Recomeço de Dúvidas

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Então ele está lá, deitado em uma cama, fechado para o mundo, machucado e todo envolvido por panos brancos que eu não me dou o trabalho de lembrar o nome. Ele está limpo e mesmo assim sujo de sangue, o sangue que sai do inchado dos seus lábios e  dos cortes no supercílio, seu cabelo está intacto e ele parece vivo, respirando. Eu me sinto dolorida e chego mais perto, entrando em uma sala azul, hospitais adoram o azul. Sua cama tem lençóis brancos e azuis, o quarto é claro e as janelas são escuras, o ar condicionado está perfeitamente alinhado ao ambiente e há um sofá ao lado da porta e também  uma poltrona pequena , eu a pego e ponho do lado de sua cama que fica no centro do quarto.
Ele está parado , tirando sua respiração profunda. Seus braços estão machucados e o resto do corpo coberto.
Olha pra ele ,nesse momento é tão puro, simples, vazio. Eu não sei o que dizer, fazer, pra onde olhar, se eu devo tocá-lo. Seus olhos inchados e fechados estão tão descanssados:

- Mel ! - ele sussurra e franze o cenho mesmo parecendo muito dolorido para ele.

- Eu estou aqui! - eu levanto minha mão e páiro sobre a sua cabeça, eu a desço devagar até tocar seus cabelos, então em delizo de um lado para o outro o mais delicado impossível.

- Eu preciso contar a ela !

- Contar o que ? - eu sussurro, ele parece ainda estar dormindo.

- Mel, onde está ela? - suas mãos se movem , mas só é possível perceber porque estou muito perto e prestando toda a minha atenção nele.

- Zac, eu estou aqui. Sou eu ! Mel. Melanie. - sua expressão suaviza e ele treme os olhos como se desejasse abri-los . - Vamos, você consegue grande homem.

Ele para de tentar o que quer que seja e um sorriso minusioso surge no canto de sua boca:

- O que você fez Zac? - por mais curiosa que eu esteja eu não quero precioná-lo a nada. Ele precisa descanssar. -  Falar no telefone enquanto dirige? Não aprendeu nada nessa vida garanhão? E Aliás, você continua lindo mesmo com essa marcas no rosto, como é possível senhor?

O canto de seus lábios continuam erguidos e ele sussurra algo muito baixo:

- Eu não entendi? o que disse? - então ele tenta novamente.

- A luz ! - ele diz. - Muito...forte!

- Só um segundo.

Eu me levanto e abro a porta a procura de alguma alma no corredor, não há ninguém. Então eu olho derrepente para acima do sofá. Há um interruptor daqueles que giram:

- Melhor assim? - ele abriu os olhos, ai meu Deus. Obrigada!

- Até que enfim. - ele diz baixo. - Não aguentava mais essa claridade.

- A claridade que te impedia de falar ? - eu digo rindo e sentando de volta na poltrona.

- Me trazia preguiça. Tente fazer algo com essa luz ofuscante e esse corpo dolorido. - ele ainda fala baixo, porém, sua voz está mais clara e derrepente me pergunto se não era birra.

- Sua mãe está lá fora.

- Jura? - Ele ainda não se mexe.

- Ela está preocupada com você.

- Ela finge muito bem.

- Zac !

- Você faz eu me sentir melhor , sabia?

- Claro que sabia. - Eu digo e rimos, ele com mais cautela e sem se movimentar como o Zac de antes faria.- O que você queria me dizer ?

- Dizer? - ele france o cenho e fecha os olhos como se estivesse sentindo algo.

- Você disse, não ame faça de idiota!

- Eu estou com dor de cabeça.

- É mesmo?

- Eu estou doente, me entenda, podia estar delirando.

- Eu conheço você, Zac! - ele abre os olhos.

- Talvez eu me lembre em algum momento.

- Eu acredito que sim.

- Eu espero que você esqueça.

- Não vou! - nem em sonho.

- Eu sei disso.- ele sussurra.

A porta se abre e ele fecha os olhos , a médica me olha como se estivesse me chamando e eu me levanto, mas Zac sussurra algo muito baixo e eu não sei o que é ou que fazer. Então eu me levanto e vou até a médica, eu me encosto na abertura da porta enquanto ela dá um passo atrás, ficando no corredor:

- Então, conseguiu se comunicar? - ela pergunta, e quandl eu abro minha boca Zac geme algo , mas seus olhos estão abertos e sem nenhuma feição de dor. Parece que ele quer dizer algo e eu como uma ótima amiga:

- Ele ainda está confuso, náo diz coisa com coisa. - Então ele olho para trás e ele pisca com um mínimo sorriso.

- Que pena. - a médica lamenta. - Olha, a mãe dele quer vê-lo e você vai ter que se retirar. Tudo bem ?

- É claro, só vou me despedir dele , ok?

- Claro, vou chamar a mãe dele.

Nos despedimos com sorrisos dóceis e eu entro na sala louca pra saber o.que há com Zac:

- O que foi aquilo?

- Não quero que saibam que eu estou me desenvolvendo.

- Porque? - ele é louco?

- Nada, só quero o número da médica e nesse pouco tempo eu não vou conseguir. - sabia que ele era mulherengo , mas não a esse ponto.

- Eu volto mais tarde. - ele sorri com cuidado novamente.

- Eu te amo! - ele diz, doce e peça primeira vez me parece sério. Ele já disse isso em momentos irônicos e descontraídos, eu nunca pensei que fosse tão real quanto a esse momento.

- Eu também amo você! Não me mate de susto nomente. Eu não sei o que seria da minha vida sem você. - eu llhe dou um beijo na testa e a sua mãe entra na sala me olhando desagradávelmente e eu me retiro, cheia de dúvidas e sabendo que Zac, não está bem, por mais que possa parecer.

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