nacon. - Eu falo. - Eu não sei o futuro.
Entreguei Theo para Katelyn e sentei no balcão, comendo um pouco do cereal da Katelyn.
Logo Katelyn ficou entre as minhas pernas, Com Theo ainda em seu colo.
- Você imaginava que nós estaríamos aqui? - Eu pergunto.
- Sinceramente, não. Nós passamos por coisas demais. Nós terminamos umas três vezes. Porque sempre acontecia alguma coisa para nos separar. Eu queria que nosso relacionamento tivesse sido perfeito. - Ela fala.
- Eu não. - Falo.
- Por quê? - Ela pergunta.
- Porque se fosse perfeito, não teria nenhuma graça. Eu sei que o relacionamento não é para ter graça, mas se nós fossemos perfeitos, talvez a gente não estivesse juntos. - Eu falo.
- Como assim?
- Katelyn, imagine que nós fôssemos perfeitos. Nós não brigariamos nunca. E nós brigamos demais, mas sempre nos resolvemos, porque a gente meio que foi feito para brigar. Quer dizer, nós brigamos por bobeira, mas porque nós sentimos necessidade de fazer isso. Se nós fôssemos perfeitos, nós não seriamos o que somos hoje. - Eu falo.
- Quando é que meu marido ficou tão fisólofo? - Ela pergunta, com o erro que ela sempre usa. Adoro o jeito que ela erra propositalmente as palavras.
- Talvez, quando eu fiquei longe de você e tive bastante tempo para pensar sobre nós dois. - Eu falo, virando ela para mim.
- Será que se eu for viajar, também vou ficar assim? - Ela pergunta.
- Olha, eu só estou pensando em como vou cuidar do Theo enquanto você estiver fora. - Eu falo e ela ri.
- Chandler, não faz isso. Eu estou quase desistindo de ir viajar. - Ela fala.
- Talvez eu faça isso mais vezes, então. - Falo.
Ela me olha, com uma cara triste e eu desisto na hora da ideia.
- Parei. - Falo.
- Se isso for um plano para separar nós novamente... Eu... - Ela me dá um selinho. - Vou provar... - Outro selinho. - Que nós... - Outro selinho. - Não vamos nos separar.
Ela me beija. Incrível como o beijo da Katelyn, é melhor que todos que eu já provei. Ela é simplesmente maravilhosa.
- Não desconfia de mim. - Ela me pede.
- Katelyn - Eu coloco as mãos no rosto dela. -, eu nunca desconfiaria de você.
- Obrigada, meu amor. - Ela fala, dando um selinho em mim.
E meu dia foi resumido em ficar com a Katelyn e o Theo, ou na sala, assistindo TV, ou no quarto, dormindo. E eu não trocaria essa vida por nada.
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