Acorda menina

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- Mel ! - uma voz feminina me chama e eu logo a identifico.

- Claire ! - eu sorrio e a encontro no final do corredor.

- Eu soube o que aconteceu, tudo bem? Eu não pude vir antes e eu não consegui falar com você pelo celular além do Jonh não atender a nenhuma das minhas milhões de chamadase você não estava mais no chalé .- ela diz agarrada com o seu casaco preto.

- Tudo bem, ele está descanssando.

- Ele está vivo? - ela pergunta dando um passo a frente .

- Claro que está. - eu digo rindo.

- Ai que bom. Porque o estado do carro é deplorável.- ela diz com uma pequena graça.

- Você viu o carro dele?

- Sim, no caminho. Eu acabei de dizer que fomos atrás de você no chalé primeiro antes de vir para o hospital. No caminho vimos um acidente, o carro estava irreconhecível, nunca ia pensar que o carro era do Zac.

- No caminho ? Que caminho?

- Do chalé? Pelo amor, você não viu? - ela me pergunta com uma ponta de indignação e desacreditada.

- Não. - eu sussurro. - Foi perto de que área?

- Das ávores . - ela ri da minha pergunta até porque ele bateu em uma árvore.

- Eu acho que dormi! - eu digo me esforçando para lembrar.

- Você conseguiu dormir?

- Eu chorei muito! - Eu digo indignada com ela.

- É claro que você chorou, até imagino com Jonh estaria se sentindo vendo você espressar tal sentimento pelo seu arque inimigo.

- Eles não são inimigos.

- Quem te disse?

- Quem disse a você que eles são?

- Ninguém, é só olhar pro fogo nos olhos deles quando se encontram.

- Nunca vi nada disso.

- Eu sei. Ultimamente você nem põe a toalha na corda.- ela dá de ombros.

- Idiota! - como ela consegue me fazer rir agora?

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- Você precisa comer. - Jonh sussurra com seu ar quente entre meus cabelos.
Estamos enrrolados ali a um tempo, a cadeira não é confortával mais nos serve muito bem. Ele está com os braços ao meu redor e eu me encaixo nele como posso. A mãe de Zac me olha com nojo ou desaprovação mas eu nem ligo mais pra isso:

- Não tenho fome.

- Não precisa ter. - ele suspira.

- Eu não quero comer. - ele olha pra mim e logo em seguida beija a minha testa,

- Eu não perguntei, vou buscar algo para você.- ele se prepara para levantar.

- Nem pense em me obrigar a algo.

- A comer? - Ele ri.

- A fazer o que você quer. - eu o olho com reprovação.

- Eu já disse que te amo? - ele sorri.

- Eu acho que sim. - eu sussurro.

- Tudo bem, então vou ver como está o seu amiguinho do colegial. - ele bufa se levantando e alongando seu corpo.

- Colegial?

- Não me peça pra chamá-lo de outra coisa, agradeça a gentileza.

- Okay ! - eu digo levantando as mãos em sinal de rendição.

Eu fico lá , parada. Eu pensei em muitos momentos em tentar socializar com a mãe de Zac, mas também pensei em muitos momentos no qual ela me rejeitou sem ao menos saber meu nome. Seu olhar frio sempre me perseguiu e eu não imagino da onde tanta invensão sentimental surgiu nessa mulher.
Claire foi embora , talvez falar com Kylie que não deu noticias. Meu celular está finalmente quieto em meu bolso onde nunca costuma estar e eu ainda estou vestida com a mesma roupa de cinco horas atrás.
Eu não comi nada, e agora me vem a cabeça de que eu não deveria ter rejeitado a oferta de Jonh já que eu estou com uma preguiça e talvez uma agonia imensa de me levantar.
  Eu tento unir todas as minhas forças e me levantar. Resolvi ir comer mas antes resolvo passar no quarto de Zac para ver como ele está e se o jogo de doente só não rola comigo.
Eu tiro meu celular do bolso e verifico se não há mensagens , Claire me ligou zilhões de vezes e eu não tinha visto as suas chamadas. Eu procuro algo nas redes sociais enquanto ando no corredor e sorrisos desconhecidos e dóceis passam por mim.
Eu paro na porta de Zac e ponho meu celular no bolso, o mais perto que chego da porta eu consigo ouvir e perceber que Zac não está agindo com Jonh como agiu com a médica , seu tom é um pouco mais alto, no entanto ainda tenta sussurrar. Jonh tem os mesmos cuidados, e eu como boa fuxiqueira, tento ouvir a conversa dos dois, até porque não é sempre que isso acontece:

- Você deu muita sorte. - diz Jonh.

- Saia daqui porfavor?! - diz Zac com um tom que parece desaprovação.

- O que você achou? O que você aprendeu nesse tempo todo? Pare de ser inconseguente.

- Então agora a culpa é minha? - diz Zac.

O que está acontecendo?

- A culpa sempre será sua. - Jonh rebate.

- Você não vai ser invisível para sempre. Acredite em mim. - o que Zac quer dizer?
- Se contar a ela que ....

MERDA! Meu celular tocou na parte crucial e eu me perdi sem saber se atendia ou ouvia, apesar de achar que a esse ponto a conversa já deve ter virado. Eu olho a tela do meu celular e me deparo com o número da Kylie, nesse momento ela tinha que aparecer? Ora, Ora, a culpa é sua Melanie, que não avisa suas amigas sobre os incidentes que fazem sua vida de terremoto.

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