Quase lá

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Porque perdemos tanto tempo pensando no que fazer com as coisas que descobrimos? Será que só eu sei?
Eu reviro minha mente e rolo pela cama sem achar uma posição confortável, e esse sentimento tem me acompanhado em todas as minhas decisões.
O celular toca em algum lugar, para dar aquela variada eu não me lembro aonde o  deixei . Droga! Na sala:

- Alô! - eu o ponho no ouvido sem vizualizar o número.

- Ainda vai me ignorar?

- Zac, eu não estou te ignorando.- eu digo voltando para o quarto.

- Porque não abre a porta? - eu corro com o celular no ouvido e ele respira forte do outro lado da linha. Sem desligar eu jogo o celular no sofá ou qualquer outro lugar no caminho até a porta.
E a abro e ele está lá escontado na parede , com o celular no ouvido olhando assustado e com todo estilo descolado . Sua jaqueta preta.

Eu praticamente pulo nele, eu não posso mentir que me estava me corroendo de saudades. Apenas umas horas longe dele.
Eu o tinha visto no trabalho e mesmo assim me derreto com seu beijo. Enquanto nos envolvemos mais e mais ele poe seu celular no bolso e com uma mão na minha cintura e outra no meu cabelo ele me leva para dentro.

Não faço idéia se estou sozinha em casa, mas sinceramente eu não me importo.

Caimos no sofá sem nos separar , o seu perfume é tão bom, me conforta como nada nesse mundo. Acho que cada idade tem um paraíso ou ao menos parte dela.
Eu tiro sua jaqueta e ele beija meu pescoço enquanto sua mão desliza pelo meu corpo:

- Como você está ? - Ele sussurra no meu ouvido.

- Bem melhor quando a gente terminar. - ele para e sorri olhando nos meus olhos .

Depois de nos livrarmos das nossas roupas ele para, se levanta e apaga a luz que estava acesa na cozinha. Eu olho para ele sem entender e ele volta :

- Tem um motivo? - eu o questiono.

- Eu quero sentir - ele me beija .- Você . - ele sussurra de um jeito que até meu coração se arrepia.

- Eu te amo sabia ?

- Hum, quer que eu seja sincera? - ele beija meu pescoço. - Mais uns bons dois beijos desses e eu penso melhor.

- Estou tão feliz. - o sorriso Zac brilha.

- Eu acho que também estou.

- Chega de papo. - ele sorri e deitados no sofá ele desce distribuindo beijos na minha barriga e enfim.

(...)

- AI ! Eu não acredito nisso Melanie ! - Claire grita em algum canto da sala.

A luz invade o lugar e meu corpo é um emaranhado só com o corpo de Zac. As almofadas estão no chão e o sofá parece ainda menor com dois corpos juntos deitados nele.
Eu abro meus olhos devagar e levanto a cabeça do peito de Zac que ainda dorme pesadamente ao meu lado :

- Não me precisa gritar. - Eu sussurro.

- Eu vou voltar lá pra dentro e ai você põe um pano na bunda desse menino.- ela fala de algum lugar.

- Hum. - eu digo com preguiça e de olhos fechados. Mesmo que eu tente o aconchego não me deixa levantar ou me mover o mínimo que seja.

Zac se move e aperta meu corpo junto ao dele , eu não posso evitar de sorrir e com um breve suspiro ele se move lentamente:

- Bom dia , meu amor . - ele beija meu ombro e senta.

- Eu vou cair desse sofá. Será que você pode voltar a se deitar?

- Isso é um aviso ou um pedido?

- AI QUE ÓDIO DE VOCÊS, EU PRECISO FAZER MEU CAFÉ! - Zac ri com o piti de Claire.

- Bom dia pra você também Claire. - ele se joga do meu lado.

- Você é muito gostoso , mas a sua bela bunda já tem dona . Então esconda ela de mim porfavor ?

- Tudo bem ! - nos levantamos desengonçados e corremos para o quarto enquanto Claire tampa sua visão com as mãos.

A água cai entre nós no banheiro e ele esfrega o cabelo de forma grosseira tentando tirar a espuma:

- Uma ajuda? - ele sorri e me puxa pela cintura. Nossa pele escorregadia agora totalmente lado a lado.

- Você não me ligou mais.

- Eu precisava pensar.- pensar no desgraçado do Fox.

- Você parece preocupada e cansada. - ele beija minha testa.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Nossa, atê parece que vou dizer que não.

- Bobo. - eu me separo dele para terminar meu banho. - Você confia em Fox?

- Porque não? - Ele franze o cenho.

- Nada, só queria entender um pouco mais essa amizade. Vocês ficaram amigos bem de pressa, lembra?

- Lembro, ele sempre me entendeu e eu gosto disso nele. Sempre quando eu preciso ele está presente, mas não é como se fosse mais importante que você. - eu reviro os olhos. - ele tinha ciúmes de você, sabia ?

- É mesmo? - eu me atento ao assunto.

- Sim, mas eu acho que ele tocou que virou inevitável eu esconder que gostava de você . Principalmente depois do acidente.
Sem ele eu duvido que teria conseguido ajuda.

- Ele te ajudou? Você não me falou nada disso.

- Porque não achei importante.

- E o que exatamente ele fez?

- Me socorreu. - eu franzo o cenho sem querer.

- Ele estava no carro?

- Não, mas ele me disse onde você estaria e só de pensar em você nos braços daquele cara e ele pronto para casar com outra. Eu corri, muito aliás.

- E como ele apareceu?

- Eu não atendia o celular. Acho que por isso ele pressentiu que teria algo de errado.

- Que sorte a sua. Mas não precisava se arriscar.

- Eu estava irado.

- E agora?

- Agora eu quero um beijo e outro beijo.

- Posso pensar.

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